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Por que deixar para o final de outubro o que se pode fazer no início?

Só faltam 6 dias

atualizado

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TV A Crítica/Reprodução
jair bolsonaro
1 de 1 jair bolsonaro - Foto: TV A Crítica/Reprodução

Enquanto Bolsonaro acreditar no “Data Povo”, o que significa só no que ele vê ou imagina que vê como delirante que é e ainda por cima fascista, chegaremos ao Dia D e à Hora H com mais festa do que turbulência. A alegria parece pronta para vencer.

O pior que poderia acontecer nos próximos dias seria Bolsonaro concluir que a eleição acabará liquidada logo, e não a seu favor. Quando ele diz que passará a faixa presidencial, está mais para querer dizer que vai engomá-la e seguir usando.

Um fascista não se enxerga como mentiroso, mas como um ser especial capaz de ler a alma do povo e interpretá-la. Alguém dotado de grandes verdades que podem não ter sido provadas, mas que serão se ele conseguir transformá-las em realidade.

Bolsonaro é um inculto, mas Hitler foi também. Mussolini lia muito como Stalin e chegou a ser jornalista. Mao Tsé-Tung gostava de literatura e cometeu poesias. Mas todos impuseram suas vontades e mataram milhões de pessoas que resistiram.

Órfão da ditadura de 64, o projeto de Bolsonaro era implantar por aqui um regime autoritário com apoio popular. Seu primeiro mandato seria para destruir o “sistema”, e ele bem que tentou. O segundo, para construir um “sistema” de extrema-direita.

Falhou, entregando-se à banda podre do sistema e sendo confrontado pela banda sadia. E, agora, é tarde para que se recupere. Vencido no domingo dia 2 ou no dia 30 de outubro, ele não tem futuro. A direita terá, é bom para a democracia que tenha.

Mesmo assim, o melhor será derrotá-lo enquanto ele pensa que não será possível. Quem se juntará a ele na recusa aos resultados das eleições? Os governadores, senadores, deputados federais e estaduais eleitos? Peça tudo a um político, menos que se suicide.

Apenas uma minoria de fanáticos carregará o caixão de Bolsonaro.

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