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Após aparecer como morta no SUS, Gleisi pede posicionamento da Saúde

Presidente do PT afirmou, em seu Twitter, que mudança no cadastro do Sistema Único de Saúde teria acontecido durante ataque hacker em 2019

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Gleisi Hoffmann Igo Estrela/Metrópoles
1 de 1 Gleisi Hoffmann Igo Estrela/Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A presidente do Partidos dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, cobrou posicionamento do Ministério da Saúde sobre o ataque hacker que a deixou registrada como morta e com o apelido de “Bolsonaro” no cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Meu cadastro no SUS foi cancelado por motivo de óbito e consta no documento, como apelido, o nome do Bolsonaro. Segundo informações isso foi em 19, ataque em massa ao sistema. A fraude deve ter atingido muitas pessoas”, começou a deputada federal, em seu Twitter.

Em seguida, questionou: “O que o MS [Ministério da Saúde] fez para corrigir isso, dois anos depois? O que vai fazer?”.

gleisi nova

Gleisi Hoffmann tomou a primeira dose da vacina no último dia 25, em um posto de vacinação em Brasília. Já neste terça-feira (13/7), profissionais de saúde entraram em contato para informá-la que tinha sido dado baixa no cadastro dela. A deputada também soube que no sistema ela constava como morta. Agora, Gleisi precisa provar que está viva para reativar o cadastro.

Ao lado do nome completo da petista aparece o nome “Bolsonaro”, como um suposto apelido. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela assessoria da deputada ao Metrópoles.

De acordo com a assessoria, “foi encaminhado um documento solicitando ao Ministério da Saúde” que faça a correção dos dados de Gleisi no sistema do SUS. “Está sendo estudado que outras medidas podem ser tomadas.”

A deputada pediu ajuda do colega de Câmara Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (PT-RS). Ele teria dito à colega que o site da pasta já sofreu uma série de ataques hackers e que a alteração no cadastro dela pode ter alguma relação com isso.

Ao Metrópoles, o deputado Alexandre Padilha explicou que a alteração cadastral nos dados de Gleisi Hoffmann pode ter relação com um vazamento de dados em novembro do ano passado, que levou à exposição de informações de ao menos 16 milhões de brasileiros.

“Provavelmente isso aconteceu nesse episódio de 2019, que nós denunciamos à época, eu fiz inclusive um protocolo para o Tribunal de Contas da União. O Idec [Instituto de Defesa do Consumidor] entrou junto ao MPF para investigar esse vazamento de dados da Saúde, mudanças nos cadastros do cartão SUS, e aparentemente feito por consultores contratados por acordo do Ministério da Saúde com o Hospital Albert Einstein”, afirma.

O parlamentar se refere ao vazamento de dados de ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito, confirmado ou foram internados com Covid-19. Na ocasião, dados pessoais e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde.

Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o na época ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos ex-presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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