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O que falta saber sobre a entrada no governo do chefe do Centrão

Negócios suspeitos na Saúde, recado de general golpista sobre voto impresso, dinheiro federal para governo de desafeto de Ciro Nogueira…

atualizado

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Reprodução/TV Brasil
Ciro Nogueira e Bolsonaro em evento falam ao público, que reage em comemoração. Ambos estão sem máscara e sorriem - Metrópoles
1 de 1 Ciro Nogueira e Bolsonaro em evento falam ao público, que reage em comemoração. Ambos estão sem máscara e sorriem - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Brasil

Mais dia, menos dia, será mais bem contada a história de como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o principal líder do Centrão, foi parar na chefia da Casa Civil do governo do presidente Jair Bolsonaro, a quem no passado chamou de fascista.

É fato que o nome de Nogueira foi citado por Bolsonaro em conversa com o deputado Luis Miranda (DEM-DF) sobre negócios suspeitos descobertos no Ministério da Saúde? O outro nome teria sido o de Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara.

É fato que Nogueira foi quem levou a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, o recado do general Braga Netto, ministro da Defesa, sobre a necessidade de aprovação do voto impresso, do contrário não haverá eleições ano que vem?

É fato que Nogueira, ao saber que fora liberada verba federal para investimentos no Piauí, governado por Wellington Dias (PT), seu adversário político, fez chegar a Bolsonaro a ameaça de deixar de apoiá-lo na CPI da Covid-19?

Miranda recusa-se a confirmar se o nome de Nogueira foi citado por Bolsonaro na conversa que tiveram. Nogueira nega que foi o interlocutor de Braga Netto junto a Lira. Cala-se quanto a ter ameaçado abandonar a defesa do governo na CPI.

Por sinal, uma das tarefas de Nogueira quando assumir a Casa Civil será dar um jeito de esfriar os ânimos da CPI contra o governo. A outra: garantir no Senado a aprovação de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal.

Mais uma que requer urgência: salvar o reajuste do Fundo Eleitoral que Bolsonaro anunciou que vai vetar. O reajuste foi obra do Centrão em parceria com partidos que não fazem parte dele. Os filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro votaram a favor do reajuste.

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