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Americano morto no Rio adorava o povo brasileiro, diz amiga

O turista Trey Barber, 28, foi baleado no pescoço, dentro do apartamento de uma amiga em Cascadura, durante um tiroteio na região

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Trey Barber - americano baleado no Rio 1
1 de 1 Trey Barber - americano baleado no Rio 1 - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Em visita ao Brasil pela segunda vez, o turista americano Trey Barber, de 28 anos, vítima de bala perdida em Cascadura, zona norte do Rio, era um apaixonado pelo país. Professor de língua portuguesa, o jovem morava em Los Angeles, na Califórnia, para onde seu corpo será levado.

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Trey não resistiu aos ferimentos e morreu após ter morte cerebral na madrugada desta sexta-feira (12/8). O turista estava hospedado na casa da mãe de seus amigos, a diarista Célia Souza.

“Estávamos planejando assistir a um jogo do Flamengo no Maracanã, mas eu ainda não tinha levado justamente porque sei que é perigoso. Acabou que o pior aconteceu dentro da minha própria casa”, lamentou a diarista ao Metrópoles.

O americano foi vítima de bala perdida durante um confronto no Morro do Fubá, em Cascadura. Trey estava dentro de casa, quando começou o tiroteio. Ele levantou do sofá para pegar o controle e aumentar o volume da TV, com o intuito de abafar o barulho dos tiros que estava assustando o filho de 7 anos de Célia. Nesse momento, o jovem foi atingido na nuca.

“Durante o dia, meus filhos Bianca e Michael ficaram o dia todo no hospital. Eles disseram que apertaram a mão do Trey e viram uma lágrima cair dos olhos dele, mesmo sem se mover. Acho que ele estava lutando pela vida”, disse a diarista.

Na primeira vez em que esteve no Brasil, Tray fez intercâmbio para aprender português.

“Ele se formou em português justamente porque amava o Brasil. Ele era uma pessoa muito do bem, gostávamos muito dele e ele da gente. O Trey adorava o povo brasileiro, dizia que era muito calorosos”, lembra a dona da casa onde o turista estava hospedado.

Durante sua visita ao Rio, o americano visitou Madureira, bairro da zona norte do Rio e ficou encantado. “Ele adorou ver aquela quantidade de camelôs e barraquinhas espalhadas pela rua. Achou aquilo incrível”, conta a amiga. Além de Madureira, ele chegou a visitar a Feira de Tradições Nordestinas, no bairro de São Cristóvão, subúrbio da cidade.

O americano estava internado no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na zona norte, mas a família do jovem, que está nos Estados Unidos, conseguiu pedir a transferência para o hospital particular.

“Nós não moramos no morro, ouvimos barulho de tiro, mas é bem longe. Nenhuma bala nunca entrou aqui em casa, isso tudo é muito triste. A mãe dele está transtornada, chegou a ser internada quando recebeu a notícia. Ela ficou em choque justamente porque estava longe do filho e já é uma senhora de idade. Os dois chegaram a conversar por telefone pouco antes de acontecer essa tragédia”, disse Célia.

O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o consulado americano ficou responsável por fazer o translado do corpo para Los Angeles.

Em nota, o consulado afirmou que está fornecendo a assistência apropriada. “Oferecemos nossas mais sinceras condolências à família pela perda (…). Em respeito à privacidade da família neste momento difícil, não temos comentários adicionais.”

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