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Governo perde a exclusividade do verde e amarelo em atos de rua

Nas manifestações contra Bolsonaro e pelo impeachment dele, apareceu o primeiro cartaz em favor da Terceira Via

atualizado

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Orlando Brito
Orlando Brito
1 de 1 Orlando Brito - Foto: Orlando Brito

Bandeiras vermelhas em grande número assustaram o então governador de Minas Gerais Tancredo Neves quando ele participou em Goiânia no início de 1984 de um dos primeiros comícios por eleição direta para presidente da República.

Vermelho era a cor de partidos de esquerda. E isso poderia irritar, à época, os militares. Meses depois, como candidato a presidente em eleição indireta, Tancredo adotou o branco, com dois traços verde e amarelo, como marca de sua campanha.

Nas manifestações de ontem, embora o vermelho ainda tenha prevalecido, abriu-se espaço para o resgate do verde e amarelo que eram exclusividade até aqui dos atos políticos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores.

Gigantescas faixas com essas cores foram estendidas em meio às multidões que ocuparam parte da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a Avenida Rio Branco, no Rio, a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e a Avenida Paulista, em São Paulo.

Com isso, pretendeu-se oferecer mais conforto e atrair pessoas sem nenhuma ou rala identidade com partidos de esquerda. Em Brasília, pela primeira vez, apareceu um cartaz onde estava escrito “Terceira Via”. Que quer dizer: nem Bolsonaro, nem Lula.

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