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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

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Charge do Aroeira

<p style="font-weight: 400;">Você concorda com a criminalização de todos os tipos e quantidades de drogas, como o Senado acaba de aprovar? Respostas de 3.434 leitores:<br />
Não &#8211;<strong> 74,1%<br />
</strong>Sim &#8211; 25,9%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Preso atrás das grades na cadeia - Metrópoles

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Droga e cadeia

<p><em>“Nós&#8230; Nós&#8230; Não decidimos [se o que Israel atingiu em Damasco foi a embaixada do Irã]”</em>. (<b>Porta-voz do governo dos Estados Unidos).</b> O jornalista insiste: “Mas vocês foram rápidos em condenar a invasão da embaixada do México”. <b>Porta-voz</b>: “Mas essa era claramente uma embaixada”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-2"></div></div></p>

Ataque-Irã-Israel

Frase do dia

<p style="font-weight: 400;">E aí? Topa não usar elevador e tomar banho de água fria como pediu Bolsonaro diante do risco de um apagão de energia? Respostas de 2.127 leitores:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Topo &#8211; 14,2%<br />
Não topo &#8211;<strong> 85,8%</strong></p>
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falta de energia em amapá dificulta a rotina dos moradores do estado1

<p>Hugo Barreto/Metróples</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div>
</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-2"></div></div></p>

falta de iluminacao nas vias de amapa após falta de energia no estado

Ameaça de apagão em novembro: especialista prevê chuvas insuficientes mesmo com fim da seca

Risco de apagão: especialistas criticam falta de comunicação do governo

ONS: apagão no Rio e em Minas não tem relação com crise hídrica

Risco de apagão e alto custo da energia ameaçam retomada, reclamam empresários

Risco de apagão: consumo de energia supera patamar pré-pandemia

O que você topa fazer para diminuir o risco de apagão?

Cadáver no banco pode ter sofrido intoxicação/ Moro troca farpas com filho de Dirceu - Boletim Metrópoles

O que você topa fazer para diminuir o risco de apagão? | Metrópoles

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">O que o  mais importante jornal do mundo, o The New York Times, chama de “erro de cálculo”, pode ter sido uma ação bem pensada do governo de extrema-direita do primeiro-ministro Benjamin  Netanyahu para levar a uma escalada da guerra no Oriente Médio.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Os Estados Unidos, segundo o jornal, foram pegos de surpresa com o ataque aéreo israelense de 1º de abril ao complexo da embaixada do Irã em Damasco, capital da Síria, que matou pelo menos três generais iranianos de alto escalão e quatro oficiais dos serviços de inteligência.</p>
<p style="font-weight: 400;">Cinicamente, autoridades israelenses dizem que não consideraram o ataque um ato de provocação, e que por isso não avisaram o governo americano até pouco antes de acontecer. Quando o fizeram, já não havia mais tempo para nada. O ataque fora planejado há dois meses.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Assessores alertaram Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden; Jon Finer, vice-conselheiro de segurança nacional; e Brett McGurk que o ataque poderia ter consequências graves, e eles se reportaram a Biden.</p>
<p style="font-weight: 400;">Publicamente, depois do ataque que Israel até hoje não assumiu a autoria, autoridades americanas manifestaram apoio a Israel, mas, em privado, expressaram raiva pelo fato de o país tomar medidas tão agressivas contra o Irã sem consultar Washington.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Diz o The New York Times que o gabinete de guerra de Israel pensou que o Irã não reagiria da maneira forte como o fez. No último sábado, o Irã lançou uma barragem de mais de 300 drones e mísseis contra Israel, tomando todos os cuidados para não matar ninguém. E não matou.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os Estados Unidos souberam com antecedência da resposta do Irã e puderam assim reforçar a defesa de Israel, mas o estrago estava feito. O revide do Irã ao ataque de Israel deu margem para o revide de Israel ao Irã que já foi anunciado para acontecer em breve.</p>
<p style="font-weight: 400;">Só não aconteceu ainda porque o gabinete de guerra de Israel está dividido: uma parte defende um revide moderado; a outra, um revide que inclua o bombardeio das instalações nucleares do Irã. Observa Ali Vaez, diretor iraniano do Grupo de Crise Internacional:</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;"><em>“Estamos numa situação em que basicamente todos podem reivindicar vitória. O Irã pode dizer que se vingou, Israel pode dizer que derrotou o ataque iraniano e os Estados Unidos podem dizer que dissuadiram o Irã e defenderam Israel. Se entrarmos em outra rodada de retaliação, isso pode facilmente sair do controle, não apenas para o Irã e Israel, mas para o resto da região e o mundo”.</em></p>
<p style="font-weight: 400;">Diplomatas europeus viajaram a Israel na quarta-feira para fazer mais um apelo à moderação, mas o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, reconheceu que uma represália israelense parece inevitável:</p>
<p style="font-weight: 400;"><em>“É claro que os israelenses tomaram a decisão de agir. Esperamos apenas que eles façam isso de uma forma que contribua o mínimo possível para agravar a situação.”</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Israel conduz a Europa e os Estados Unidos pela coleira; os palestinos é que pagam a conta. O Haaretz, o mais influente jornal de Israel, informa que os Estados Unidos concordaram com o plano de Israel para atacar Rafah, cidade palestina no Sul da Faixa de Gaza.</p>
<p style="font-weight: 400;">Em troca, Israel promete uma resposta limitada contra o Irã.</p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>

Imagem colorida mostra Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles

Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

Israel arrasta os EUA pela coleira para uma guerra contra o Irã

Da Redação

<p>A presidente do Partido dos Trabalhadores Gleisi Hoffmann encantou-se com a China em sua visita oficial ao país de Xi Jinping. Ela viajou para participar de um seminário realizado em Pequim e do qual o PT participou com uma delegação de nada menos do que 28 integrantes. Gleise liderou o animado grupo, defendeu a “democracia chinesa” e a definiu de “efetiva”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Segundo a presidente dos petistas, “o ocidente tem de parar de dar lição de democracia”. Ou seja, quem tem de ensinar são os chineses.</p>
<p>Pródiga em elogios ao modelo chinês, arrematou: “O que eu vejo aqui, inclusive na organização do partido e da sociedade, é uma democracia e uma participação nos extratos mais baixos da sociedade aos mais altos no desenvolvimento do país. Quisera tivéssemos isso nos países em que o capitalismo é o coordenador da economia”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>As declarações de Gleisi têm sintonia com a onda antiliberal que varre o mundo. Nisso convergem a direita autoritária e a esquerda que não tem a democracia como valor universal.</p>
<p>A democracia ocidental está sob ataque duplo. Não é a primeira vez. Nos anos 30 do século passado, o fascismo e o stalinismo uniam forças na crítica à “disfuncionalidade” da democracia liberal, apontando o seu ocaso. A história não lhes deu razão, como não dará a Gleisi. Essas ondas se sucedem, mas, ao final, a democracia continua se impondo como um grande valor da humanidade.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>É fato inconteste que nos dias atuais a democracia tal qual o ocidente pratica &#8211; separação dos poderes, pluripartidarismo, alternância dos poderes, garantias das liberdades públicas e individuais – está sob cerco. Até mesmo nos Estados Unidos. Uma vitória de Donald Trump na disputa presidencial, pode provocar um retrocesso democrático tão ou mais grave quanto o retrocesso dos anos 30, como avalia Eduardo Viola, do Núcleo de Altos Estudos da USP.</p>
<p>Quando elogia a ditadura chinesa, a presidente do PT engrossa esse coro. Há uma linha de coerência em seus elogios ao modelo chinês e a política do governo Lula em relação a governos e regimes totalitários, de “direita” ou de “esquerda”.  A defesa da democracia deixou de ser um valor da política externa brasileira, substituída pela posição antiamericana e antiocidental de governos como o de Nicolás Maduro, Xi Jinping, Modi, Vladimir Putin ou da ditadura teocrática do Irã. A ideia da constituição do bloco Sul Global é permeada pela mesma concepção, assim como a ampliação do Brics e a vergonhosa nota do Itamaraty sobre o ataque iraniano a Israel.</p>
<p>O namoro com o bloco antiocidente parte de uma premissa revelada pela presidente do PT, em sua intervenção no seminário. Segundo ela, o mundo “vive uma crise sistêmica” e os Estados Unidos estão no epicentro dessa crise.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Em suas palavras surge, com todas as letras, a crise terminal do capitalismo para a qual a presidente do PT aponta duas alternativas: socialismo ou barbárie. Essa premonição não é nova, foi feita há um século por Rosa de Luxemburgo. Mas não foi confirmada pela história. O capitalismo, sobreviveu a todas as suas crises, bem como a democracia foi capaz de se renovar e se ampliar.</p>
<p>O Estado de Bem Estar Social gerado no pós segunda guerra mundial foi produto dessa evolução, na qual a economia de mercado, bem estar e democracia se complementaram.</p>
<p>Desde Lenin, a crise final do capitalismo foi anunciada diversas vezes, inclusive na grande depressão de 1929. Muitos enxergaram ali o colapso da economia liberal e de mercado.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>Mas o que se viu ao longo da história foi o fim do socialismo real no Leste Europeu e a adesão dos países deste bloco à economia de mercado e capitalista. Inclusive da Rússia, ex Pátria-mãe do socialismo.</p>
<p>Ao contrário do que pensa a presidente do Partido dos Trabalhadores, a China também se rendeu ao capitalismo, ainda que de Estado e associado ao capital privado. Na sociedade chinesa pós modernização implementada por Deng Xiaoping, emergiu uma burguesia e uma economia que combina livre concorrência com regulação.</p>
<p>Gleise e o PT convenientemente esquecem que as condições de trabalho na China não fazem inveja aos trabalhadores do Ocidente.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>No país de Xi Jinping, os sindicatos são meras correias de transmissão do Estado. Não há direito de greve, os salários são baixíssimos, a jornada de trabalho é extenuante, férias são limitadas e aposentadorias são restritas. Ou seja, há superexploração do trabalho. Quem diz isso é um companheiro de Gleisi, Marcus Sokol, membro da Executiva Nacional do PT, no seu livro “Viagem à China: um relato comentado”.</p>
<p>O contraste com a situação do trabalhador ocidental ficou muito evidente no premiado documentário “Indústria Americana”, produzido por Barack Obama, quando a empresa Fuyao comprou uma antiga indústria da GM, no Estado de Ohio. Os empresários chineses, novos proprietários da fábrica, ficaram chocados com o papel dos sindicatos americanos na defesa dos trabalhadores, bem como surpreenderam-se com benefícios e condições de trabalho na fábrica americana. Nada disso existia em uma unidade do mesmo grupo na China, e eles não queriam que os trabalhadores do polo chinês tomasse conhecimento dos benefícios trabalhistas existentes nos Estados Unidos.</p>
<p>Chamar o regime chinês de “democracia efetiva” é um eufemismo para esconder seu caráter ditatorial. Na China não há imprensa livre, liberdade de manifestação e de expressão, alternância do poder, eleições livres e secretas e direitos de minorias. Os uigures, povo asiático que habita a região de Xinjiang no noroeste da China, vivem confinados em campos de reeducação submetidos a atrocidades de todo o tipo: torturas, estupros sistemáticos de mulheres e submetidos a trabalho forçado. O déspota oriental dos tempos atuais não é um senhor de guerra ou um mandarim. É um sujeito coletivo, a ditadura do partido único.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>O Brasil não deveria tomar partido na disputa entre os Estados Unidos e a China mas sim manter boas relações, estratégicas e pragmáticas, com os dois países. Os chineses são importantes para nossa economia e fundamentais para nossas exportações por serem nosso principal parceiro comercial. Mas daí tecer elegias ao regime há uma enorme distância.</p>
<p>O pragmatismo responsável nas nossas relações externas não pode estar em conflito com a nossa vocação e a nossa cultura, indissoluvelmente vinculada ao mundo ocidental. Nelas, a defesa da democracia é um divisor de águas.  É com ela que nos identificamos.</p>
<p>_______________________________</p>
<p><em>Hubert Alquéres é presidente da Academia Paulista de Educação.</em></p>


Foto colorida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi - Metrópoles

Lula e o ministro da China

PT na onda antiocidental (Por Hubert Alquéres)

<p>O meu antigo chefe, Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, <a href="https://www.democrats.senate.gov/newsroom/press-releases/majority-leader-schumer-delivers-major-address-calling-on-the-israeli-government-to-hold-elections" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.democrats.senate.gov/newsroom/press-releases/majority-leader-schumer-delivers-major-address-calling-on-the-israeli-government-to-hold-elections&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw2SgvmgwkJWYJ3KOkpK_ea_">disse</a> corajosamente o que Joe Biden temia dizer: <em>“Os civis palestinos não merecem sofrer pelos pecados do Hamas e Israel tem a obrigação moral de fazer melhor. Os Estados Unidos têm a obrigação de fazer melhor.”</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>A violência em curso, observou Schumer, ameaça não apenas as vidas dos palestinos, mas também a segurança do povo judeu em todo o mundo, ao alienar aliados globais consternados com o derramamento de sangue. Se Benjamin Netanyahu se recusar a desistir, concluiu, os EUA devem começar a “moldar a política israelita utilizando a nossa influência” – o que obviamente inclui aspectos militares, diplomáticos e económicos.</p>
<p>O que levou Schumer a uma interferência tão sem precedentes na política interna de Israel foi a terrível devastação humanitária infligida a Gaza. Quer se acredite ou não que ocorreu genocídio, a taxa de mortalidade em Gaza igualou ou excedeu a de três outros casos recentes que os presidentes dos EUA chamaram de “genocídio”.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Os americanos podem rejeitar tal comparação alegando que Israel está a responder em legítima defesa ao terrorismo. Mas provavelmente não têm consciência de que, historicamente, a <a href="https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/17449050500147267" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/17449050500147267&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw0OOg8Uph6w2crUH90h4eJA">grande maioria dos genocídios</a> , ao contrário do Holocausto, foram igualmente respostas a ataques rebeldes ou terroristas – incluindo nos três casos mais recentes.</p>
<p>Em Darfur, em 2003, o rebelde Exército de Libertação do Sudão lançou ataques surpresa que <a href="https://www.bloomsbury.com/us/darfur-9781848136397/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.bloomsbury.com/us/darfur-9781848136397/&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw0hEwOCVTBHxhJsuoJv7t0K">mataram</a> centenas de soldados sudaneses e fizeram outros reféns. O Sudão respondeu visando aldeias não-árabes em Darfur, acusadas de apoiar e acolher os rebeldes. Do final de 2003 ao início de 2004, as forças governamentais e as milícias associadas <a href="https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61967-X" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61967-X&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw0DdcdsS9tmfVyROMVEJJdZ">mataram</a> até 10.000 civis por mês e deslocaram cerca de 2 milhões de civis, causando mais <a href="https://msf-crash.org/en/publications/war-and-humanitarianism/humanitarian-dilemmas-darfur" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://msf-crash.org/en/publications/war-and-humanitarianism/humanitarian-dilemmas-darfur&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw26wWQkPuyaagTXP1fG-L9e">mortes por privação</a> . Em setembro de 2004, a <a href="https://www.cnn.com/2004/WORLD/africa/09/09/sudan.powell/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.cnn.com/2004/WORLD/africa/09/09/sudan.powell/&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw1RxM5zyizsHe4dydJcj40P">administração de George W Bush</a> declarou a violência como <a href="https://www.congress.gov/bill/108th-congress/house-concurrent-resolution/467" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.congress.gov/bill/108th-congress/house-concurrent-resolution/467&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw30FHbM7sdccXdXg2kEJks3">“genocídio”</a> .</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>Na província de Rakhine, em Mianmar, em 2017, o Exército de Salvação Arakan Rohingya matou guardas de fronteira e lançou <a href="https://www.amnesty.org/en/latest/news/2018/05/myanmar-new-evidence-reveals-rohingya-armed-group-massacred-scores-in-rakhine-state/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.amnesty.org/en/latest/news/2018/05/myanmar-new-evidence-reveals-rohingya-armed-group-massacred-scores-in-rakhine-state/&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw23tp64jg5F6WWodpCQcUOc">ataques</a> terroristas que mataram mais de 100 civis e fizeram outros reféns. Mianmar respondeu atacando áreas muçulmanas suspeitas de apoiar os rebeldes. No final daquele ano, os ataques do governo <a href="https://www.nytimes.com/2017/12/14/world/asia/myanmar-rohingya-deaths.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.nytimes.com/2017/12/14/world/asia/myanmar-rohingya-deaths.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw2egs0ZPKty2q-ony1u9qh6">mataram</a> cerca de 7.000 civis durante o mês mais intenso do conflito e deslocaram mais de 1 milhão. Em 2022, a administração Biden declarou formalmente Mianmar culpado de <a href="https://www.reuters.com/world/asia-pacific/exclusive-biden-administration-rules-myanmar-army-committed-genocide-against-2022-03-20" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.reuters.com/world/asia-pacific/exclusive-biden-administration-rules-myanmar-army-committed-genocide-against-2022-03-20&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw3qEViSHQOGZ3pBnPtfk7gx">“genocídio”</a> .</p>
<p>A China, desde a década passada, reagiu a <a href="https://doi.org/10.1080/09546553.2016.1182911" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://doi.org/10.1080/09546553.2016.1182911&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw39Rb__zCj-F4AAkSinSeRu">anos de ataques terroristas</a> em Xinjiang, <a href="https://www.bbc.com/news/world-asia-china-45147972" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.bbc.com/news/world-asia-china-45147972&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw1Rct1kFaQ0-RQmw9H4jZ5M">detendo</a> em campos de reeducação pelo menos 1 milhão de civis – principalmente uigures de etnia muçulmana – e interferindo na sua reprodução. Mesmo na ausência de massacres governamentais, a administração Donald Trump declarou em janeiro de 2021 que as ações da China constituíam <a href="https://www.wsj.com/articles/u-s-declares-chinas-treatment-of-uighur-muslims-to-be-genocide-11611081555" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.wsj.com/articles/u-s-declares-chinas-treatment-of-uighur-muslims-to-be-genocide-11611081555&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw3hAr1jGg0r6dTH2kQgTaRX">“genocídio”</a>.</p>
<p>Nos três casos, os governos estrangeiros alegaram estar a responder em legítima defesa aos ataques terroristas perpetrados pelos rebeldes, que por sua vez afirmaram que os seus ataques foram motivados por opressão anterior. O governo dos Estados Unidos, em cada caso, declarou a resposta ao terrorismo um genocídio porque prejudicou desproporcionalmente os civis.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Este padrão repete-se agora no Oriente Médio. Em 7 de outubro de 2023, o Hamas atacou Israel a partir de Gaza, <a href="https://www.barrons.com/news/new-tally-puts-october-7-attack-dead-in-israel-at-1-163-78182279" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.barrons.com/news/new-tally-puts-october-7-attack-dead-in-israel-at-1-163-78182279&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw2z9lm3pfPjnIvKxph4czbt">matando</a> mais de 1.100 soldados e civis e fazendo mais de 200 reféns, o que justificou como uma resposta a décadas de expulsão, ocupação e opressão. Israel retaliou atacando Gaza de forma tão indiscriminada que quase 20 mil palestinianos, principalmente civis, foram <a href="https://apnews.com/article/israel-hamas-war-news-12-22-2023-7453c6f92d74eb1e12e506489031b91b" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://apnews.com/article/israel-hamas-war-news-12-22-2023-7453c6f92d74eb1e12e506489031b91b&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw3OlPvT7gNq6r_Nh_Ya3diF">mortos</a> só durante os primeiros dois meses. Em janeiro, um responsável dos Esatados Unidos <a href="https://www.washingtonpost.com/national-security/2024/01/31/samantha-power-usaid-confronted-gaza/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.washingtonpost.com/national-security/2024/01/31/samantha-power-usaid-confronted-gaza/&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw1J2KRf8gD67i64lPSLk0C_">confirmou</a> que “mais de 25 mil civis foram mortos”. Autoridades de Gaza dizem agora que o <a href="https://www.theguardian.com/world/2024/apr/07/all-we-think-about-is-how-to-stay-alive-the-horror-of-daily-life-for-those-trapped-in-gaza" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/2024/apr/07/all-we-think-about-is-how-to-stay-alive-the-horror-of-daily-life-for-those-trapped-in-gaza&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw13mnjLj3ytNM5DeZcGyyKo">número de vítimas</a> ultrapassa 33 mil pessoas. O próprio Netanyahu <a href="https://www.nytimes.com/2024/03/20/us/politics/netanyahu-schumer-israel.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.nytimes.com/2024/03/20/us/politics/netanyahu-schumer-israel.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw19AmgxMURHJjzx-aMBd8oE">admitiu</a> 28 mil mortes.</p>
<p>Pergunte-se: se um combatente do Hamas estivesse escondido sob um bloco de apartamentos de judeus em Israel, as Forças de Defesa de Israel destruiriam todo o edifício para matá-lo?</p>
<p>A taxa de mortalidade de civis em Gaza por Israel é aproximadamente equivalente à de Darfur, e mais elevada do que nos outros dois casos recentes, todos os quais o nosso governo rotulou de “genocídio”. Os ataques de Israel também deslocaram a grande maioria dos mais de 2 milhões de civis de Gaza, uma inundação humana semelhante ou superior à dos outros casos. As restrições de Israel à ajuda humanitária infligiram o <a href="https://www.washingtonpost.com/world/2024/03/18/gaza-famine-report-ipc/" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.washingtonpost.com/world/2024/03/18/gaza-famine-report-ipc/&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw1EgD2oYD_KG-1bHSGJCMdd">maior risco de fome</a> em qualquer parte do mundo em décadas, segundo a ONU.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p>A violência de Israel é claramente excessiva relativamente aos seus objetivos compreensíveis de punir e debilitar um grupo terrorista, como pode ser ilustrado por comparação. Em 2017, os EUA atacaram e derrotaram o Estado Islâmico no Iraque e na Síria – que detinha muito mais território, incluindo cidades densamente povoadas – mas a taxa de assassinatos de civis nos EUA foi inferior a um décimo, <a href="https://www.washingtonpost.com/world/national-security/civilian-deaths-tripled-in-us-led-campaign-during-2017-watchdog-alleges/2018/01/18/ccfae298-fc6d-11e7-a46b-a3614530bd87_story.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.washingtonpost.com/world/national-security/civilian-deaths-tripled-in-us-led-campaign-during-2017-watchdog-alleges/2018/01/18/ccfae298-fc6d-11e7-a46b-a3614530bd87_story.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw0V7R9X35wm6da_2S5EVpHv">500 por mês,</a> no máximo.</p>
<p>Porque é que Israel tem <a href="https://www.nytimes.com/interactive/2023/12/28/world/middleeast/jabaliya-gaza-strike-israel.html" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.nytimes.com/interactive/2023/12/28/world/middleeast/jabaliya-gaza-strike-israel.html&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw2Ku0u241yWnSzyLWTdA0Oo">como alvo</a> blocos de apartamentos e bairros inteiros quando procura apenas um ou um punhado de membros do Hamas? Tal como no Sudão, em Mianmar ou na China, a resposta não é apenas a dissuasão, mas também a desumanização. Pergunte-se: se um combatente do Hamas estivesse escondido sob um bloco de apartamentos de judeus em Israel, as Forças de Defesa de Israel destruiriam todo o edifício para matá-lo? Claro que não, mas fê-lo em Gaza porque as vidas palestinas estão desvalorizadas.</p>
<p>Não me dá nenhum prazer fazer essas observações. Eu sou judeu. Meus pais fizeram Aliyah para Israel, onde meu irmão nasceu e onde ainda tenho dezenas de parentes. Não sou antissemita nem me oponho à existência de Israel. Mas fatos são fatos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Ironicamente, muitos dos que agora defendem a retaliação de Israel em <a href="https://www.theguardian.com/world/gaza" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/world/gaza&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw0lvSy4JfPb1zkMGFkA3Fnv">Gaza</a> eram anteriormente opositores veementes de respostas semelhantes ao terrorismo por parte do Sudão, Mianmar e China – a que chamavam genocídio. Espero que eles pensem sobre isso.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em><strong>Alan J Kuperman</strong> é professor da Universidade do Texas, em Austin, onde sua pesquisa se concentra nas causas e na prevenção do genocídio. Na década de 1990, atuou como diretor legislativo do então deputado Charles Schumer</em></p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>&nbsp;</p>
<p>(Transcrito do The Guardian) <a href="https://www.theguardian.com/international" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.theguardian.com/international&amp;source=gmail&amp;ust=1713417428536000&amp;usg=AOvVaw05-DIf9u4bcH72_1PZwF-u">https://www.theguardian.com/international</a>)</p>


Ajuda humanitária para palestinos cai próxima a litoral na Faixa de Gaza

Se a morte de palestinos não é genocídio, o que é? (Alan J Kuperman)

<p>Venezuela (119º), Nigéria (161º), Angola (150º), indonésia (112º), Iran (78º), Cazaquistão (67º), Iraque (128º), Brasil (89º) e México (77º) são países que extraem e exportam petróleo há anos, e suas populações continuam, na maioria, paupérrimas. Números entre parênteses indicam suas posições, entre 190 nações, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida preferível ao PIB para indicar a qualidade de vida da população. Na “riquíssima”, esbanjadora, autocrática e misógina Arábia Saudita, o IDH é elevado, mas 33% vivem com menos de US$5,00/dia, enquanto na Costa Rica, carente de petróleo, fica na 62ª posição no IDH, é de 20% a proporção nessa condição.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Sem os antolhos que os lobbies petrolíferos colocam em nós, bastam os dados acima para ver que a riqueza decorrente da exploração do “ouro negro” é um mito; ele enriquece, e muito, uma pequena minoria, cuja dinheiro lhes permite definir políticas públicas. Dada essa força, usam a mentirosa promessa de melhorar a condição humana para forçar a continuidade da sua exploração, negando a consequente degradação!</p>
<p>Enquanto isso, continuam cada vez mais graves a destruição ambiental e humana decorrentes da queima de combustíveis fósseis e da busca por mais e mais PIB: recordes de calor quebrados sucessivamente; custos crescentes dos eventos extremos; metade hoje, mais amanhã, da população mundial com falta d’água; a insuspeita OCDE estima que, sem radical mudança de rumo, em duas décadas a temperatura média do planeta terá subido entre 3ºC e 6ºC; a poluição do ar compromete até o cérebro da maioria das crianças em todo o planeta, e as empresas de petróleo seguem ganhando subsídios da ordem de US$10 milhões/hora, globalmente, de acordo com o FMI.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Com todos esses e muitos outros sinais, como seguir explorando combustíveis fósseis e perseguindo aumentar o PIB? Argumentar que queimar mais petróleo vai tornar a vida melhor é fechar os olhos às evidências e à ciência e, ainda, acelerar a hecatombe.</p>
<p>Nas últimas seis ou sete décadas as novas tecnologias e as políticas públicas que buscam o crescimento do PIB aceleraram a degradação ambiental, multiplicaram a renda dos milionários e pouco ou nada melhoraram a vida de mais dos mais de 70% de humanos, que continuam “pobres”. Nesse quadro, e com essas tendências, não se pode esperar “progresso” &#8211; no sentido de vidas “melhores” para a maioria – senão alterando objetivos e políticas.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p>O Brasil, com energia mais limpa que a média e grandes reservas ambientais, deveria e poderia se engajar de maneira mais efetiva na construção do novo e cada vez mais necessário mundo. Mais que “enriquecer”, no sentido de aumentar o PIB, consumir mais e gerar mais lixo, há que promover outros objetivos: renda mínima para todos, maior igualdade, prevenir doenças, melhor alimentação, mais tempo livre e oportunidades de interação social, ambientes urbanos mais confortáveis, para citar uns poucos.</p>
<p>Outro, essencial, é aprofundar cada vez mais a democracia, com crescente participação popular na definição dos usos dos recursos disponíveis.</p>
<p>&nbsp;</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p><em>Eduardo Fernandez Silva. Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados</em></p>


Imagem colorida de poço de petróleo na Faja Petrolífera do Orinoco, área com mais petróleo do mundo - Metrópoles

poço petróleo (1)

O mito da riqueza do petróleo (por Eduardo Fernandez Silva)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">Com a aprovação por parte do Senado Federal da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que proíbe o porte e a posse de qualquer droga, o texto segue para a Câmara dos Deputados, que também deve aprová-lo. Isso se ele for de fato à votação em 2024.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A tramitação dependerá do presidente da casa, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira"><span style="font-weight: 400;">Arthur Lira</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PP-AL), que deve segurar a proposta até o fim do seu mandato na presidência da Câmara. A ideia de Lira é somente colocar à votação depois que o </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/stf"><span style="font-weight: 400;">Supremo Tribunal Federal</span></a><span style="font-weight: 400;"> de fato decidir sobre o tema.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Lira tem uma dívida em aberto com o STF, sobretudo com o ministro </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/gilmar-mendes"><span style="font-weight: 400;">Gilmar Mendes</span></a><span style="font-weight: 400;"> (relator da descriminalização da maconha na Corte). O decano livrou Lira das investigações sobre o escândalo dos kits robótica, em Alagoas.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">No STF, o caso que analisa a descriminalização do porte de maconha para consumo próprio está suspenso desde março, quando o ministro </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/dias-toffoli"><span style="font-weight: 400;">Dias Toffoli</span></a><span style="font-weight: 400;"> pediu mais tempo para análise. O pedido de vista é limitado em até 90 dias, mas cabe a </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/luis-roberto-barroso"><span style="font-weight: 400;">Luis Roberto Barroso</span></a><span style="font-weight: 400;">, presidente da Corte, marcar nova data para o julgamento.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Barroso, no entanto, já avisou a interlocutores que </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/apesar-de-defender-o-aborto-barroso-deixa-julgamento-empoeirar-no-stf"><span style="font-weight: 400;">não deve colocar temas de costume à votação neste ano para não “contaminar” o debate público</span></a><span style="font-weight: 400;"> em pleno ano de eleição municipal.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O placar está cinco a três para descriminalizar a maconha no STF. Votaram para liberar os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber —Flávio Dino não vota.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Votaram para manter a criminalização: Cristiano Zanin, André Mendonça e Nunes Marques. Ainda faltam os votos de Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia. </span></p>
<div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-3"></div></div></p>

Arthur Lira

Como Lira se posicionará em relação à PEC antidrogas?

<p style="font-weight: 400;"><strong>13:40</strong><br />
Em que lugar vive a governadora Rosinha? Em entrevista, hoje, ao Globo, ela diz que o Rio está mais seguro do que estava antes. Que Rio?</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Um governante não pode dizer certas coisas. Um ministro da Fazenda, por exemplo, não pode dizer que se prepara para desvalorizar a moeda. Ou que o país não crescerá tanto quanto ele pensava que cresceria.</p>
<p style="font-weight: 400;">Porque se ele anunciar previamente a desvalorização da moeda será um deus-nos-acuda. E se disser que o crescimento será menor, o crescimento acaba sendo muito menor.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Mas a governadora reconhecer que a insegurança tem aumentado no Rio, não tornará a insegurança maior.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os poderosos viram artistas quando chegam ao poder.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
</p>

Imagem colorida do Cristo Redentor no Rio de Janeiro - Metrópoles

Moradores de Santa Marta, na Zona Sul do Rio de Janeiro, protestaram contra a falta de água na comunidade 1

HÁ 20 ANOS – O Rio de Janeiro continua lindo, e violento

<p><span style="font-weight: 400;">Desde que o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) absolveu o senador </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/sergio-moro"><span style="font-weight: 400;">Sergio Moro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (União Brasil-PR) no caso de possível abuso de poder econômico nas eleições de 2022, o presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/lula"><span style="font-weight: 400;">Lula</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT) demonstrava certa hesitação ao abordar o episódio.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Está decidido que o PT, assim como o PL de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;">, vai recorrer da decisão da Corte, mas o presidente Lula chegou a instruir membros da sigla no Paraná a “deixar Moro para lá”.</span></p>
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    </ul>
  </div>
<p><span style="font-weight: 400;">O receio de Lula é que, com a cassação determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Estado possa eleger um senador mais alinhado à direita e ao bolsonarismo. E as chances disso acontecer são grandes.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Isso porque o favorito para vencer uma eventual eleição suplementar no Paraná é o ex-deputado Paulo Martins (PL), que ficou em segundo lugar em 2022. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, já assegurou que ele será o candidato, mesmo com Michelle Bolsonaro emergindo como uma forte concorrente.</span></p>
<p><span style="font-weight: 400;">Na perspectiva do governo, o mandato de Moro é considerado discreto e sem grandes contratempos para Lula. Portanto, seria mais vantajoso manter Moro como senador do que colocar um bolsonarista performático em seu lugar.</span></p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Apesar disso, o PT irá recorrer e lançará na disputa no Paraná um dos deputados, Gleisi Hoffmann ou Zeca Dirceu. Os dois provavelmente passarão por uma espécie de “prévia” caso Moro seja de fato cassado pelo TSE.</span></p>


Lula maconha cocaína Imagem colorida do presidente Lula gesticulando - Metrópoles

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Lula hesita e teme que Paraná eleja senador mais bolsonarista que Moro

<p style="font-weight: 400;">A juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro na Lava-Jato e condenou Lula, foi punida pelo Conselho Nacional de Justiça, acusada de violar o código de ética e promover &#8220;cash back&#8221; com dinheiro público em mais de R$ 5 bilhões. E Moro? Respostas de 1.101 leitores:<br />
Perderá o mandato &#8211; <strong>73,8%<br />
</strong>Não perderá o mandato &#8211; 26,2%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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foto-senador-sergio-moro

O futuro de Sergio Moro

<p style="font-weight: 400;">Espelho dele, espelho dele: haverá presidente da Câmara mais absolutista e voltado para o próprio umbigo do que Arthur Lira (PP-AL)? Talvez Eduardo Cunha, cassado e preso por corrupção à época da Lava Jato, e do qual Lira foi o melhor aluno.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Lira está a nove meses e poucos dias do fim do seu segundo mandato como presidente da Câmara. Quer porque quer eleger um sucessor que obedeça às suas ordens e lhe assegure uma posição de destaque na próxima legislatura. Receia perder importância.</p>
<p style="font-weight: 400;">Há uma maldição que se confirma a cada dois ou quatro anos: ex-presidente da Câmara perde a reverência dos seus pares e passa a ser apenas um dos 513 deputados. Está nos planos de Lira se eleger senador em 2026, mas terá pela frente o clã dos Calheiros.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Renan (MDB), o patriarca, é senador há quatro mandatos consecutivos, e certamente deverá se reeleger. Alagoas é governado por um afilhado de Renan. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), também é senador. Parada indigesta para Lira.</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas não impossível de ser vencida por ele. Vai depender do seu adversário apoiado pelos Calheiros. Por enquanto, Lira tem outro adversário para combater: Lula e o seu governo. Não foi Lula que escolheu Lira para adversário, foi Lira que o escolheu.</p><div class="m-banner-video m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div class="MTP_VIDEO" id="publicidade-video"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Lira tenta mandar no governo, mas Lula não permite. Então, Lira briga com ele, uma vez que brigar com o Supremo Tribunal Federal, o outro dos Poderes da República, seria arriscado. Lira está sempre em débito com a Justiça, mas julga-se credor de Lula.</p>
<p style="font-weight: 400;">Ganhou a presidência da Caixa Econômica para chamar de sua, além de algumas diretorias; ganhou outros cargos no segundo e terceiro escalões do governo, mas acha pouco. Lira queria a coroa do governo, o Ministério da Saúde, onde há muito dinheiro.</p>
<p style="font-weight: 400;">Mas Lula acha que Lira cobra muito caro por uma adesão ao governo que não seria completa nem confiável. Mudará de opinião mais adiante? A ver. A não ser que doravante Lira e o Centrão que ele comanda o deixassem governar em paz. A luta continua.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Cunha inviabilizou o governo da presidente Dilma Rousseff pondo em votação na Câmara as chamadas “pautas-bomba” – projetos de lei que contrariavam os interesses do governo. Por fim, abriu o processo de impeachment que acabou por derrubar Dilma.</p>
<p style="font-weight: 400;">Na semana passada, açulado por Cunha, que não tem mandato, mas continua influente na Câmara, Lira deixou correr solta a votação que por pouco não tirou da cadeia o deputado Chiquinho Brazão (ex-União Brasil), suspeito de ter mandado matar Marielle Franco.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não fosse o empenho de última hora do governo e de ministros do Supremo, Brazão estaria solto. Lira descontou em Alexandre Padilha (PT-SP), ministro das Relações Institucionais, socorrido por Lula no dia seguinte. E, furioso, prometeu retaliar.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="denakop-ad-square-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Zangou-se ainda mais quando soube que o governo demitiu um primo dele que era superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas. Junto à bancada bolsonarista na Câmara, prepara uma dura resposta ao governo.</p>
<p style="font-weight: 400;">A primeira ideia de Lira é abrir Comissões Parlamentares de Inquérito com um duplo propósito: acuar o governo com denúncias e investigações e atrasar a votação de projetos prioritários. Outra linha de ação: pautar projetos que afetem a agenda do governo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Lira tem força para isso e não renuncia a usá-la. É o administrador de parte do Orçamento Secreto da União e, por isso, conduz seus colegas pela coleira. Em ano eleitoral, o Congresso se esvazia nos últimos meses. Mas foi Lira o inventor da votação a distância.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Um deputado não precisa mais estar presente na Câmara para que seu voto seja computado. Vota de longe, ou dá sua senha a um assessor para que vote por ele.</p>


imagem colorida de Lula e Lira na PGR - Metrópoles

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