Mesmo com um jogo do Brasil pela Copa do Mundo no meio da agenda, o saldo do primeiro dia de Lula em Brasília, ontem, foi para lá de positivo.
Ninguém suportava mais os integrantes desses grupos de trabalho repetindo que determinadas coisas, ou quase todas, só seriam decididas quando o eleito tivesse na capital.
Apenas ontem Lula resolveu: praticamente escolheu seu ministro da Defesa – o ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro e encaminhou os nomes dos comandantes militares; integrou Fernando Haddad ao grupo da economia e praticamente já o apresentou como seu ministro da Economia, ou Fazenda; foi fechado do texto da PEC do Bolsa Família, que foi apresentado ao Congresso; reuniu-se com lideranças importantes de partidos, em especial o MDB, e assegurou apoios ao seu governo; e fechou os termos do apoio de seu partido à reeleição de Arthur Lira à presidência da Câmara.
Isso tudo da agenda que tornou-se pública do petista, conhecido por ser bom articulador de bastidores.
Lula era o que faltava nesse grupo de transição e nas articulações para dar o pontapé inicial na montagem de seu ministério, na seleção de prioridades e fim de certo marasmo que tomava conta do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).