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Entre bolsonaristas, é comum a prática de um grampear o outro

O próprio Daniel Silveira, acusado pelo senador Marcos do Val de montar um esquema para gravar Moraes, já foi condenado por grampo

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1 de 1 Imagem colorida mostra ex-deputado federal Daniel Silveira - Metrópoles - Foto: Reprodução

A história contada pelo senador Marcos Do Val (Podemos-ES) de que havia um plano para gravar o ministro Alexandre de Moraes, com o intuito de colocar em curso um golpe de estado, remete a outros momentos que envolvem apoiadores de Jair Bolsonaro.

Entre bolsonaristas, é comum a prática de um grampear o outro.

O próprio Daniel Silveira (PTB-RJ), quando no mandato, até respondeu no Conselho de Ética uma ação acusado de ter gravado um reunião da bancada do PSL, partido que sustentou e elegeu Bolsonaro, em 2018, mas que se fundiu com o Democratas e virou o União Brasil.

Em junho de 2021, Silveira chegou a ser condenado a dois meses de suspensão do mandato, pelo conselho, por esse ato, considerado quebra de decoro parlamentar. A reunião gravada por Silveira ocorreu em 2019 e envolvia a disputa pela liderança da legenda na Câmara.

O agora ex-deputado negou que tenha gravado e que recebeu a gravação de outro colega, e que a tornou pública “em legítima defesa do presidente Bolsonaro”.

Outro deputado do PSL, Heitor Freire (CE), foi acusado pelo próprio Jair Bolsonaro, em outubro de 2019, de ter vazado áudios nos quais ele, o presidente da República, articulava a derrubada do também parlamentar Delegado Waldir (PSL-GO) da liderança do partido.

Na época, Freire disse que teve sim essa conversa com Bolsonaro, mas negou que tivesse divulgado áudio com o teor do diálogo entre eles.

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