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“Sim. Serei candidato à Presidência da República pelo PSDB”, diz Doria

O tucano cogitou desistir de disputar o Palácio do Planalto; Rodrigo Garcia assume o cargo de Doria e será candidato ao governo de SP

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Fábio Vieira/Metrópoles
O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, João Dória. Ele fala num pulpito, dando entrevista coletiva, e usa máscara - Metrópoles
1 de 1 O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, João Dória. Ele fala num pulpito, dando entrevista coletiva, e usa máscara - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (31/3) que vai disputar a Presidência da República. Por isso, transmitiu o cargo ao vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Com a saída de Doria, Garcia assume o governo com a intenção de usar a máquina governamental para impulsionar sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.

Na noite da última quinta (30/3), Doria havia sinalizado que desistiria do pleito federal e que permaneceria como governador, instaurando uma crise entre os tucanos, como antecipou o colunista Igor Gadelha. Também como adiantou o colunista, o impasse foi abafado após o PSDB divulgar uma carta em apoio a Doria.

“Sim. Serei candidato à Presidência da República pelo PSDB”, disse Doria.

Na cerimônia de transferência do cargo, Rodrigo Garcia falou em tom amistoso a Doria, disse que hoje o dia é dele e que lhe deseja foco, força e fé.

“Era necessário sim uma liderança forte, uma bússola para que aquele caminho de escuridão que era a pandemia. Ninguém está aqui para dizer adeus, mas sim um até breve, porque o que você fez em São Paulo fará no resto do Brasil. Estamos aqui por você.”

Desistiu, mas voltou atrás

Estava tudo combinado para Doria passar o bastão do governo de São Paulo para Garcia nesta quinta. Na noite da última quarta-feira (31/3), no entanto, ele informou seu vice e outras pessoas próximas de que desistiria da disputa ao Planalto, pegando a todos de surpresa.

Muitos secretários e aliados de Doria só souberam da desistência na manhã desta quinta. Na sequência, houve mobilização de aliados em horas de negociação para tentar convencê-lo a mudar de ideia.

Os reforços vieram de todos os lados, como dos deputados estaduais – Cauê Macris foi um deles –, federais – Joice Hasselmann é um exemplo – e do presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

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O pano de fundo da desistência é um resquício da competição que não foi concluída com o resultado das prévias tucanas realizadas em novembro do ano passado: uma ala pró-Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, trabalha para conseguir substituir o paulista pelo gaúcho como candidato federal do PSDB.

Doria vinha se sentindo desprestigiado, segundo pessoas próximas, com essas tentativas, principalmente porque elas foram ganhando força com a falta de um posicionamento contundente de Araújo a seu favor. As especulações na imprensa sobre a ascensão do gaúcho lhe incomodaram. Ao mesmo tempo, o baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto também o desmotivou a seguir na empreitada.

O paulista então anunciou, dentro do governo, que não iria mais concorrer à Presidência, e que não iria mais entregar seu cargo para Garcia – que ficou abalado com a notícia. Foi necessária uma corrida contra o tempo dentro do PSDB e do governo para fazer Doria recuar.

Araújo divulgou uma carta respaldando o pré-candidato, auxiliares afirmaram que ele tem chance de crescer nas pesquisas, e lhe prometeram respaldo. Também argumentaram que Garcia não poderia faltar com o combinado com Garcia e frustrar a expectativa de ele assumir o governo, já que ele sempre foi fiel a Doria e que deixou o DEM pelo PSDB a pedido do próprio governador. Horas de reunião depois, os apelos surtiram efeito.

 

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