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Após morte de dono de cartório, viúva perde guarda dos filhos

Justiça ordenou que avós paternos cuidem das crianças depois de a mãe delas ser presa e investigada como suposta mandante do crime em Goiás

atualizado

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Dono de cartório morto sequestro goias rubiataba
1 de 1 Dono de cartório morto sequestro goias rubiataba - Foto: Reprodução/Facebook

Goiânia – Filhos do dono de cartório sequestrado e morto há oito dias, em Goiás, supostamente, a mando da mãe deles, um casal de gêmeos, de 5 anos, e uma menina, de 3, deverão ficar com os avós paternos, por determinação da Justiça. A viúva está presa desde o dia em que o corpo foi encontrado na zona rural de Rubiataba, onde o crime foi praticado, no centro do estado.

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O juiz Bruno Leopoldo Borges Fonseca, da comarca de Trindade, região metropolitana, concedeu a guarda provisória das crianças aos pais do dono do cartório assassinado, Luiz Fernando Alves Chaves, 40. Na decisão, o magistrado ressaltou que são “graves as suspeitas” contra a escrevente Alyssa Martins de Carvalho, 32, mãe do casal de gêmeos e da menina.

De acordo com inquérito da Polícia Civil de Goiás, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, a mãe das crianças é investigada por ser a mandante do crime e foi presa na última quarta-feira (29/12), um dia depois do crime e horas após o corpo ser encontrado. A suspeita é de que ela queria o dinheiro do seguro de vida dele, cujo valor não foi divulgado.

“Incapacidade”

Os avós destacaram, no pedido enviado ao Judiciário, que a possível conduta delituosa da mãe das crianças “demonstra a sua incapacidade, nas atuais circunstâncias, de manter qualquer tipo de contato direto” com os filhos.

“Os avós paternos, no presente caso, sãos os parentes mais próximos em linha reta, com capacidade de prover as necessidades de assistência moral educacional e material, conforme preconiza os artigos 4º e 33 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei. 8.069/90)”, diz um trecho do pedido dos avós paternos, acolhido pela Justiça.

“Perigo de dano”

No mesmo pedido, os pais do dono de cartório morto também apontaram “perigo de dano”, que, segundo eles, “é cristalinamente demonstrado pelo meio social em que vive a genitora, expondo seus filhos a criminosos que assassinaram seu pai, o que poderá ocasionar riscos às crianças”.

“Não há que se falar em perigo de irreversibilidade dos efeitos, uma vez que deferida a tutela de urgência, a situação fática atual não se alterará, ou seja, as crianças continuarão residindo com os autores, avós paternos, e nada impossibilitará a visitação da mãe, quando suas condições forem juridicamente favoráveis”, relata um trecho do pedido atendido pelo juiz.

Presos

Além da viúva do cartorário, três homens foram presos horas depois de o corpo ser encontrado:

  • André Luiz Silva, 30: dono de garagens de veículos em Anápolis e Campo Limpo de Goiás, onde mora há sete meses, é agiota e investigado por recrutar comparsas para roubar a camionete Toyota SW-4 branca do dono do cartório e matá-lo.
  • Edvan Batista Pereira, 23: ligado a criminosos do PCC em Goiás, é investigado por ser autor dos 17 disparos contra o cartorário. Ele, que mora em Pirenópolis (GO), disse à polícia que conheceu André no presídio de Anápolis e que aceitou a proposta dele para quitar uma dívida de R$ 2,5 mil, além de receber mais R$ 2,5 mil. Outros R$ 5 mil deveriam ser repassados a outro comparsa.
  • Laurindo Lucas Gouveia dos Santos, 21: também é morador de Pirenópolis (GO) e disse à polícia que se envolveu no crime após receber mensagens por WhatsApp e ligação de Edvan para levá-lo de carro até Rubiataba e deixá-lo na cidade. No entanto, afirmou que, no percurso, foi surpreendido pela informação de que teria de participar do roubo e do assassinato.

“Chefe”

A equipe de investigação também procura Luzimar Francisco Neves, que é citado pelos presos como “Chefe” e investigado por supostamente iniciar a rede de contatos da associação criminosa, a mando da viúva. Ele tem mandado de prisão temporária em aberto.

A advogada Fabiana dos Santos Alves Castro, que representa a mãe das crianças, disse ao Metrópoles que ainda não irá se manifestar.

O portal também não conseguiu encontrar o contato das defesas dos suspeitos nem dos avós paternos das crianças, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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