metropoles.com

Jairzinho paz e amor completa amanhã uma semana em cartaz

Até quando ele resistirá, até quando?

atualizado

Compartilhar notícia

bolsonaro poderes recuo
1 de 1 bolsonaro poderes recuo - Foto: null

A levar-se em conta a natureza do personagem que ela esconde, a fantasia do Jairzinho paz e amor tem resistido mais ou menos intacta às desventuras recentes sofridas pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele pode até não tê-las digerido bem, mas disfarçou.

Até quando será assim, sabe-se lá! Somente ontem, ele engoliu mais duas derrotas – uma no Congresso, que Bolsonaro diz fazer parte de um só corpo junto com o governo; a outra no Supremo Tribunal Federal, que ele cansou de esmurrar nos últimos meses.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, devolveu a Bolsonaro a Medida Provisória assinada por ele que alterava o Marco Civil da Internet para dificultar a remoção de conteúdos nas redes sociais que disseminam notícias falsas e discurso de ódio.

Sim, em nome da liberdade de expressão, ele queria que tais coisas continuassem sendo permitidas. Tinha fortes razões para isso. De notícias falsas e manifestações de ódio, ele e seus filhos parlamentares sempre se beneficiaram. Por que abrir mão?

Não é comum que o Congresso recuse-se a votar uma medida provisória que entra em vigor de imediato. Na história das Medidas, é a quinta vez que acontece. A mesma medida foi também barrada pela ministra Rosa Weber, do Supremo.

Mais derrotas estão por vir e testarão a resiliência de Jairzinho paz e amor. A partir desta sexta-feira, o Supremo começa a julgar quatro decretos de Bolsonaro que afrouxaram a posse e o porte de armas. Essa, para ele, é uma espécie de cláusula pétrea, imexível.

Nos decretos, Bolsonaro retira do Exército o controle sobre munições, permite a compra de até seis armas de fogo por civis, autoriza o porte de duas armas por cidadão, dispensa atiradores amadores de credenciamento na polícia, e outras cositas mais.

O número de armas de fogo registradas dobrou desde que Bolsonaro chegou ao poder – de 638 mil em 2017 para 1,3 milhão em 2020. O número de mortes violentas em igual período cresceu 4%. O Supremo não aprovará os decretos do jeito que eles estão.

No futuro próximo, que ninguém se surpreenda se o presidente disser algo do tipo: “Vocês viram. Fiz tudo que estava ao meu alcance para me entender com o Supremo, mas não deu”. Tal ocasião marcará o retorno de Bolsonaro e a morte de Jairzinho.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?