Reunida no apartamento do senador Omar Aziz (PSD-AM) para os acertos finais do relatório a ser votado esta tarde, a cúpula da CPI da Covid-19 celebrou o mais recente e grave ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro à vacinação contra a doença.
Nem por encomenda ele poderia ter se dado em melhor hora. A Bolsonaro o relatório imputa 9 crimes, um deles é o de disseminar notícias falsas. Quer exemplo melhor de notícia falsa do que Bolsonaro dizer que a vacina causa aids?
Isso mesmo! Segundo ele, quem se vacinar contra a Covid pode pegar aids. Citou como prova disso um relatório inexistente produzido no Reino Unido. E acrescentou que não iria comentá-lo para escapar a eventuais punições.
Não escapou. A live da última quinta-feira protagonizada por ele foi retirada do ar pelo Youtube, Facebook e Instagram. E a CPI pedirá ao Supremo Tribunal Federal uma medida cautelar para que Bolsonaro seja banido das redes sociais. É pouco.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, disse que Bolsonaro deveria pagar pelo que afirmou. Que tal processá-lo por ter mentido? Ou sugerir falsamente que a vacinação causa aids não é pôr em risco a vida de pessoas que o escutam e levam a sério?