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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

@amarildocharges

Charge do Amarildo

<p style="font-weight: 400;">O Supremo Tribunal Federal deve tomar decisões com base no voto secreto dos seus ministros ou no voto aberto como é hoje? Respostas de 3.486 leitores:<br />
Voto aberto &#8211; <strong>80,9%<br />
</strong>Voto secreto &#8211; 19,1%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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interrogação

Na Justiça, voto aberto ou secreto?

<p><i>“[A prisão de Lula] tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais. Até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país&#8221;.</i> (<b>Dias Toffoli</b>, ministro do STF)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Imagem colorida de Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles

***Foto-Dias-Toffoli-stf

Frase do dia

Guga Noblat

<p><i>“Tentar mexer na Suprema Corte para botar amigo, companheiro ou partidário é um atraso. É um retrocesso que a República brasileira já conhece muito bem. Eu sou contra”.</i> (<b>Lula</b>, quando candidato a presidente da República em 2022)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1" class="ad-quadrado"></div>
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<p>Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad--quadrado-1" class="ad-quadrado"></div>
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lula-presidente-brasil-corinthians-classificacao

Frase do dia | Metrópoles

Da Redação

<p>Em artigo veiculado no mês passado, apontei razões que entendo tornam imparável, embora inacabada, a proposta de reforma tributária do consumo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Neste artigo, vou assinalar pontos da proposta relacionados ao potencial de aumento da carga tributária e às controvérsias sobre fundos nela previstos.</p>
<p>Concebidos para mitigar resistências à proposta, os fundos constituem despesas que serão financiadas por aumento de carga tributária ou da dívida pública, ressalvada a hipótese de se converterem em falsas promessas, como as várias normas da atual Constituição que não lograram concretude porque não foi editada a respectiva legislação infraconstitucional.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Esse aumento de carga tributária, sem contar com os projetos já submetidos ao Congresso, pode ser reforçado ainda mais por uma contribuição estadual incidente sobre produtos primários e semielaborados em substituição a teratológicas contribuições hoje existentes, a ampliação da base imponível do IPVA sem a previsão de manutenção da carga tributária desse imposto, a progressividade do ITCMD como conceito aberto, a competência dada aos prefeitos para atualização do IPTU ainda que a partir de critérios fixados em lei e, por fim, o imposto seletivo sobre serviços e produtos prejudiciais à saúde ou ao meio-ambiente, com enorme amplitude conceitual e alíquotas que não estarão sujeitas a qualquer limitação, podendo ser cobrado até mesmo em virtude de medida provisória.</p>
<p>O Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, concedidos no âmbito do ICMS, pode encerrar um grande questionamento sobre a discriminação e natureza dos benefícios. É, também, uma nova e imprevisível despesa, que pode estimular demandas de partilha com os Municípios. Porém, não necessariamente será efetivada, considerando que estamos em um país que sequer honra precatórios.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional constitui uma transferência aos Estados, com dotação inicial sujeita à atualização monetária anual e destinado a financiar gastos públicos e subsidiar empresas. Demandará, inevitavelmente, expansão das receitas públicas. Por sua vez, seus critérios de partilha, remetidos à lei complementar, ensejará uma renhida batalha federativa.</p>
<p>A compensação das perdas dos Estados e Municípios, decorrentes da nova sistemática, tem fonte e critérios de rateio definidos, ainda que por um inacreditável prazo de 50 anos. Trata-se, contudo, de uma presunção, com grande possibilidade de não corresponder às perdas efetivas, o que pretextará um infindável litígio.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>&nbsp;</p>
<p><em>Everardo Maciel foi secretário da Receita Federal</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
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Sefaz adia vencimento de impostos no DF - Metrópoles

Sefaz adia vencimento de impostos no DF – Metrópoles

Tempestade à vista (por Everardo Maciel) 

<p>Joaquim Osório Duque-Estrada ainda se mostrava otimista em relação à reciprocidade dos <em>filhos deste solo</em> para com a <em>Mãe gentil</em>, ao escrever o Hino Nacional, mesmo quando a chegada portuguesa já completava quatro séculos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Ao ouvirmos em Belém, na semana passada, as análises preocupantes dos palestrantes da I Conferência Internacional Amazônia e Novas Oportunidades sobre a situação do território amazônico e as mudanças climáticas, ficou claro o tamanho do desafio socioambiental da nossa <em>Pátria</em> em construção.</p>
<p>Cem anos depois da publicação do nosso Hino, persistem sutilezas em um espírito de ocupação territorial e econômica semelhante ao dos antigos bandeirantes (heróis controversos da Ilha da Vera Cruz).</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>A rigor, especialmente na Amazônia, <em>quem te adora</em> deveria <em>temer a própria morte</em>, porque, em se tratando de aquecimento global, o efeito do descuido com a natureza pode ser o fim da vida em escala planetária.</p>
<p>O ex-dirigente da ONU Ban Ki-Moon abriu a Conferência organizada pelas mineradoras falando em “perigo de extinção em massa por volta 2100”, situação em que 70% das espécies do planeta seriam eliminadas (a última ocorreu há 25 milhões de anos).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>O anfitrião Raul Jungmann colocou o bode na sala ao ressaltar que ainda não há um projeto para a Amazônia. Mais de meio milênio depois de Cabral desembarcar, o<em> povo heroico</em> cantado por Osório ainda crê que a <em>amada idolatrada</em> possa sobreviver <em>deitada eternamente em berço esplêndido</em>.</p>
<p>Contudo, a ativista Neidinha Suruí registrou que “já não basta reflorestamento é preciso reflorestar mentes”. A ocupação da Amazônia ainda se comporta como se a matriz energética, as matérias-primas e as moradias contemporâneas dependessem da madeira das matas originais.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Marcelo Furtado (ITAUSA) chamou a atenção para a necessidade de se rever os conceitos empresariais de risco e lucro. O grau e o tipo de riscos não são mais aqueles que orientavam os investimentos antes dos extremos climáticos.</p>
<p>Enquanto isso, Tony Blair, ex-ministro do Reino Unido, ressaltou que “o Brasil é crítico no processo de transição energética”. Em um mundo em que a Arábia Saudita insiste que vai extrair petróleo até a última gota, vale lembrar que a Idade da Pedra não acabou devido à falta de pedras, mas sim porque as tecnologias e as necessidades evoluíram.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Em 1909, embalado por boa fé poética, Duque-Estrada imaginava que a nação a que se referiu como <em>filho teu</em> já incluía igualmente os descendentes do colonizador europeu, dos escravizados africanos e dos povos originários.</p>
<p>Agora, em Belém, Ana Yung, da Chattan House britânica, mostrou preocupação com “as elites políticas envelhecidas que seguem tomando decisões importantes à revelia, especialmente, dos jovens que irão arcar com a herança dessas escolhas”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>A curadora da Conferência, Izabella Teixeira (ex-ministra do Meio Ambiente) acertou ao enfatizar que a adaptação climática “não diz respeito apenas a dinheiro ou a créditos de carbono, porque a questão é política”. Para a ex-ministra, o cidadão médio, os movimentos sociais e as autoridades, inclusive no Brasil, não têm consciência do processo político embutido no debate da mudança climática.</p>
<p>No mesmo evento, o pesquisador de Havard Hussein Kalout destacou que a relevância do Brasil nas mesas da nova ordem geopolítica em construção não dependerá apenas de articulações e declarações. Passará pelo investimento do País na reparação do seu passivo social e ambiental.</p>
<p>A oportuna Conferência do IBRAM Instituto Brasileiro de Mineração inovou ao aproximar empresas, militares, ongs, governo, academia e povos originários. Um passo importante para que o futuro do <em>gigante pela própria natureza</em>, enfim, <em>espelhe essa grandeza</em>.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Felipe Sampaio:</strong><em> chefiou as assessorias dos ministros da Defesa e da Segurança Pública; cofundador do Centro Soberania e Clima; foi secretário-executivo de Segurança Urbana do Recife; atual diretor do SINESP no Ministério da Justiça e Segurança Pública.</em></p>


O ex-ministro Raul Jungmann, presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração)

Amazônia, Independência ou Morte (por Felipe Sampaio)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">A bancada ruralista do <a href="https://www.metropoles.com/tag/congresso-nacional">Congresso Nacional</a> vive uma fase de conflito interno com o fim da <a href="https://www.metropoles.com/tag/mst">CPI do MST</a> (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Enquanto alguns defendem uma pressão maior sobre o presidente da Câmara <a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira">Arthur Lira</a> (PP-AL) pela prorrogação dos trabalhos, a maioria avalia que a comissão foi uma perda de tempo.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Os que criticam dizem que o trabalho da oposição foi sem foco, com diversas derrapadas e brigas desnecessárias. A atuação do deputado <a href="https://www.metropoles.com/tag/ricardo-salles">Ricardo Salles</a> (PL-SP) foi perturbada, segundo seus colegas, por <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-do-mst-samia-bomfim-ironiza-salles-e-tem-microfone-cortado-video">polêmicas</a> e interferência de outros poderes. O relator, por exemplo, virou </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/ricardo-salles-vira-reu-em-acao-que-apura-exportacao-ilegal-de-madeira"><span style="font-weight: 400;">réu em ação que apura exportação ilegal de madeira</span></a><span style="font-weight: 400;"> em meio às reuniões.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Salles e o deputado federal <a href="https://www.metropoles.com/brasil/zucco-a-samia-bomfim-em-bate-boca-na-cpi-quer-remedio-hamburguer">Zucco</a> (Republicanos-RS), presidente da CPI, foram engolidos por deputados governistas, sobretudo pelas deputadas <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/zucco-reclama-de-perda-de-maioria-na-cpi-do-mst-samia-ironiza">Sâmia Bomfim</a> (Psol-SP) e <a href="https://www.metropoles.com/brasil/salles-levara-deputada-que-o-chamou-de-bandido-ao-conselho-de-etica">Talíria Petrone</a> (Psol-RJ).</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Sem pauta, agora os ruralistas focam na tese do <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/bancada-ruralista-desenterra-pl-do-marco-temporal-para-driblar-stf">Marco Temporal</a> das terras indígenas, que está <a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/pacheco-pode-atrasar-votacao-do-marco-temporal-em-aceno-a-lula-e-ao-stf">parada no Senado</a>. A ideia é pressionar o presidente <a href="https://www.metropoles.com/tag/rodrigo-pacheco">Rodrigo Pacheco</a> (PSD-MG) para acelerar a tramitação do projeto, que pode impactar até 303 terras, que somam 11 milhões de hectares, onde vivem cerca de 197 mil indígenas.</span></p>
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Deputado federal Luciano Zucco, presidente da CPI do MST durante CPI do MST ouve Francisco Graziano Neto, ex-Presidente do INCRA e ex-Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo - Metrópoles

Deputado federal Luciano Zucco, presidente da CPI do MST durante CPI do MST ouve Francisco Graziano Neto, ex-Presidente do INCRA e ex-Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo – Metrópoles

Com o fim da CPI do MST, ruralistas reclamam de “inação” de aliados

<p>Há 201 anos era tudo muito diferente. A colônia que se separava administrativamente de Portugal tinha cerca de 4,5 milhões de habitantes, sendo 1,2 milhões de escravizados (em torno de 27% da população), e um milhão de não brancos, “livres” e&#8230; pobres. Estima-se que os indígenas, que sobreviveram à conquista europeia, eram 800 mil.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O 7 de setembro de 1822 é a certidão de nascimento do Brasil. Nossa “gestação” como país foi turbulenta. Gravidez de risco: “um povo feito de povos desfeitos”, lembrou Darcy Ribeiro (1922-1997).</p>
<p>A amorosidade dos originários, nossa raiz, fecundou-se em exploração, crueldades e violências de todo tipo. E resistência também: nos quilombos, nas guerras nativas, na mística da religiosidade, na música. Os atabaques ecoam nas mil e uma noites do Brasil.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Nascemos em profunda desigualdade: escravização, latifúndio, monocultura de exportação. Crescemos sob o mando da aristocracia dona de terra e gente, nos tornamos República com pouco republicanismo, “com mais estadania que cidadania” (“Os bestializados”, José Murilo de Carvalho, 1939-2023).</p>
<p>Dois séculos depois ainda há fortes sequelas: precarização do trabalho, desemprego estrutural, concentração de renda, reprimarização da economia, commodities.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Hoje é dia de celebrar o mínimo que é muito: a data nacional sem golpismo oficial, sem “patriotismo” de entreguismo. Pequenos mas significativos avanços na Saúde, nas políticas sociais, na racionalidade civilizatória. O obscurantismo ainda rosna, mas perdeu postos de comando.</p>
<p>Somos 203 milhões: povo da raça Brasil, afrotupis, judárabes, euromestiços.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>A bota saiu do nosso pescoço, podemos respirar. Mas ainda há muita dependência na nossa independência, muita Nação a se construir.</p>
<p><em>*Chico Alencar é professor de História, escritor e deputado federal (PSOL/RJ)</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
</p>

imagem colorida ensaio do 7 de setembro - metrópoles

Ensaio 7 de setembro (7)

Independência ainda que tardia (por Chico Alencar)

<p style="font-weight: 400;">Em 2018, a poucos meses de assumir a presidência rotativa do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli foi conversar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no apartamento dele na rua Rio de Janeiro, em São Paulo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro ainda não havia sido eleito, mas sua vitória era dada como certa. Toffoli estava atrás de conselhos. Conta uma testemunha do encontro que à certa altura da conversa, Fernando Henrique perguntou de supetão ao ministro:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Você gosta de boxe?”</em></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Toffoli respondeu:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Gosto, e muito desde os tempos do Cassius Clay”.</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">(Cassius Marcellus Clay Jr., que depois adotou o nome de Muhammad Ali-Haj ao aderir ao islamismo, foi um dos maiores lutadores de boxe de todos os tempos.)</p>
<p style="font-weight: 400;">Fernando Henrique insistiu:</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;"><em>“Você sabe o que é clinche?”</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Sei.”</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">(No boxe, clinche é o lance em que o lutador abraça seu adversário para impedi-lo de desferir golpes.)</p>
<p style="font-weight: 400;">Fernando Henrique então completou:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Pois você vai ter que passar seu mandato no Supremo em clinche com Bolsonaro para evitar que ele vá adiante com seu projeto golpista.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">No futuro, essa e outras histórias serão contadas em um livro.</p>


Ex-boxeador

O conselho que Fernando Henrique Cardoso deu a Dias Toffoli

<p style="font-weight: 400;">A Lava Jato já foi dada como morta muitas vezes. Começou a definhar com o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a posse, em 31 de agosto de 2016, de Michel Temer (MDB), seu vice.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">No seu primeiro governo, Dilma demitiu seis ministros acusados de corrupção e fortaleceu as investigações da Lava Jato. Então, o sistema político entrou em pânico. Era preciso “deter a sangria”.</p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro se elegeu pegando carona no combate à corrupção, com a ajuda de Sergio Moro, que despiu a toga e assumiu o Ministério da Justiça. Foi quando a Lava Jato de fato começou a morrer.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Ela baixou à sepultura com a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular a condenação de Lula e declarar Moro um juiz parcial que conduziu a Lava Jato menos como juiz e mais como político.</p>
<p style="font-weight: 400;">A pá de cal foi jogada, ontem, pelo ministro Dias Toffoli, que considerou “imprestáveis” todas as provas obtidas pela Lava Jato mediante o acordo de leniência com a empreiteira Odebrecht.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Para Toffoli, os investigadores da Lava Jato “desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores  e agiram com parcialidade e fora de sua esfera de competência”.</p>
<p style="font-weight: 400;">Algo parecido aconteceu com a operação “Castelo de Areia”, de 2009, que investigou crimes financeiros praticados por executivos ligados à construtora Camargo Corrêa e acabou anulada.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;">Políticos foram acusados de receber propina para facilitar negócios da construtora. Alguns deles: José Roberto Arruda, Temer, Sérgio Cabral, Antonio Palocci e Valdemar Costa Neto.</p>
<p style="font-weight: 400;">Anular a Lava Jato não significa que não houve roubo, significa que ela serviu a um projeto político: o de condenar e manter Lula preso para que ele não disputasse as eleições de 2018.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Foi talvez o “maior erro judiciário da história”, segundo Toffoli. Agentes da Lava Jato, como Moro e o ex-procurador da República Deltan Dallagnol, poderão doravante ser punidos pelo que fizeram.</p>
<p style="font-weight: 400;">Órfãos da Lava Jato começam a se perguntar<em>: </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;Como é que fica? Faz de conta que Marcelo Odebrecht não confessou os crimes que cometeu e que resultaram em prisões? Absolve todo mundo?”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">A resposta é simples, embora insatisfatória para eles: a apuração de crimes deve levar em conta, antes de tudo, o estrito cumprimento da lei. Nada fora da lei. Justiça se faz com justiça.</p>
<p style="font-weight: 400;">Estarrecidos, órfãos da Lava Jato também partem para cima de Lula como se ele agora, só por ter sido eleito presidente pela terceira vez, acumulasse os Poderes Executivo e Judiciário:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Por mais que Lula diga que quer reconciliar o país, não parece ser esse seu estado de espírito.”</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Uma coisa nada tem a ver com a outra. Presidente da República não dita sentenças de tribunais.  Por saber disso, Bolsonaro, aspirante a ditador, tentou lacrar a Justiça – sem sucesso.</p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro, Moro e Dallagnol estão do mesmo lado do balcão como suspeitos de crimes; Bolsonaro, inelegível, com medo de ser preso; Moro, ameaçado de perder o mandato de senador.</p>
<p style="font-weight: 400;">Vez por outra, aqui se faz e aqui se paga.</p>


Senador Sergio Moro (União-PR) durante aprova indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF

Senador Sérgio Moro (União-PR) durante aprova indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF

Dias Toffoli joga a pá de cal na Lava Jato e encurrala Sergio Moro

<p><span style="font-weight: 400;">O presidente <a href="https://www.metropoles.com/tag/lula">Lula</a> (PT) recebeu com “tranquilidade” a notícia da decisão do ministro do <a href="https://www.metropoles.com/tag/stf">Supremo Tribunal Federal</a> Dias Toffoli em </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/toffoli-anula-provas-da-lava-jato-prisao-de-lula-foi-erro-historico"><span style="font-weight: 400;">anular todas as provas da Lava Jato</span></a><span style="font-weight: 400;"> que levaram à condenação do petista. A interlocutores Lula disse que “a operação sempre foi uma farsa”, e a anulação mostra isso.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Não há, no entanto, “sentimento de revanche” do presidente, segundo esses interlocutores. Lula encontrou-se com <a href="https://www.metropoles.com/tag/flavio-dino">Flávio Dino</a> no Palácio da Alvorada pouco antes do almoço e falou sobre o assunto. Horas depois, o ministro da Justiça e Segurança Pública disse que a <a href="https://www.metropoles.com/tag/policia-federal">Polícia Federal (PF)</a> vai apurar a “</span><a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/dino-vai-por-pf-para-cima-de-moro-apos-decisao-de-toffoli"><span style="font-weight: 400;">responsabilidade criminal de agentes públicos</span></a><span style="font-weight: 400;">”.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">O senador <a href="https://www.metropoles.com/tag/sergio-moro">Sergio Moro</a> (União Brasil-PR) será o principal alvo dessa investigação. Na decisão de Toffoli, o ministro do STF disse que o ex-juiz da Lava Jato foi “diretamente beneficiado pela condenação e prisão” de Lula.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<blockquote><p><span style="font-weight: 400;">“O último fato indicativo da perda de imparcialidade do magistrado consiste no fato de haver aceitado o cargo de Ministro da Justiça após a eleição do presidente da República, <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a>, que há muito despontava como principal adversário político do paciente. Sergio Moro decidiu fazer parte do Governo que se elegeu em oposição ao partido cujo maior representante é Luiz Inácio Lula da Silva” — Dias Toffoli.</span></p></blockquote>
<p><span style="font-weight: 400;">A presidente nacional do PT, a deputada <a href="https://www.metropoles.com/tag/gleisi-hoffmann">Gleisi Hoffmann</a> (PR), disse em seu Twitter: “Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes”. O Partido dos Trabalhadores prepara uma nota oficial em que comemora a decisão de Toffoli.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
</p>

Imagem colorida do presidente Lula em discurso e gesticulando - Metrópoles

Lula sanciona lei com novas regras do Minha Casa, Minha Vida

Como Lula reagiu à decisão de Toffoli em anular provas da Lava Jato

<p style="font-weight: 400;">Tenho um amigo que é duro com ele próprio e duro com toda a gente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Tenho tentado curá-lo, mas é muito mais difícil curar uma coerência do que uma incoerência.</p>
<p style="font-weight: 400;">A dureza faz parte dele, e dá valor ao trabalho que faz.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas esse amigo é uma excepção. Também conheço pessoas que são duras com elas próprias, mas depois muito laxistas com os outros.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pode parecer bondade — o que já não é mau — mas é condescendência, como quem diz que não se pode pedir mais às criancinhas e às flores do campo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas o que conheço mais — e toda a gente conhece, infelizmente — são pessoas que são muito permissivas, muito compreensivas, muito abertas ao diálogo com elas próprias, mas que, quando se trata de avaliar os outros, são duros e inflexíveis até mais não.</p>
<p style="font-weight: 400;">Esta incoerência não é apenas egoísmo, não é apenas hipocrisia, não é apenas andar sempre com duas bitolas, uma para cada algibeira. É também uma apropriação miserável do pecado. O pecado serve para perceber. Quando pecamos, percebemos que se peque.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;">A ideia desta percepção é que sirva depois para perdoar o pecado dos outros.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pecar e prazer são verbos irmanados que nunca andam muito longe um do outro. Mas a surpresa de pecar não é o prazer que dá: é a ausência de castigo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Avisam-nos de que, se pecarmos, vai-nos cair o céu em cima. E, mesmo assim, resolvemos: &#8220;Pronto, que caia, que eu vou pecar na mesma. Já não consigo resistir mais.&#8221;</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas não acontece nada. Não somos castigados. Não fomos apanhados. Não pagamos as consequências. E, nessas afortunadas circunstâncias, não nos custa nada arrependermo-nos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Por isso é que há tanta gente a confundir, em benefício próprio, o pecar com o ser apanhado, ao ponto de considerar que o pior pecado de todos é, precisamente, ser apanhado.</p>
<p style="font-weight: 400;">Pecar é perceber. E perceber é perdoar. Pecamos para perceber a facilidade com que se peca. E assim, quando outros pecam, percebemos que poderíamos ter sido nós a pecar e, por conseguinte, perdoamos.</p>
<p style="font-weight: 400;">A ideia de Deus até era boa.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;">(<em>Transcrito do</em> <strong>PÚBLICO</strong>)</p>


Ilustração em tons de rosa de momento de luto

luto – emocional – abraço

Pecar, perceber e perdoar (Por Miguel Esteves Cardoso)

<p>Recentemente, numa entrevista à Rádio Gaúcha, Lula afirmou que a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil e definiu: “o conceito de democracia é relativo”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
<p>O presidente tentava justificar seu apoio ao ditador Nicolás Maduro.</p>
<p>Lula tem sobejas informações de que em Cuba, na Nicarágua e na Venezuela não há separação dos poderes, eleições livres, pluralismo efetivo, garantia das liberdades públicas e individuais. O regime cubano é uma ditadura de partido único, a Nicarágua uma ditadura nepotista e a Venezuela uma outra ditadura.  No caso dos dois últimos países, usaram a democracia como um expediente tático para chegar ao poder, para em seguida deformá-la e suprimi-la.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Se não é por falta de informação, quais categorias mentais levam Lula e grande parte da esquerda a ter uma visão seletiva sobre a democracia? O presidente condena e denuncia atentados à democracia cometidos por governos de direita, no que está correto, mas cala-se e não condena as mesmas violações quando praticadas por governos de esquerda.</p>
<p>Qual a coerência de ser contra o 8 de janeiro, mas guardar silêncio tumular quando lideranças oposicionistas são impedidas, pelo regime venezuelano, de participar nas eleições presidenciais, como aconteceu com a principal liderança oposicionista, Corina Machado?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div>
<p>Certamente uma primeira categoria mental é a priorização da “igualdade” em detrimento da democracia. Em nome dos supostos “avanços sociais” fecham os olhos às atrocidades cometidas por regimes de esquerda. Isso é muito cristalino na defesa de Cuba. A solidariedade irrestrita às ditaduras de esquerda se dá ainda sob pretexto de que os três “países irmãos estão sob cerco do imperialismo yankee”.</p>
<p>A outra categoria é “não criticar os amigos para não fazer o jogo da extrema-direita”, como o presidente brasileiro afirmou em seu discurso na abertura do 26º Encontro do Foro de São Paulo. No passado, não se denunciava os crimes de Stalin sob o pretexto de que a “Pátria-mãe” do socialismo estava sob cerco da reação mundial. Agora é usada a mesma métrica com ditaduras camaradas.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Há uma chantagem nesse argumento: carimbar como extrema-direita quem apontar as violações à democracia e aos direitos humanos cometidos pelos ditadores Daniel Ortega, Miguel Dias-Canel e Nicolas Maduro.  Quem faz mesmo o jogo da extrema-direita é Lula. Suas declarações sobre a Venezuela dão munição para o discurso anticomunista, alimentando o fantasma de que o Brasil pode virar um “país comunista”.</p>
<p>Talvez o fator principal seja o antiamericanismo, sentimento unificador de uma esquerda terceiro-mundista. O Documento-Base do recente encontro do Foro de São Paulo, realizado em Brasília aponta os Estados Unidos como a principal ameaça aos países da América Latina e do Caribe, enquanto a China, país de ditadura de partido único, é visto como fator de estabilidade e de paz na região!</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-3"></div></div>
<p>O temor de se confundir com a extrema-direita tem levado muitos dos nossos intelectuais a se calarem em relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua. A patrulha ideológica impõe o anátema a quem ouse discordar do seu credo. Fidel Castro é venerado como um semideus, a quem Lula tem o desejo de substituir como a grande referência de uma esquerda prisioneira de dogmas e modelos que, como cantava Belchior, são uma roupa que já não nos serve mais.</p>
<p>É preciso jogar luz no debate necessário, e imprescindível, sobre o papel da democracia, como uma conquista civilizatória da humanidade, a ser cultivada e preservada.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-4"></div></div>
<p>Assim como não há gravidez relativa, também não há democracia relativa. Ou ela é absoluta ou não é democracia.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Hubert Alquéres é presidente da Academia Paulista de Educação.</em></p>


O ditador venezuelano Nicolás Maduro cumprimenta Lula

Frase do dia

Lula

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