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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

@amarildocharges

Charge do Amarildo

<p style="font-weight: 400;">Augusto Aras deixa hoje o cargo de Procurador-Geral da República. Você sentirá saudades dele? Respostas de 2.079 leitores:<br />
Sim &#8211; 5,3%<br />
Não &#8211; <strong>94,7%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
</p>

Augusto Aras

Saudades de Augusto Aras?

<p><i>“Precisamos esclarecer tudo, punir os bandidos, aqueles que quiseram mexer com nossa integridade política, e dizer aos que não estiveram envolvidos que estamos do mesmo lado”.</i> (<b>José Múcio Monteiro</b>, ministro da Defesa, sobre a tentativa de golpe do 8 de janeiro)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p>

ministro 5 jose mucio

Frase do dia

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Chegou a hora de o Banco Central começar a baixar a taxa de juros ou ainda não? Respostas de 1.955 leitores:<br />
Chegou &#8211;<strong> 89,4%<br />
</strong>Ainda não &#8211; 10,6%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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<p>iStock</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad--quadrado-1"></div></div>
</p>

economia juros gráfico aumento

Que tal baixar os juros?

Veja o depoimento do general Augusto Heleno na CPMI do 8/1 

Que tal baixar os juros? | Metrópoles

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">O general <a href="https://www.metropoles.com/tag/augusto-heleno">Augusto Heleno</a> será um dos militares citados no relatório da <a href="https://www.metropoles.com/tag/cpmi-do-8-de-janeiro">CPMI do 8 de Janeiro</a>. O texto ainda não está pronto, há apenas trechos preliminares. Entretanto, depois do depoimento do ex-ministro de <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (PL) ao colegiado ontem (26/09), ficou evidente o descompromisso do Gabinete de Segurança Institucional, sob a batuta de Heleno, com a democracia. </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O blog apurou que a incompetência do general será o ponto de destaque de sua citação. Ao militar será imputada a responsabilidade pelo aumento de células criminosas em acampamentos em frente a quartéis do <a href="https://www.metropoles.com/tag/exercito">Exército</a> em todo o Brasil depois do segundo turno de 2022.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-heleno-nunca-participou-acampamentos">Na CPI, Heleno diz que nunca participou de acampamentos golpistas</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-do-8-1-general-heleno-mente-claramente-ao-depor-diz-eliziane">CPI do 8/1: general Heleno &#8220;mente claramente&#8221; ao depor, diz Eliziane</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/heleno-reage-a-relatora-aos-palavroes-p-pra-ficar-p-pqp">Heleno reage a relatora aos palavrões: &#8220;Porra. Pra ficar puto. PQP&#8221;</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/video-general-heleno-comete-transfobia-contra-duda-salabert-na-cpi">Vídeo: general Heleno comete transfobia contra Duda Salabert na CPI</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">À época, o GSI produziu relatórios sobre os acampamentos, mas não promoveu ações efetivas para diminuir a presença de golpistas e o aumento de circulação nestes locais. No acampamento de Brasília, por exemplo, bolsonaristas articularam explodir o aeroporto Juscelino Kubitschek na noite de Natal.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Ontem (26/09), durante a CPMI do 8 de Janeiro, Heleno disse que os acampamentos eram “manifestações políticas” e que não cabia ao GSI analisá-los, mesmo com os relatórios produzidos pelo ministério.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">“Nunca considerei o acampamento algo que interessasse à segurança institucional”, disse o ex-ministro de Bolsonaro. Heleno negou ter sido leniente com as células bolsonaristas e disse que nunca planejou golpe ou falou sobre “assuntos eleitorais” com integrantes do GSI.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
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Depoimento de general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, na CPMI do 8 de Janeiro - Metrópoles

Depoimento de general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional GSI do governo Bolsonaro, na CPMI do 8 de Janeiro 8

Incompetência de Heleno terá espaço no relatório da CPMI 

<p><span style="font-weight: 400;">Mesmo com o avanço do projeto da minirreforma eleitoral à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, senadores pressionam o presidente <a href="https://www.metropoles.com/tag/rodrigo-pacheco">Rodrigo Pacheco</a> (PSD) para que ele acelere a tramitação do projeto. A pressão se soma à de deputados federais do Centrão.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O texto <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-e-minirreforma-entenda-pontos-polemicos-das-propostas">flexibiliza diversos pontos do código eleitoral</a>, principalmente àqueles sobre prestação de contas e prazos de inelegibilidade. Para valer em 2024, tem que ser sancionado até 5 de outubro. Por isso a pressa.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/especialista-anticorrupcao-aponta-retrocessos-da-reforma-eleitoral">Especialista anticorrupção aponta retrocessos da reforma eleitoral</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/senado-minirreforma-eleitoral-2024">Senado vai alterar minirreforma eleitoral, que não deve valer em 2024</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/minirreforma-eleitoral-retrocessos-conamp">Minirreforma eleitoral representa &#8220;graves retrocessos&#8221;, diz Conamp</a>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-e-minirreforma-entenda-pontos-polemicos-das-propostas">PEC da Anistia e minirreforma: entenda pontos polêmicos das propostas</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">Quem pressiona pela aceleração pede que o texto não seja adensado ao Código Eleitoral, já que uma discussão da legislação levaria muito tempo. A ideia é que só as alterações sejam analisadas, o que facilitaria o debate.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Pacheco disse “não ter como” garantir que a minirreforma seja aprovada para as eleições do ano que vem. O relator do texto na CCJ, <a href="https://www.metropoles.com/tag/marcelo-castro">Marcelo Castro</a> (MDB-PI), tem o seu partido como um dos principais interessados na aprovação. O MDB quer voltar a eleger mais de 1.000 prefeitos em 2024.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">A preocupação também discorre à PEC da Anistia. Segundo aliados do presidente da Câmara, <a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira">Arthur Lira</a> (PP-AL), o alagoano ainda não desistiu de fazer com que a Proposta de Emenda à Constituição valha para 2024. O prazo é o mesmo, 5 de outubro, e o texto está na comissão especial. Ontem (26/09), a votação foi adiada.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
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rodrigo-pacheco

Demora por tramitação da reforma eleitoral também preocupa senadores

<p style="font-weight: 400;">Tem uma cena memorável no filme “Advogado do Diabo”, de 1997, estrelado por Al Pacino, que conta a história do diabo na pele de um bem-sucedido advogado de Nova Iorque.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Depois de possuir e de perder a alma de um talentoso colega do interior, atraído por ele para defender suas causas, o diabo a recupera no final e comenta com malícia:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“A vaidade é, definitivamente, meu pecado favorito!”</em></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">É o pecado da vaidade que explica as revelações feitas ontem por Lula sobre seu sofrimento com<a href="https://www.metropoles.com/brasil/veja-como-deve-ser-pos-cirurgico-de-lula-depois-de-operacao-no-quadril"> as dores nos quadris que o levarão a ser operado na próxima sexta-feira (29).</a></p>
<p style="font-weight: 400;"><a href="https://www.metropoles.com/brasil/lula-recebera-campos-neto-no-palacio-do-planalto-pela-primeira-vez">Lula</a> disse que não será visto de andador ou de muleta após a cirurgia:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“O [secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual, Ricardo] Stuckert não quer que eu ande de andador. Ele já falou &#8216;não vou filmar você de andador&#8217;. Então significa que vocês não vão me ver de andador, de muleta, vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado&#8221;.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Lula disse que não se operou logo após as eleições presidenciais para não acharem que ele estava &#8220;velho&#8221; e não transmitir uma imagem de fragilidade:</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;"><em>&#8220;A verdade é que estou com essa dor desde agosto do ano passado. Durante a campanha, naquela cena que me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas.</em></p>
<p style="font-weight: 400;"><em>Eu queria operar logo depois das eleições. Bem, eu disse, se eu operar agora, vocês vão dizer &#8216;o Lula está velho, ganhou as eleições e já está internado&#8217;.&#8221;</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">A explosão de sinceridade de Lula pode custar-lhe votos entre os que usam muletas e andadores. Isso não os enfeia nem envelhece.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso em evento no Planalto - Metrópoles

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante apresentação das estratégias para fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde CEIS no planalto 2

Lula e a vaidade, o pecado favorito do diabo

<p style="font-weight: 400;">No passado, generais que falavam muito eram quase sempre da reserva que, à falta do que fazer, jogavam dominó em praças públicas do Rio e vestiam terno completo para frequentar a sede do Clube Militar, onde discutiam a situação do país.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os generais calados eram da ativa, em comando de tropa. A esses, que de fato são os que decidem os rumos do Exército, junta-se agora um novo tipo de oficial: os Calados do B, da ativa, investigados por um golpe que falhou.</p>
<p style="font-weight: 400;">Cadê o general Freire Gomes, comandante do Exército até dezembro último? Oito oficiais-generais disseram ao repórter Cézar Feitosa que Freire Gomes relatou que Bolsonaro apelou às Forças Armadas por um golpe para impedir a posse de Lula.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">À Polícia Federal, em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid contou que Freire Gomes chegou a ameaçar prender Bolsonaro se ele insistisse com a proposta de golpe. Por que não o prendeu? Por que não o denunciou? Por que Freire Gomes está mudo?</p>
<p style="font-weight: 400;">Por que se calam o brigadeiro Baptista Júnior e o almirante Almir Garnier, à época comandantes da Aeronáutica e da Marinha, respectivamente? Dizem que o brigadeiro ouviu calado a proposta de Bolsonaro, e que a ela o almirante aderiu com entusiasmo.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os dois e Freire Gomes são cúmplices de um crime. Bolsonaro não se reuniu com eles uma dezena de vezes apenas para trocar ideias sobre um golpe hipotético. Reuniu-se para avaliar se as Forças Armadas estariam dispostas a apoiá-lo no caso de um golpe.</p>
<p style="font-weight: 400;">Era o que mais desejavam os generais falantes da reserva, alguns também da ativa, além de oficiais de patente inferior, contrários à volta da esquerda ao poder, e que em 2018 votaram em Bolsonaro e em 2022 se frustraram com a sua derrota.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;">Os generais calados barraram o golpe. Em julho de 2022, o general Paulo Sérgio de Oliveira, ministro da Defesa, ouviu do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que seu país não apoiaria um golpe no Brasil, mas sim o presidente eleito.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os encarregados de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Knoff, e do Reino Unido, Melanie Hopkins, participaram de reuniões secretas com generais para sondá-los sobre a posição das Forças Armadas se Lula vencesse Bolsonaro.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Quantas vezes de janeiro para cá você não ouviu militares e seus porta-vozes dizerem que “é preciso virar a página”? Por “virar a página&#8221;, entenda-se: pôr um ponto final na discussão e nas investigações sobre as tentativas fracassadas de golpe.</p>
<p style="font-weight: 400;">Sim, tentativas. Porque foi mais de uma: a que se daria entre novembro e dezembro para impedir a posse de Lula, e a amadora e atabalhoada de 8 de janeiro que resultou na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do prédio do Supremo Tribunal Federal.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Nas últimas 48 horas, em sucessivas declarações, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice de Bolsonaro, recomendou que se passe uma borracha no que aconteceu. Quem já foi pego que se defenda. Por que correr atrás de mais gente?</p>
<p style="font-weight: 400;">Mourão chamou de “revanchismo” do governo do PT a convocação para depor à CPI do Golpe do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“A CPI é para investigar o 8 de janeiro e essa turma aí já estava fora do governo, não teve nada a ver com esse processo. Então a minha visão é muito clara: isso é revanchismo. Não havia necessidade nenhuma (do depoimento de Heleno)”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Na opinião de Mourão, a convocação de generais como Heleno e Braga Netto tensiona o ambiente com as Forças Armadas, “principalmente com o pessoal da reserva que pressiona, obviamente, o pessoal da ativa.”</p>
<p style="font-weight: 400;">Quanto a Bolsonaro, que corre o risco de ser indiciado pela CPI, Mourão afirma:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“É vergonhoso indiciar o Bolsonaro, com base em quê? Tem que aparecer uma prova concreta de que o Bolsonaro financiou, exortou, planejou e preparou os acontecimentos de 8 de janeiro. Ele não fez isso”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro não é o foco das preocupações de Mourão, e sim seus colegas de farda. É com eles que também se preocupa o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que diz que as &#8220;Forças estão cientes do seu papel de parceiras do governo&#8221;.</p>
<p style="font-weight: 400;">Parceiras, como assim? Os militares são servidores públicos, pagos por nós, obrigados a trabalhar com qualquer governo e a respeitar a lei acima de tudo. Os que não respeitarem, tanto mais porque andam armados, devem ser punidos com extremo rigor.</p>


Bolsonaro e Heleno live

A página do golpe só será virada depois da punição dos culpados

<p><span style="font-weight: 400;">O presidente da Câmara, <a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira">Arthur Lira</a> (PP-AL), tende a trabalhar muito nos próximos dias para acelerar a PEC da Anistia na casa. <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-votacao-adiada">Ontem (26/09), a comissão especial adiou</a> para hoje (27) a votação da Proposta de Emenda à Constituição. Para valer nas eleições de 2024, a PEC tem que ser aprovada em dois turnos na Câmara, outros dois turnos no Senado e ainda ser sancionada por Lula (PT) até 5 de outubro.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A proposta impede punições a partidos políticos que descumpriram ou descumpram as <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-20-verba-negros">cotas mínimas de gênero e raça</a> nas eleições.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-votacao-adiada">PEC da Anistia: votação de relatório é adiada pela 3ª vez seguida</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">Lira quer que o pacote <a href="https://www.metropoles.com/brasil/pec-da-anistia-e-minirreforma-entenda-pontos-polemicos-das-propostas">PEC da Anistia mais minirreforma eleitoral</a> tenha validade no ano que vem, já que o seu partido, o Progressistas, seria um dos principais beneficiados. A sigla tem 685 prefeitos, ocupando o segundo lugar, e quer conquistar mais cidades. </span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Para isso acontecer, o esforço deverá ser intenso nos próximos dias. O caminho é complicado e tende a ser longo, mas o presidente da <a href="https://www.metropoles.com/tag/camara-dos-deputados">Câmara</a> não desistiu, segundo aliados.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;"> </span><span style="font-weight: 400;">A pressão se estenderá ao presidente do Senado, <a href="https://www.metropoles.com/tag/rodrigo-pacheco">Rodrigo Pacheco</a> (PSD-MG), que já avisou que não dará prioridade à PEC nem à minirreforma. </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
</p>

Arthur Lira (pp-al)

Lira ainda não desistiu da PEC da Anistia em 2024

Da Redação

<p>A marchinha de Francisco Mattoso lança o grito que nos últimos dias está na pele de todos: “Meu coração amanheceu / Pegando fogo, fogo, fogo!” Coração e braços e pernas estão assando com o caloraço de setembro. Nada da morena que passou perto: foram os recordes de temperatura que nos deixaram assim. <u></u> <u></u></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Nós aqui no Maranhão até que escapamos das temperaturas quarentenárias e não precisamos entrar em quarentena, mas no Sul Maravilha a coisa foi feia. Felizmente nós somos um povo que é antes de tudo um forte e não tivemos a mortandade que as canículas deste século têm feito no hemisfério norte, sobretudo entre os velhinhos como eu. Lá, quando a maré de caldo quente vem chegando, eles precisam começar as campanhas: “fique em casa”, “hidratação de hora em hora”, “feche bem a casa”. <u></u> <u></u></p>
<p>Feche a casa? Pois é. Na Europa eles descobriram que as casas, bem isoladas para manter-se aquecidas no inverno, funcionam no verão para não deixar entrar o calor. Aqui nessa nossa cidade de São Luís temos felizmente os ventos alísios passando pelas casas de pé direito alto e ventilação cruzada, solução equatorial que nos deixaram os construtores portugueses. <u></u> <u></u></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Mas de onde vem este fogo infernal? Hoje não há dúvida de que das mudanças climáticas provocadas pelo homem. Aqui no Brasil não temos, infelizmente, dado a contribuição que devíamos. Continuamos desmatando e tocando fogo, a passos largos, na Amazônia, no Cerrado, até na Mata Atlântica — na minúscula fração da Mata Atlântica que ainda está de pé. É claro que o centro do problema está na Floresta Amazônica, que é tão generosa e acolhedora para o homem e que ele teima em destruir. <u></u> <u></u></p>
<p>No começo do século passado ficou muito conhecido um livro — aliás o nome de um livro — de Alberto Rangel. Era um escritor empolado e difícil de ler, mas o nome colou e virou um apelido injusto. Aliás o conto que dá nome ao livro fala de um engenheiro que invectiva a floresta, que, na voz de Rangel, “poderia responder”: <u></u> <u></u></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>“Fui um Paraíso. Para a raça íncola nenhuma pátria melhor, mais farta e benfazeja. Por mim as tribos erravam no sublime desabafo dos instintos de conservação… Inferno verde do explorador moderno, vândalo inquieto… alma ansiada de paixão por dominar a terra virgem que barbaramente violenta. Eu resisto à violência dos estupradores…”<u></u> <u></u></p>
<p>O livro foi prefaciado pelo extraordinário Euclides da Cunha. E se a visão de Rangel é a oposta do “inferno verde”, a explicação de Euclides tem o toque do livro inacabado, “O Paraíso Perdido”. “Daí as surpresas. […] as mudanças extraordinárias e visíveis ressaltam no simples jogo das forças físicas mais comuns. É a terra moça, a terra infante, a terra em ser, a terra que ainda está crescendo…” Seu plano era falar do impacto, da dificuldade de apreender, compreender a floresta. “…o que se me abria às vistas desatadas naquele excesso de céus por cima de um excesso de águas[,] lembrava (ainda incompleta e escrevendo-se maravilhosamente) uma página inédita e contemporânea do Gênese.”<u></u> <u></u></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Mas a nossa visão contemporânea, para nós que podemos ver a floresta de avião ou mesmo do espaço, ainda é muitas vezes de incompreensão. Mesmo quando se vê as imagens com sensores que veem através do dossel das grandes árvores e se vê a devastação, há uma resistência em compreendermos a finitude que também a alcança. E aí se toca fogo. E nossa floresta está pegando fogo, causa e resultado das mudanças climáticas. <u></u> <u></u></p>
<p>A coisa é difícil. Assim vamos ficar na situação de outra marchinha, essa de Haroldo Lobo e Nassara: “Allah-la-ô ô ô ô ô / Mas que calor ô ô ô ô / Atravessamos o deserto de Saara / O sol estava quente / Queimou a nossa cara / Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô / Mas que calor, ô ô ô ô ô ô&#8230;”<u></u></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>José Sarney, ex-presidente </em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>


Homem faz exercício em período de calor em Brasília - Metrópoles

Seca e calor co alerta vermelho INMET em Brasília e outros 11 etados 2

Pegando fogo (por José Sarney)

<p>Ângela Diniz, Luísa Sonza, Rosa Weber. Setembro 2023 deu protagonismo às três mulheres &#8211; donas de histórias, idades e tempos muitos distintos. Coisas da vida.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Ângela, personagem dos anos 70, tida e havida como sedutora e traidora de carteirinha, morreu assassinada por Doca Street, parceiro de uma paixão louca, que virou do avesso a vida dos dois. Ângela tinha 32 anos. Morreu em 30 de dezembro de 1976, com quatro tiros. Três no rosto.</p>
<p>Nos cinemas, o filme Ângela conta a história da jovem mineira, linda, que ousou ter vida livre, no país machista e careta, manietado por uma ditadura.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>Em 2023, Luísa, 31 anos, é assunto nacional desde que se apaixonou por um rapaz de nome Chico Moedas, que, parece, jurava reciprocidade no amor alardeado. Na vibe amorosa, Luísa, cantora e compositora, fez pro amado a bela música Chico.</p>
<p>Na levada de bossa nova, a declaração de amor musicada virou sucesso. Hit do mês. Chico também.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>&#8230;</p>
<p>Chico, se tu me quiseres</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Sou dessas mulheres de se apaixonar</p>
<p>Pode fazer sua fumaça</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>O Bar da Cachaça vai ser nosso lar</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Pois Chico, se tu me quiseres</p>
<p>Debato política, tomo o teu partido</p>
<p>E se for pra repartir o amor</p>
<p>Que reparta comigo, comigo</p>
<p>&#8230;</p>
<p>Chico, parece, não deu conta de repartir amor só com Luísa. Fez sexo com outra, quase em praça pública – no banheiro de um bar-boteco no Rio de Janeiro. Deu ruim.</p>
<p>Luísa soube, sofreu e expôs sua dor. De novo, publicamente.</p>
<p>“A traição faz você se invalidar. Faz você se sentir idiota, burra, palhaça, trouxa. É uma dor impossível de explicar. É uma quebra da confiança no próximo, é o medo de acreditar nas pessoas, é um sonho destruído, é toda a sua entrega, todo o seu zelo, cuidado, amor, jogado fora. Intensa demais? Intenso demais é alguém que larga tudo o que prometeu, se propôs, construiu a dois por um momento no banheiro sujo de um bar”, escreveu Luísa em longa carta, lida no tradicional programa matutino de Ana Maria Braga.</p>
<p>Podendo ser livre no amor e na dor, Luísa mandou Chico catar coquinho,</p>
<p>“Hoje, eu quebro o ciclo pela minha mãe, por minhas tias e por todas as mulheres que eu vi a minha vida inteira sendo traídas e não tinham muitas vezes nem pra onde ir, acabando por ter que ficar com o traidor dentro de casa. Hoje eu me escolho mesmo que me doa. Mesmo que, por vez eu não queira, mesmo ainda te amando, hoje eu me protejo e não vou te proteger. &#8230; Hoje eu te dou um adeus por mim e por todas nós. E, antes de ir, eu quero te responder que escolher não estar mais com você não é viver o amargor ao invés do amor, como você me disse. Eu vou viver o amor. Só não vai ser com você”.</p>
<p>Sem tragédia. Luísa seguiu trend topic de setembro. Trocou a posse, que matou Ângela Diniz, por um fim bem explicadinho de um caso curto e rumoroso. De final repetidamente machista. Luísa, letra e música mereciam um Chico melhor.</p>
<p>Rosa Weber que, na próxima semana, aposentada, deixará a presidência e a cadeira de ministra do STF, não traiu as mulheres que ali representa.</p>
<p>Seu voto de despedida honrou as mulheres. Na sexta-feira, 22, votou para que o aborto, realizado até 12 semanas de gestação, não seja mais considerado crime no país. Voto histórico. Tomara seja seguido por seus pares, majoritariamente homens.</p>
<p>“A maternidade é escolha, não obrigação coercitiva. Impor a continuidade da gravidez, a despeito das particularidades que identificam a realidade experimentada pela gestante, representa forma de violência institucional contra a integridade física, psíquica e moral da mulher, colocando-a como instrumento a serviço das decisões do Estado e da sociedade, mas não suas.”</p>
<p>Rosa Weber foi sempre presença digna, discreta e respeitosa no Supremo Tribunal Federal. Deixa sua marca. E obriga que sua substituição seja (clarooo!) por outra mulher &#8211; de igual valor, coragem e responsabilidade. Há muitas no Brasi.</p>
<p>Nesta primavera de calor desumano, não pode um governo de esquerda, que deve sua eleição às mulheres, reduzir a presença de uma única brasileira nos bancos do STF.</p>
<p>Desde Ângela Diniz o Brasil mudou. Mudou mesmo?</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>PS.: Uma coisa chamada “legitima defesa da honra”, que livrava da cadeia assassino de mulheres &#8211; como o Doca Street que matou Ângela Diniz –, só neste ano foi extirpada da lei pelo STF. Não vale mais. Mas homens seguem matando mulheres “abusadas”. As que tentam recomeçar vida sem eles.</p>
<p>Recomendação: Os filmes nacionais Ângela e Elis e Tom, em cartaz, são ótimos. Valem muiiito a ida ao cinema.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Tânia Fusco é jornalista </em></p>


Brasília (DF), 22/09/2023. Lançamento da obra Ela Pede Vista: Estudos em Homenagem à Ministra Rosa Weber.Fotos: Matheus Veloso/Metrópoles

Ângela, Luísa e Rosa (por Tânia Fusco)

<p>Uma trégua na disputa entre a equipe econômica e o mercado financeiro, sobre o futuro das contas públicas, deu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a oportunidade de se dedicar a um passeio no futuro no campus da Universidade de São Paulo, no final de semana.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O ministro foi conhecer um dos projetos capazes de situar o Brasil na economia de baixo carbono que se desenha no mundo. Ele visitou o Centro de Pesquisa para a Inovação em Gases do Efeito Estufa, onde, em 2024, uma planta-piloto produzirá hidrogênio renovável a partir do etanol.</p>
<p>Por meio dessa iniciativa, que pode mudar o panorama do transporte pesado no país, caminhões e ônibus deixarão de lado os poluentes motores a óleo diesel e serão movidos pelo hidrogênio feito com etanol.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>O mesmo valerá para automóveis. O novo combustível colocará em funcionamento um modelo Mirai, da Toyota – uma das empresas patrocinadoras do centro, como Shell Brasil e Raízen.</p>
<p>“Eu vim conhecer o que me parece o projeto mais avançado na área de transformação ecológica do Brasil”, disse Haddad. “Assumo o compromisso de levar a proposta à consideração dos órgãos federais”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Na manhã de segunda-feira, em entrevista coletiva e já de volta aos embates do cotidiano, o ministro retomou durante evento em São Paulo a defesa de medidas necessárias ao combate à “erosão fiscal” herdada pelo atual governo.</p>
<p>Ao mesmo tempo se divulgava uma pesquisa de opinião segundo a qual 57% dos investidores julgam “a falta de uma política fiscal que funcione” como o principal problema da economia.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Esse cabo de guerra não tem data para acabar. Disseminou-se a impressão de que o Ministério da Fazenda enfrenta pressões dentro do próprio governo contra suas propostas de equilibrar receitas e despesas e alcançar, até o fim do governo, superávit primário nas contas públicas.</p>
<p>Enquanto os holofotes se dirigem a essa disputa sem fim, algumas iniciativas em gestação, tanto nos governos estaduais como no federal, começam a indicar que rumos o país poderá vir a adotar em uma mega competição global que ganhou ímpeto após a pandemia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>As duas maiores economias, Estados Unidos e China, movimentam bilhões de dólares e yuans em pesquisa e desenvolvimento de produtos capazes de se adaptar, ao mesmo tempo, à revolução digital em andamento e à transição ecológica.</p>
<p>Nesse momento, países em desenvolvimento, como Índia e Brasil, enfrentam o desafio de se manterem competitivos na nova economia que se desenha.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>A Índia, que acaba de sediar uma reunião bem-sucedida do G20 – dos países mais ricos do mundo – parece ter escolhido suas apostas. Tem uma grande iniciativa de digitalização, com benefícios sociais, e um programa científico capaz de fazer pousar uma nave no Polo Sul da Lua.</p>
<p>E o Brasil? Por tudo que foi feito nas últimas décadas o país, que presidirá o G20 a partir de dezembro, se consolida como um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Depois de se tornar líder nas exportações de soja, café, carne, frango e celulose, agora também toma a frente nas vendas de milho.</p>
<p>Como gostam de lembrar economistas do novo governo, porém, nenhum país do mundo se tornou plenamente desenvolvido sem uma indústria forte. E a indústria brasileira não para de perder participação no Produto Interno Bruto ao longo das últimas décadas.</p>
<p>O atual momento seria de neoindustrialização, como gosta de definir o vice-presidente e titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O termo ainda causa alergia a economistas temerosos de uma demasiada proteção à produção nacional.</p>
<p>Por isso, além de se dedicar à costura do futuro equilíbrio fiscal, para conquistar a confiança do mercado, a equipe econômica precisa ter o cuidado de um artesão para tecer as medidas necessárias a dotar o país de maior competitividade no novo cenário geopolítico global.</p>
<p>Aqui se enquadram, por exemplo, os investimentos para a criação, em São Paulo, da usina piloto para a fabricação de hidrogênio a partir do etanol – em cuja produção, a partir de cana, milho e celulose, o Brasil já dispõe de grande experiência.</p>
<p>Essa seria uma alternativa menos onerosa para a eletrificação e descarbonização da frota nacional, especialmente de veículos pesados. E uma forma de tornar o país menos dependente – econômica e politicamente – de países exportadores de óleo diesel, por exemplo.</p>
<p>O hidrogênio verde também pode vir a ser produzido a partir da energia solar, abundante no Nordeste, e da energia eólica – tanto na terra como no mar. Empresas como a Petrobras, com muita experiência na plataforma continental, poderão investir na energia dos ventos em alto mar.</p>
<p>Movimentos como esses permitiriam ao Brasil não apenas exportar hidrogênio verde para mercados ávidos por combustíveis sustentáveis, como o europeu. Mas também usar o hidrogênio para produzir e exportar produtos como aço de baixo carbono.</p>
<p>Obviamente o Brasil não dispõe dos mesmos meios de países como os Estados Unidos, nessa corrida por uma economia mais verde e digitalizada.</p>
<p>O Chip Act norte-americano, por exemplo, garante US$ 52 bilhões (ou R$ 258 bilhões) em subsídios à produção de semicondutores nos Estados Unidos. Em comparação, o brasileiro Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) dispõe de R$ 700 milhões ao ano.</p>
<p>O governo ainda vai decidir, após a análise de um grupo de estudos composto por representantes da Casa Civil e de cinco ministérios, o destino do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), de fabricação de chips, que o governo anterior havia colocado em liquidação.</p>
<p>O centro chegou a ter, em Porto Alegre, 170 engenheiros especializados e hoje dispõe de menos de 70. Ele não tem como competir com grandes empresas globais, mas poderia vir a suprir demandas típicas de um país em desenvolvimento, em áreas como saúde e programas sociais.</p>
<p>Existem ainda setores onde as fronteiras da ciência e da tecnologia tendem a se encontrar com os recursos de um grande país tropical, como o Brasil. É o caso da bioeconomia, cujos primeiros produtos – sob a forma de cosméticos e farmacêuticos – começam a chegar aos mercados internacionais.</p>
<p>Um amplo cardápio de opções de negócios inovadores estará disponível nos próximos anos a investidores brasileiros e estrangeiros. A batalha inicial será a de conquistar a confiança desses investidores. A inspiração, para empreender, ficará por conta das potencialidades do Brasil.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Marcos Magalhães. </strong><em>Jornalista especializado em temas globais, com mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Southampton (Inglaterra), apresentou na TV Senado o programa Cidadania Mundo. Iniciou a carreira em 1982, como repórter da revista Veja para a região amazônica. Em Brasília, a partir de 1985, trabalhou nas sucursais de Jornal do Brasil, IstoÉ, Gazeta Mercantil, Manchete e Estado de S. Paulo, antes de ingressar na Comunicação Social do Senado, onde permaneceu até o fim de 2018.</em></p>


Foto colorida de exemplos de energia limpa - Metrópoles

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Os futuros do Brasil (por Marcos Magalhães)

<p><span style="font-weight: 400;">O presidente do <a href="https://www.metropoles.com/tag/banco-central">Banco Central do Brasil</a>, Roberto Campos Neto, se reuniu pelo menos nove vezes com congressistas do Centrão nos últimos dois meses. As informações são da agenda pública do BC. Segundo deputados e senadores consultados pelo blog, <a href="https://www.metropoles.com/tag/roberto-campos-neto">Campos Neto</a> tem dado conselhos sobre a pauta econômica do Congresso e pitacos em projetos de lei, como o dos juros rotativo do cartão de crédito.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Segundo relatos, a ideia de estabelecer um limite para as taxas de <a href="https://www.metropoles.com/negocios/fim-do-rotativo-do-cartao-como-funciona-hoje-e-o-que-pode-mudar">juros no crédito rotativo</a> surgiu de Campos Neto. Tanto internamente no Banco Central quanto publicamente, o presidente tem defendido a eliminação dessa modalidade.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Os conselhos de Campos Neto, segundo os congressistas, são de tom professoral e de linguagem simples, “para fazer com que todos entendam”.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O recorte de dois meses é justamente por contemplar o segundo semestre do Legislativo, definido pelo presidente da Câmara, <a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira">Arthur Lira</a> (PP-AL), como o período para avançar com as pautas econômicas. O próprio Lira se encontrou com Campos Neto. A reunião aconteceu em 9 de agosto, a portas fechadas.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Há encontros com caciques do Centrão como Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Joaquim Passarinho (PL-PA) e Zequinha Marinho (Podemos-PA), em um almoço da Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE).</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A lista também inclui José Nelto (PP-GO), Júlio Lopes (PP-RJ), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Fernando Máximo (União Brasil-RO), Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Ricardo Silva (PSD-SP), Alex Manente (Cidadania-SP); Bia Kicis (PL-DF), Osmar Terra (MDB-RS), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), entre outros.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">É importante destacar que no mesmo período houve reuniões de Campos Neto com setores do governo, como o ministro da Fazenda, <a href="https://www.metropoles.com/tag/fernando-haddad">Fernando Haddad</a> (29/08), e a ministra da Gestão, Esther Dweck (16/08). O deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) foi o único congressista petista recebido no período, segundo a agenda oficial.</span></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p><span style="font-weight: 400;">Do lado do governo, a justificativa pela baixa presença na agenda de Campos Neto foi a que não há o que conversar com quem “sabota” a economia brasileira. Já do lado do Banco Central, a resposta é que o governo “não gosta” da direção atual do BC, isso motivaria o distanciamento.</span></p>
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal

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