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A hora e a vez dos financiadores de campanha abortarem o golpe fiscal

Quem se elege com o dinheiro alheio é sempre sensível a pressões

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Manifestantes fazem um ato a favor da democracia no aniversário de 57 anos do golpe de 1964, na avenida Paulista, região central de São Paulo.
1 de 1 Manifestantes fazem um ato a favor da democracia no aniversário de 57 anos do golpe de 1964, na avenida Paulista, região central de São Paulo. - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Eleição custa caro. Ninguém se elege só com dinheiro do fundo partidário. Poucos metem a mão no próprio bolso para pagar despesas de campanha. Banqueiros e empresários estão aí para financiar os que merecerem seu investimento.

A retribuição se dá por meio do voto do eleito no Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. Quem presta favor cobra por ele. Quem acena com apoio futuro tem preferência. Em ano eleitoral, abre-se espaço para concessões aos pobres.

Se for sincera a revolta dos donos do dinheiro com o rompimento do teto de gastos, sempre se pode alimentar a esperança de que o Congresso não se curve inteiramente à vontade do governo. Há como aprovar o auxílio emergencial sem derrubar o teto.

A prorrogação do auxílio está sendo usada pelo governo para meter a mão em bilhões de reais que lhe permitirão comprar mais quatro anos de mandato. Fosse este um bom governo e nem assim valeria a pena fechar os olhos à manobra esperta e criminosa.

Mas o de Jair Bolsonaro é o pior governo que o Brasil republicano já teve. Só uma pequena parcela dos que votaram nele pensa o contrário. Então chegou a hora dos endinheirados revoltados pressionarem suas bancadas para que digam não ao golpe fiscal.

Só a Bolsonaro e sua gangue o golpe interessa.

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