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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

@amarildocharges

Charge do Amarildo

<p style="font-weight: 400;">Você permaneceria no X, ex-Twitter, se a plataforma for paga? Respostas de 2.469 leitores:<br />
Sim &#8211; 4,4%<br />
Não &#8211; <strong>95,6%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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interrogação dúvida

Você pagaria para se informar?

<p><i>“Constituição: Artigo 1º: Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara. Parágrafo único: Revogam-se as disposições em contrário&#8221;.</i> (<b>Capistrano de Abreu</b>, historiador, que nasceu em 23 de outubro de 1853 em Maranguape, no Ceará, e morreu em 13 de agosto de 1927 no Rio)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

signos vergonha

Frase do dia

Guga Noblat

<p><i><span lang="PT">“É errado o aumento de violência e crimes de ódio contra pessoas LGBTQ. É errado que políticos extremistas apresentem projetos de lei odiosos visando crianças transgêneros e criminalizando médicos. São nossos filhos, não de outros, mas nossos”.</span></i><span lang="PT"> (<b>Joe Biden</b>, presidente dos EUA)  </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz discurso na Casa Branca. Ele aparece diante de microfone e com dedo em riste - Metrópoles

<p>Chip Somodevilla/Getty Images</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad--quadrado-1"></div></div>
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foto-presidente-estados-unidos-joe-biden-discurso-casa-branca-29092022

Com voto de Fux, STF faz maioria contra Marco Temporal indígena. Siga

Frase do dia | Metrópoles

Da Redação

<p>O Tio José passou a vida peregrinando pelos rios do Amazonas e negociando com caboclos e índios. Ninguém conhecia da alma do amazônida mais que o Tio José. Os kulinas, os cambebas, os muras, waimiris, atroarís, dessanas, yanomamis, os marubos e os menos conhecidos, teriam no velho regatão o seu melhor advogado. O sábio José tinha uma frase para ser soldada na Constituição, a que vai libertar os índios brasileiros do açoite dos brancos:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>“Índio também gosta de sal, açúcar, cachaça e tv, debaixo da casa de telha”.</p>
<p>Ao sentar com os generais do exército americano para fumar o cachimbo da paz, Touro Sentado, o grande chefe sioux, disse algo para ecoar na história:</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>“Quando Custer ganha a batalha, é vitória; quando o índio ganha a guerra, é massacre”.</p>
<p>Os brasileiros adoram Miami e Disney para passar férias com seus filhos e netos. Ao estenderem o passeio até Tallahassee, capital da Flórida, os nossos garotos começam a ver os índios do cinema, dirigindo caminhonetes de três metros de altura, elevadas por pneus de dois metros. Os índios de lá, donos de suas terras, darão aulas para os nossos nanicos daqui. É na terra deles que ficam os outlets e cassinos mais sofisticados. Eles dirigem seus mustangs de aço para receberem suas participações, em dólar, todos os meses ou semanalmente. Tomam whisky escocês e comem sushi melhor que os japoneses. Seus filhos fazem as melhores faculdades e suas terras não são tão ricas como as dos nossos “desgraçados irmãozinhos”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Índio brasileiro só vive onde a terra é boa e os rios são piscosos. Esses índios americanos, ricos e sofisticados, são aqueles cujos avós escaparam do massacre e das vitórias. Os nossos estão escapando da tuberculose, da desnutrição, da malária, da COVID-19, da sífilis, das gonorréias, da AIDS e de muitos outros massacres impostos pelo homem branco. É muito comum vermos yanomamis com olhos azuis ou verdes, gentileza de alguns enviados de Deus para a melhoria da raça. Esses brasileirinhos, em dois séculos, passarão a fazer parte dos filmes americanos e serão coadjuvantes do Fantasma e colegas do Guran&#8230; todos pigmeus.</p>
<p>Quanto mais o governo diz que protege os pequenos, mais eles pioram. Que coisa ruim é chegar perto de um waimiri ou atroari. Eles fedem a quilômetros. Tudo está ruim naqueles brasileirinhos. É de uma crueldade nazista vermos a televisão mostrar índios desnutridos na Amazônia. Arrancam-lhes o instinto de preservação para fazer política barata, e eles, nas cidades, viram pilhéria. Façam as reservas, como os americanos fizeram, consertem os erros mínimos dos Louros e deixem os brasileirinhos se desenvolverem. Se deixarem, os cassinos, as pescarias, os passeios no mato, as árvores serão melhor admirados, os pássaros cantarão nos nossos ouvidos, as antas não irão passear em Brasília e ficarão nas trilhas para serem melhor admiradas. Os turistas pescadores e admiradores da floresta gastarão milhões de clics nos seus celulares e ficará evidente que nenhum alemão vai querer levar um tucunaré de 8 kg para a Baviera. Até hoje, a sagrada proteção aos brasileirinhos não deu certo. A coisa está muito parecida com a superproteção do dinheiro pelo Estado socialista. Vamos experimentar a liberdade para os brasileirinhos, sem deixar os Lourinhos os escravizarem pelo Ballantine’s e pela fé.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>&nbsp;</p>
<p><em><strong>Roberto Caminha Filho,</strong> economista, odeia os Louros enganando os nossos.     </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
</p>

foto-terras-indígenas

O general Custer e o marco temporal jabuticaba (por Roberto Caminha)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">Os investimentos do <a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-ficara-em-brasilia-na-proxima-semana-em-preparacao-para-cirurgia">Novo PAC</a> (Programa de Aceleração do Crescimento) são considerados pelo governo federal um grande trunfo eleitoral e a chance de mostrar trabalho na área de infraestrutura “ressuscitando” projetos que estão parados até mesmo desde o primeiro mandato de <a href="https://www.metropoles.com/tag/lula">Lula</a> (PT). Por isso, o petista faz questão de aparecer nos eventos de lançamento nos Estados, principalmente naqueles que há muitos eleitores que votaram em <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (PL), em 2022.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Contrariado, Lula cancelou as agendas pelos Estados justamente por ordem médica. O presidente vai fazer uma cirurgia na bacia no fim desta semana e deve, até lá, se manter em repouso. <a href="https://www.metropoles.com/tag/rui-costa">Rui Costa</a>, ministro da Casa Civil, foi escalado para aparecer na foto de lançamento em Estados “aliados” e no Nordeste.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado">Guilherme Amado</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/candidata-negra-ao-stf-nao-teve-abertura-de-lula-para-conversa">Candidata negra ao STF não teve abertura de Lula para conversa</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/lula-quer-saber-se-restante-do-almirantado-concordou-com-golpe">Lula quer saber se restante do Almirantado concordou com golpe</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha">Igor Gadelha</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">Lula faz questão de participar dos lançamentos do PAC em São Paulo e Minas Gerais, os dois Estados com maior número de eleitores. São Paulo, de Tarcísio Gomes de Freitas, inclusive, é o segundo Estado com mais recursos destinados: R$ 179 bilhões. Só perde para o Rio de Janeiro, de Cláudio Castro (PL), que receberá R$ 342 bilhões. Minas, de Romeu Zema (Novo), 171 bilhões.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Nos Estados que elegeram “bolsonaristas”, serão destinados R$ 1,3 trilhão. Um pouco mais que o dobro nos Estados aliados de Lula: R$ 600 bi.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Leia o ranking de recursos do PAC por Estado:</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<ul>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rio de Janeiro: R$ 342,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">São Paulo: R$ 179,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Minas Gerais: R$ 171,9 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Sergipe: R$ 136,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Bahia: R$ 119,4 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Paraná: R$ 107,2 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Goiás: R$ 98,5 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Maranhão: R$ 93,9 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Pernambuco: R$ 91,9 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rio Grande do Sul: R$ 75,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Pará: R$ 75,2 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Ceará: R$ 73,2 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Espírito Santo: R$ 65,9 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Mato Grosso: R$ 60,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Tocantins: R$ 57,9 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Piauí: R$ 56,5 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Santa Catarina: R$ 48,3 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Alagoas: R$ 47 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Amazonas: R$ 47,2 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Distrito Federal: R$ 47,8 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rio Grande do Norte: R$ 45,1 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Mato Grosso do Sul: R$ 44,7 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Paraíba: R$ 36,8 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Rondônia: R$ 29,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Amapá: R$ 28,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Roraima: R$ 28,6 bilhões;</span></li>
<li style="font-weight: 400;" aria-level="1"><span style="font-weight: 400;">Acre: R$ 26,6 bilhões.</span></li>
</ul>
</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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Fotografia colorida de Lula e Tarcísio conversando no Palácio do Planalto, em Brasília - Metrópoles

lula-tarcisio

Lula faz questão de participar e adia cerimônias do PAC em estados

<p><span style="font-weight: 400;">Integrantes governistas da </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/cpmi-do-8-de-janeiro"><span style="font-weight: 400;">CPMI do 8 de Janeiro</span></a><span style="font-weight: 400;"> planejam apertar o presidente do colegiado </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-maia"><span style="font-weight: 400;">Arthur Maia</span></a><span style="font-weight: 400;"> (União Brasil-BA) nas próximas semanas. A ideia é colocar em votação requerimentos de convocação dos ex-comandantes das Forças Armadas que teriam participado de uma reunião golpista de <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (PL). </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Os ex-chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica, almirante <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/garnier-some-e-perde-apoio-ate-mesmo-dentro-da-marinha">Almir Garnier Santos</a>, general Marco Antônio Freire Gomes e brigadeiro Carlos Batista, respectivamente, são os alvos da vez. Eles participaram de uma reunião em 2022, no <a href="https://www.metropoles.com/tag/palacio-do-planalto">Palácio do Planalto</a>, em que o então presidente apresentou um plano de golpe. As informações vieram a tona por vazamento de um depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/esposa-de-mauro-cid-agora-delator-era-so-elogios-a-bolsonaro">Esposa de Mauro Cid, agora delator, era só elogios a Bolsonaro</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/governistas-querem-usar-delacao-de-cid-na-cpmi-do-8-de-janeiro">Governistas querem usar delação de Cid na CPMI do 8 de Janeiro</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli">Paulo Cappelli</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha">Igor Gadelha</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/relatorio-da-cpmi-indiciara-bolsonaro-diz-randolfe-apos-relato-de-cid">Relatório da CPMI indiciará Bolsonaro, diz Randolfe após relato de Cid</a>
          </h6></div>
      </article>
    </li>
    </ul>
  </div>
<p><span style="font-weight: 400;">A expectativa é que Maia coloque os requerimentos em votação depois do novo depoimento de <a href="https://www.metropoles.com/tag/mauro-cid">Cid</a>, a ser marcado. Os governistas acreditam que o tenente-coronel confirmará as informações que saíram na imprensa e implicará diretamente os militares, além de Jair Bolsonaro.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Neste cenário, segundo os governistas, não haveria mais obstáculos para convocar os militares. A confirmação de Cid também motivaria uma convocação do ex-presidente, peça central do plano golpista, segundo os governistas. </span></p>
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Jair Bolsonaro e comandantes militares

Comandantes das Forças Armadas na mira da CPMI do 8 de Janeiro

<p style="font-weight: 400;">Eu e Bolsonaro fomos vítimas, na quarta-feira da semana passada, de um desconforto intestinal. Ele internou-se em um hospital de Brasília; eu, que estava em São Paulo, em um hospital de lá.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Isso aconteceu no dia em que vazou parte da delação do tenente-coronel Mauro Cid sobre as reuniões entre Bolsonaro e os comandantes militares em novembro de 2022. Em pauta, o golpe.</p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro disse que por recomendação médica não responderia a perguntas sobre a delação de Mauro Cid. Como os médicos que me atenderam nada disseram, escrevi sobre a delação.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Meu desconforto intestinal passou, e creio que o de Bolsonaro também. Mas ele continua em silêncio sobre o que revelou Mauro Cid, o que mostra que seu desconforto é de outra natureza.</p>
<p style="font-weight: 400;">Padece do mesmo mal o desaparecido almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha que, segundo Mauro Cid, foi o único dos chefes militares a bater continência para o golpe.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A poucos dias de Bolsonaro fugir para os Estados Unidos, em 30 de dezembro, sem passar a faixa presidencial a Lula, Garnier gravou uma mensagem dirigida à sua tropa em que afirmou:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Nem sempre conseguimos fazer tudo que queremos. Muitas vezes queremos navegar em direção ao porto seguro em linha reta, mas a tempestade nos impede, e temos de navegar de acordo com o que aprendemos para contornar furacões.</em></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;"><em>Mas saibam os senhores que a manobra de tempestade girará novamente o barco em direção ao porto seguro que queremos. E lá nós chegaremos, pode demorar um pouco mais, mas chegaremos. O importante é que estejamos unidos.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Àquela altura, o mais bolsonarista dos comandantes das três Armas sabia que o golpe fracassou. Garnier chegou a ser citado em reportagem do jornal em língua inglesa &#8220;Financial Times&#8221;:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Um alto funcionário brasileiro que esteve intimamente envolvido lembra que o ministro da Marinha de Bolsonaro, almirante Almir Garnier, era o mais ‘difícil’ dos chefes militares. ‘Ele ficou realmente tentado por uma ação mais radical’, diz.</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8216;Então tivemos que fazer muito trabalho de dissuasão, o Departamento de Estado e o comando militar dos EUA disseram que iriam rasgar os acordos [militares] com o Brasil, desde treinamento até outros tipos de operações conjuntas&#8217;”</em>.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Sem sucesso, Bolsonaro pediu ajuda ao presidente americano, Joe Biden, para se reeleger. Emissários de Biden visitaram o Brasil para dizer aos comandantes militares que não haveria apoio ao golpe.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em nome dos seus governos, embaixadores de países europeus advertiram seus interlocutores para o risco de o Brasil ficar isolado internacionalmente caso a legalidade por aqui fosse rompida.</p>
<p style="font-weight: 400;">Foram as pressões internacionais, mais do que eventuais compromissos dos chefes militares com a democracia, que enterraram o golpe que Bolsonaro pretendeu aplicar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Reconhecer isso não é ser injusto com os militares, é contar a história como ela se passou. Os militares não são uns coitadinhos que a contragosto acabaram arrastados para o lado de Bolsonaro.</p>
<p style="font-weight: 400;">Aderiram a Bolsonaro de livre e espontânea vontade. Com ele, voltaram ao poder pelo voto. E do poder não pretendiam sair. O papa é argentino, mas Deus ainda tem uma queda pelo Brasil.</p>


Imagem colorida de manifestação contra Jair Bolsonaro em SP

manifestação-Bolsonaro-julgamento-TSE-SP-7

O papa é argentino, mas Deus ainda tem uma queda pelo Brasil

<p><span style="font-weight: 400;">Semana de despedidas em Brasília. Se na Procuradoria-Geral da República, <a href="https://www.metropoles.com/tag/augusto-aras">Augusto Aras</a> não deixará muitas saudades, <a href="https://www.metropoles.com/tag/rosa-weber">Rosa Weber</a> deixa um legado de 12 anos como ministra do <a href="https://www.metropoles.com/tag/stf">Supremo Tribunal Federal</a>. Semana agitada para <a href="https://www.metropoles.com/tag/lula">Lula</a>, que será submetido a cirurgia no quadril e tranquilidades no Congresso. Leia os destaques:</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-ficara-em-brasilia-na-proxima-semana-em-preparacao-para-cirurgia">Lula ficará em Brasília na próxima semana em preparação para cirurgia</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-8-1-augusto-heleno-alan-diego">CPI do 8/1 ouve Augusto Heleno e Alan Diego na próxima semana</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">O presidente </span><b>Lula </b><span style="font-weight: 400;">recebe hoje (25/09) o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chin, no <a href="https://www.metropoles.com/tag/palacio-do-planalto">Palácio do Planalto</a>. Amanhã (26) volta com o fatídico Conversa Com o Presidente e participa dos lançamentos dos programas Escolas Conectadas e Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Na quarta-feira (27), lança o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Seleções e na sexta (29) <a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-ficara-em-brasilia-na-proxima-semana-em-preparacao-para-cirurgia">faz cirurgia para aliviar as dores no quadril</a>. O incômodo é resultado de uma inflamação na articulação entre o osso do fêmur da perna direita e a bacia de Lula. A artrose na cabeça do osso deve ser retirada e uma prótese será inserida. O procedimento é considerado simples, mas deve tirar o petista de circulação por uma semana.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Na </span><b>Câmara</b><span style="font-weight: 400;">, o destaque fica pela votação da validade do Projeto de Lei que redefine a união homoafetiva no Brasil. O trâmite acontece na quarta-feira (27) e <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/manifestantes-lgbtqia-tomam-comissao-que-define-sobre-casamento-gay">promete muita briga na Comissão da Família</a> em meio a uma discussão que representa um retrocesso na comunidade LGBTQIA+.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Na terça (26), a </span><b>CPI das Americanas </b><span style="font-weight: 400;">vota o relatório do deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), enquanto a </span><b>CPI das Pirâmides Financeiras </b><span style="font-weight: 400;">ouve seis depoimentos; leia a lista completa </span><a href="https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/69842"><span style="font-weight: 400;">aqui</span></a><span style="font-weight: 400;">.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">No </span><b>Senado</b><span style="font-weight: 400;">, a </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/cpmi-do-8-de-janeiro"><span style="font-weight: 400;">CPMI do 8 de Janeiro</span></a><span style="font-weight: 400;"> ouve o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional sob Bolsonaro (PL), general <a href="https://www.metropoles.com/tag/augusto-heleno">Augusto Heleno</a>, na terça (26), às 9h. Na quinta (28), o colegiado interroga <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-8-1-augusto-heleno-alan-diego">Alan Diego dos Santos Rodrigues</a>, suspeito da tentativa de ataque terrorista contra o aeroporto de Brasília.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O procurador-geral da República, </span><b>Augusto Aras</b><span style="font-weight: 400;">, deixa a PGR na terça (26). Deixa também um histórico de leniência com Jair Bolsonaro e seus aliados. Relembre </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/7-vezes-em-que-augusto-aras-passou-pano-para-jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">aqui</span></a><span style="font-weight: 400;"> sete vezes que Aras passou pano para o ex-presidente.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">No </span><b>Supremo Tribunal Federal</b><span style="font-weight: 400;">, a ministra Rosa Weber deixa o cargo de ministra e presidente, antes de sua aposentadoria compulsória. Na quinta (28), <a href="https://www.metropoles.com/tag/luis-roberto-barroso">Luis Roberto Barroso</a> assume como presidente da mais alta corte do judiciário do país. A cerimônia contará com 1.200 convidados.</span></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p><span style="font-weight: 400;">E para finalizar, um pequeno desvio para falar de futebol. O Palmeiras vai à Argentina, na quinta (28), para jogar contra o Boca Juniors, pela semifinal da </span><b>Copa Libertadores da América</b><span style="font-weight: 400;">. Fluminense e Internacional decidem a outra vaga na quarta (27). </span></p>
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Lula coloca a mão no pescoço após cirurgia na garganta. Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fala com a imprensa após uma semana em Brasília. Lula ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Local: CCBB. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Presidente Lula fala com a imprensa apos semana em Brasilia

Agenda da Semana: Lula na mesa de operação e posse de Barroso

<p>Descontados o ufanismo e a mania pernambucana de grandeza, “Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem”. É o primeiro verso da letra que termina com “É frevo meu bem” de Capiba, um gênio pernambucano de talento universal.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Nasceu em Surubim (1904-1997), município do agreste, conterrâneo do grande Chacrinha. Na pia batismal recebeu o nome de Lourenço da Fonseca Barbosa. Herdou o carinhoso apelido do avô, sinônimo de “jumento teimoso”, sabe-se lá por quê. A história demonstrou que o tempo lhe deu o rosto de irmão, pai, do amigo querido que a gente gostaria de ter.</p>
<p>Veio ao mundo, também, um ser musical que, aos oito anos tocava trompa e vários instrumentos de sopro; aos dez participava de saraus. Precocemente, aprendeu piano o que lhe rendeu uma emprego no cine Fox, em Campina Grande; com vinte anos era o pianista do cinema Rio Branco, em João Pessoa, para onde fora para estudar no Liceu.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>A biografia de Capiba é uma extensa e linda saga. Formou-se em Direito e funcionário concursado no Banco do Brasil, o precoce e versátil Capiba (jogou no campinense e era torcedor apaixonado pelo Santa Cruz) garantiu o seu sustento, ao lado da meiga Zezita Barbosa com quem casara em 12 de outubro de 1931.</p>
<p>Pôde se dedicar à irresistível e abençoada vocação: a música.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Para os que imaginam Capiba como o maior compositor de frevo, é importante salientar que sua primeira composição foi uma valsa (Meu destino) e o primeiro prêmio foi um tango: “Flor, as ingratas”. Sua obra é um precioso acervo criador de mais de duzentas composições: sambas, maracatus, valsas, cirandas mais de cem frevos e músicas eruditas. Com parcerias de consagrados poetas, compositores e cantores.</p>
<p>Tive a sorte de conhecê-lo e ser recebido afetuosamente na sua casa, Rua Barão de Itamaracá, pelas mãos do amigo de infância, Leonardo Dantas Silva, notável historiador e pesquisador da cultura pernambucana com densa obra sobre nossas manifestações culturais e do período holandês no Brasil. Na minha gestão como Prefeito (1979-1982), chefiou a Fundação de Cultura e cumpriu uma agenda de projetos marcantes.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Com frequência. eu escutava os ícones da cultura Pernambucana: o poder é um ofício do aprender, especialmente com aqueles contruíram nossa História. Uma das razões porquê prucurei Capiba foi uma dúvida: nós criamos “o projeto ciranda” que semanalmente apresentava a banda e a orquestra de frevo nos bairros do Recife, inclusive os bairros mais periféricos, as favelas.</p>
<p>Queria, incluir Orquestra Sinfônica. Não era um consenso na equipe. Aproveitei e pedi a opinião de Capiba que, com sabedoria, humor e um sotaque inconfundível, ensinou: “Prefeito: o macaco só come banana porque só dão só dão banana para ele comer. A Música erudita ou popular se for boa o povo vai gostar e pedir mais”. Não deu outra: silêncio, respeito, aplauso e inclusão no projeto.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Pois bem, este personagem histórico foi homenageado no mês de setembro por uma admirável organização – Arial Social – que na celebração dos trinta anos levou aos palcos o Musical “Capiba – Pelas Ruas Eu Vou”.</p>
<p>Eu fui. Minha família, também, na apresentação nos dias sete e oito de setembro do ano em curso. São três décadas que, sob a liderança de Cecília Brennand, Aria Social ao lado de competente e dedicada equipe, pratica pelos luminosos caminhos da Educação pela Arte, o Bem e o Belo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>No Teatro do Parque Dona Lindu, senti a emoção da Dança, para mim a Arte/Síntese porque dá expressão corporal e real a todas as manifestações artísticas.</p>
<p>No caso da obra eclética de Capiba, vi, ouvi e senti o “passo”, a coreografia anarco-individualista do frevo que nas palavras de Mário Sette se expressa na “massaroca do povo, num remexido incessante, numa onda perene [&#8230;] pernas que se arqueiam, se verticalizam, pés que se juntam e se distanciam, braços que angulam e se amoldam, bocas que se escancaram e se trancam; torsos que se espigam e se flexionam, seios pontudos que se projetam em promessas e se retraem em negaças [&#8230;] cabeças que se bamboleiam, como se estivessem atingidos de cócegas”.</p>
<p>Mas não foi só o frevo. Maracatu, mais que ritmo, é nação, tem Rei, Rainha, séquito que desfilam ao som do batuque, batida do coração negro que estronda de saudade da África. Segue o espetáculo de mãos dadas na malemolência suave das ondas do mar – a ciranda, solidária, só menos solene e sagrada do que a Missa Armorial.</p>
<p>Aria Social faz sorrir de alegria, sentir nostalgia, chorar de saudade, mas no abraço do afeto, humano, todo dia, transforma vidas, expande capacidades oferecendo a verdadeira liberdade que é ampliar as oportunidades para incluir pessoas.</p>
<p>Assim, Aria Social cumpre seu destino de oferecer o Bem, o Belo e o Justo.</p>
<p><em>Gustavo Krause foi ministro da Fazenda</em></p>


FREVO – Expresso WG – Willians Glauber – Recife – Olinda – Pernambuco – Carnaval – Brasil – Brazil II

Capiba: um talento universal (por Gustavo Krause)

<p>Perguntaram, certa vez, a Demóstenes, o maior orador da Antiguidade: “qual a principal virtude do orador”? Respondeu: “ação”. E depois? Repetiu: “ação”. Sabia ele que essa virtude, própria dos atores, era mais nobre que a eloquência. Por quê? Ora, a ação é a locomotiva do planeta. É quem puxa os carros do trem. Mais ação, governantes. Este é o clamor das massas.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Possivelmente tenha sido esse o motivo pelo qual o presidente Luiz Inácio não foi ao Rio Grande do Sul prestar solidariedade às famílias das vítimas das chuvas. Teria decidido que, antes, iria esperar pelos resultados do pacote financeiro que liberou para ajudar municípios e populações atingidas por inundações. Lula driblou bem a crítica da mídia.</p>
<p>O presidente não foi ao RS prestar solidariedade às famílias que padecem das inundações, por estar esperando ação, resultados do pacote de recursos que destinou aos municípios gaúchos devastados. Ele sabe que sem mostrar a ação do governo, grana nenhuma conseguirá convencer os assolados. Mas, a caneta que libera verbas é a mesma que assina a inércia da administração. Vamos à análise.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Começo lembrando que o Poder Executivo não tem um ministério, mas um maxistério (com perdão dos leitores pelo neologismo). A intenção, aqui, é mostrar que o governo optou pelo maxi, não pelo mini. Afinal, são 38 pastas ministeriais, sendo 31 ministérios, três secretarias e quatro órgãos equivalentes a ministérios.  Afora, os quase 30 mil cargos e funções de confiança, no primeiro e segundo escalão, e os comissionados nas empresas estatais, fundações e agências reguladoras. Uma gigantesca máquina administrativa. De tamanho paquidérmico.</p>
<p>Por isso mesmo, na primeira grande reunião de seu maxistério, Luiz Inácio pediu aos ministros mais ação e menos discurso, mais integração e menos divergência, criatividade e menos queixas. E até chegou a definir o modelo de governo: tudo será centralizado pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil.  Ou seja, bate de frente no modelo de gestão capenga que domina a administração pública federal e que ele próprio ajuda a entortar com a ampliação exagerada de ministérios e secretarias especiais.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>É sabido que o resultado que o Brasil pode alcançar, sem precisar de emendas constitucionais, cooptação de parlamentares, negociações com partidos, está na área da gestão, que carece de reforma nos métodos e no sistema de decisões administrativas. O diagnóstico é conhecido: vemos, hoje, um desequilíbrio entre a hiperatividade decisória e a eficiência de operação da burocracia governamental. Uma ordem do presidente acaba esbarrando nos chamados canais burocráticos.</p>
<p>O fato é que atrasos no cumprimento de decisões, pouca motivação e disposição de burocratas, falta de sinergia, interpenetração de competências e ausência de controles convergem para estabelecer as bases do desperdício e da irresponsabilidade, cujas consequências entram pelo ralo do conhecido e mal afamado “risco Brasil”.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Depois desses 9 meses de governo, a reforma na administração é a lição de casa a ser feita. Se a máquina for lubrificada, mais ágil e menos perdulária, o Governo aumentará sua credibilidade junto à sociedade, garantindo um impacto que outras reformas, como as da previdência e tributária, só alcançarão no longo prazo. Os primeiros fortes impactos da reforma tributária, em processo final de debate no Congresso, só aparecerão apenas em 2029, como lembra Germano Rigotto, ex-governador do RS, a este escriba.</p>
<p>A crise de governabilidade, tão proclamada quando dela se faz uso para justificar a necessidade de se promover o ajuste fiscal e tributário, tem um forte componente na esfera da execução das políticas públicas, na incapacidade de fazer valer as leis e no descumprimento das decisões mais altas. A herança patrimonialista do Estado brasileiro e o sentido cartorial que inspira padrões burocráticos encontram eco na alma dos burocratas e apadrinhados, representantes que confundem espaços públicos com territórios privados.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Arthur Lira, o poderoso presidente da Câmara, espera que Lula continue a ceder espaço ao Centrão, cumprindo a promessa de entregar ao leão faminto a Caixa Econômica Federal, com as 12 vice-presidências incluídas, portanto, de porteira fechada, além da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com seu naco de R$ 3,4 bilhões. Que naco, hein?</p>
<p>Sob esse quadro desalentador, não há como estabelecer controles adequados para fiscalizar a aplicação de recursos e menos ainda garantir a continuidade de programas administrativos considerados bons. Ao custo da falta de controles, somam-se os custos da descontinuidade, do desperdício, das viagens, do tráfico de influência, da improbidade administrativa, do atendimento paroquial de ministros.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>O tamanho da máquina governamental é um exemplo acabado da improvisação com que se trata a coisa pública no País. Trata-se de uma gigantesca estrutura, com cabeça desproporcional a um corpo debilitado. Mais se assemelha a Proteus, o deus marinho, que tinha forma extravagante, associado ao homem-elefante, com sua cabeçorra. O modelo de gestão parece inadequado a um ciclo que recomenda racionalização, enxugamento, síntese e convergência. O compadrio político carrega mazelas da cultura da administração e sentimento de posse do espaço público pelos “donos dos pedaços”.</p>
<p>Lula foi eleito, mais uma vez, por expressar a esperança do povo de levar a pedra nos ombros até o cimo da montanha. Conseguirá? P.S. Que as dores no quadril não impeçam a caminhada do presidente.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Gaudêncio Torquato é escritor, jornalista, professor titular da USP e consultor político</strong></p>


imagem colorida mostra ministros em reunião com Lula - Metrópoles

Lula se reuniu com ministros no Alvorada para discutir situação no RS

Azeitar o maxistério (por Gaudêncio Torquato)

<p>As sociedades modernas que vivem em regime de liberdade política, são essencialmente sociedades plurais, compostas por indivíduos com diferentes histórias de vida, diferentes valores e diferentes interesses. E em razão mesmo da liberdade, os interesses e os valores dos indivíduos podem mudar e mudam com frequência ao longo do tempo. As funções de coordenação da vida social nessas condições são difíceis e complicadas. O modo como se dá essa coordenação é o que determina o destino das nações. Algumas poucas prosperam muito, enquanto a maioria permanece em relativo atraso econômico.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Sociedades em que os indivíduos, além de indivíduos, são também cidadãos, são perfeitamente capazes de caminhar em direção ao progresso econômico e à liberdade política por si mesmas. Esta transformação de indivíduos em cidadãos é mais fácil quando na sociedade as pessoas confiam nas outras e nas instituições. Em nosso país esta confiança está em baixa. A tarefa central das instituições públicas seria reconstruir a confiança perdida para que todos se sintam, pelo menos em parte, participantes de um destino comum.</p>
<p>Quais poderão ser os objetivos centrais de um país como o Brasil, superiores a quaisquer outros?  Não estarei errado se disser que são o crescimento forte e de longa duração da economia e a consolidação da democracia. Em torno destes objetivos é necessário mobilizar todas as forças sociais, deixando-se de lado outras questões que, embora relevantes para alguns grupos sociais, possam neste momento dividir ou separar as pessoas.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Esta deveria ser a tarefa do Governo, do Parlamento e da cúpula do Poder Judiciário. Não penso que estas instituições e seus dirigentes estão empenhados nela. Ao contrário, todos tem estado às voltas com agendas paralelas que separam os brasileiros em grupos antagônicos. Vou repetir as palavras do sociólogo americano Daniel Bell, que foi um analista penetrante das sociedades modernas:  os mais destrutivos conflitos em uma sociedade nascem da politização das questões morais e culturais, porque estas crenças tendem a ser absolutas e não são negociáveis.</p>
<p>Apesar de o Brasil viver há anos sem verdadeiro crescimento econômico, muito pouco nas agendas do Poderes está ligado decisivamente a esta questão primordial, sem cuja solução o destino do país corre risco existencial. O Congresso e o Supremo, numa verdadeira competição, estão empenhados em questões delicadas e divisivas, como a legalização de drogas e do aborto, questões que acendem os mais intratáveis antagonismos numa sociedade já ferida por muitos conflitos. De outra parte, ambos os Poderes agora se enfrentam para alterar a complexa situação de demarcação de terras indígenas em áreas com longa ocupação por produtores rurais. Tudo isto é fonte de conflitos e incompreensões, enquanto a economia do país se arrasta e a pobreza aumenta.  Serão estas as prioridades atuais do Brasil?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Para tornar as coisas mais difíceis aparecem as tentativas de se impor, sem maiores cuidados, a toda a vida brasileira as chamadas políticas de identidade, uma agenda carregada de perigos para o futuro da unidade do país. É o que o cientista político progressista americano Mark Lilla chama de a retórica da diferença impondo-se sobre a ideia fundamental de destino compartilhado. Em vez da pergunta essencial “o que posso fazer pelo meu país?”, passa a vigorar “o que meu país me deve em virtude de minha identidade?”.  A proteção das minorias é parte essencial da vida democrática moderna, mas para que ela seja efetiva é preciso que seja uma obra de todos e que não lance brasileiros contra brasileiros, semeando ressentimentos que levam à frustração, ao ódio e ao retrocesso no final.</p>
<p>Nós temos claramente muitas diferenças. Mas a diferença fundamental é a diferença econômica, que nos divide como nação em 90% de pobres e apenas 10% de ricos. Enquanto esta durar todas as demais diferenças não serão sequer atenuadas. Se queremos ser desenvolvidos, livres e justos precisamos aprender primeiramente a ser uma sociedade.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p><em>Roberto Brant, ex-ministro da Previdência Social do governo Fernando Henrique Cardoso</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
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Imagem colorida mostra militares marchando em frente ao Palácio do Planalto / Metrópoles

Troca de bandeira na Praça dos Três Poderes

Agendas que nos dividem (por Roberto Brant)

<p><span style="font-weight: 400;">Favorito para o lugar de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, <a href="https://www.metropoles.com/tag/flavio-dino">Flávio Dino</a> pode abrir mais uma vaga em ministérios para o Partido dos Trabalhadores. Se <a href="https://www.metropoles.com/tag/lula">Lula</a> (PT) nomeá-lo como ministro da Corte, também deve dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, atualmente ocupada pelo maranhense.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A ideia surgiu pela disputa interna na esquerda pelo comando da pasta em caso de saída de Dino. O <a href="https://www.metropoles.com/tag/psb">PSB</a> entende que o ministério é “seu por direito” e teme perda de espaço somada à saída de <a href="https://www.metropoles.com/tag/marcio-franca">Márcio França</a> de Portos e Aeroportos. Já o PT entende que a pauta de segurança pública é um tema caro para o Lula 3, por isso o partido deve ter o controle da pasta.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">A divisão seria, neste caso, a solução ideal para os dois partidos. <a href="https://www.camara.leg.br/deputados/189593/biografia">Wadih Damous</a> é visto como o nome petista para um possível Ministério da Segurança Pública. Ele é atualmente secretário Nacional do Consumidor. No PSB, o nome aventado para a Justiça é o de <a href="https://psb40.org.br/quem-somos/presidente/">Carlos Siqueira</a>, presidente nacional do partido.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Lula avalia a ideia, que já foi consumada por <a href="https://www.metropoles.com/tag/michel-temer">Michel Temer</a>. Quando colocou <a href="https://www.metropoles.com/tag/alexandre-de-moraes">Alexandre de Moraes</a> no STF, o emedebista nomeou Raul Jungmann como ministro da Segurança Pública e Torquato Jardim como ministro da Justiça.</span></p>
<p><strong>Atualização &#8211; 24 de setembro de 2023 &#8211; 19h55</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><em>O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, entrou em contato com o blog e negou que deseja a posição de ministro em caso de Flávio Dino no STF. Siqueira afirmou que “não cogita, há muito tempo, participar de qualquer governo, em qualquer que seja a posição”.</em></p>
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Foto colorida de Lula e Dino juntos - Metrópoles

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