Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por Ricardo Noblat e equipe

19 anos Blog do Noblat

Anderson Torres (Gêmeas) começa a piscar, a piscar…

Nem tanto ainda quanto um vagalume, mas já acendeu

atualizado 07/02/2023 4:24

Anderson Torres e diretores da PF e PRF fazem coletiva de imprensa sobre a operação para o dia das eleições. Ele olha para o lado, em segundo plano - Metrópoles Rafaela Felicciano/Metrópoles

No seu tempo de vassalo de Bolsonaro como ministro da Justiça, era impensável que Anderson Torres, delegado da Polícia Federal, ousasse bater de frente com o Gabinete de Segurança Institucional do general Augusto Heleno, e muito menos com o Exército.

Mas só quem já foi preso sabe o quanto isso é ruim. E, embora a prisão preventiva acabe um dia, ela pode ser prorrogada, e mais de uma vez. O destino de Torres (Gêmeas) depende do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Foi por isso que Torres piscou primeiro. Antes, recusava-se a colaborar. Chegou ao ponto de dizer com extremo cinismo que perdeu seu telefone em viagem aos Estados Unidos porque estava atormentado. Arrependeu-se? Talvez, não.

Mas, agora, por meio dos seus advogados, atribui a culpa pelo golpe fracassado de 8 de janeiro a falhas de segurança do Gabinete de Segurança Institucional. Diz que o Exército jamais permitiu o desmonte dos acampamentos bolsonaristas à porta de quartéis.

Se pensa que será solto pelo que diz, engana-se. Ou conta o que Alexandre ainda não sabe, ou arrisca-se a continuar mofando na prisão. Quem tem prazo não tem pressa. É o caso de Alexandre.

Últimas do Blog