A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (5/4), o registro definitivo da vacina da Janssen contra a Covid-19. O imunizante estava autorizado para uso emergencial no Brasil desde 31 de março de 2021.
A vacina é a terceira fórmula contra a Covid com registro definitivo no país — ao lado dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca. Além de contemplar a imunização primária com dose única, o registro concedido pela Anvisa inclui a aprovação da dose de reforço.
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Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil ▲
Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron ▲
No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde ▲
Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus ▲
O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos ▲
Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária ▲
No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primário ▲
Em 20 de junho, a recomendação abrangia toda a população com 40 anos ou mais ▲
Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária ▲
Desde então não houve redução da faixa etária ▲
Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo diminuíram a faixa etária por conta própria e hoje vacinam todos os adultos com 18 anos ou mais ▲
Em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação do segundo reforço nos idosos com 60 anos ou mais ▲
Em nota, o gerente-geral de Medicamentos e Insumos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que o registro definitivo representa o “padrão ouro de avaliação de um medicamento”.
“É a consolidação da análise dos melhores dados disponíveis e de forma completa, com informações mais robustas dos estudos de qualidade, eficácia e segurança, bem como do plano de mitigação dos riscos e da adoção das medidas de monitoramento. Com o registro, a população recebe um atestado de que o produto passou por exigências comparáveis às das melhores agências reguladoras do mundo”, disse o especialista.
Caso aprovado pela comissão, o governo federal poderá incluir a vacina nas políticas públicas e saúde do país — assim como realiza com os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca.