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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por <strong>Ricardo Noblat</strong> e equipe

Blog do Noblat

@amarildocharges

Charge do Amarildo

<p style="font-weight: 400;">O que é melhor para Flávio Dino? Respostas de 6.598 leitores:<br />
Ser ministro da Justiça &#8211; 42,9%<br />
Virar ministro do STF &#8211;<strong> 57,1%</strong></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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interrogação

O futuro de Flávio Dino

<p><i>“Definitivamente essa não é a posição da Marinha. O interesse da Força é que tudo seja esclarecido logo e que se procure individualizar as condutas e se retire esse manto de suspeição da Força”.</i> (<b>Marcos Sampaio Olsen</b>, comandante da Marinha, sobre seu antecessor, um golpista)</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-frases-do-dia-quadrado-1"></div></div>
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Novo comandante da Marinha, Marcos Olsen -- Metrópoles

marcos olsen

Frase do dia

Da Redação

<p style="font-weight: 400;">Lua governa bem ou mal até aqui? Respostas de 4.592 leitores:<br />
Governa bem &#8211; <strong>76,9%<br />
</strong>Governa mal &#8211; 23,1%</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-enquetes-quadrado-1"></div></div>
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Lula vai bem ou mal?

Com voto de Fux, STF faz maioria contra Marco Temporal indígena. Siga

Lula vai bem ou mal? | Metrópoles

Guga Noblat

<p style="font-weight: 400;">Lula foi um estrategista na ONU, em discurso emocional e racional. Abordou os pontos fundamentais do que hoje ocorre no mundo, o da desigualdade crescente e da falência ou pouco representatividade das instituições internacionais e das bases do comercio mundial, economicamente favorável aos países mais ricos. Mas, internamente, o Brasil tem que crescer, na dicotomia entre desenvolver e preservar, para nos livrar do fantasma e da realidade incidente do <em>fascismo</em>. Foi um discurso, do que vimos, que impressionou os Presidentes e delegados presentes, a Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, como a todos nós.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Como máxima, o país tem que crescer. É paradoxal, mas em sociedades desiguais como a nossa, na atual tendencia mundial do aumento da desigualdade, o PIB tem que crescer significativamente para conseguir remunerar os mais pobres, atingindo de forma direta o meio ambiente pelas consequências do seu crescimento. Este é o dilema, quase insolúvel, mas real.</p>
<p style="font-weight: 400;">As políticas econômicas do governo têm sido meritórias, mas todas setoriais e de médio alcance como o Arcabouço Fiscal e a Reforma Tributária, como outras, A equipe da Fazenda projeta hoje o crescimento de 3,2% para este ano, que em conjunto com a deflação do dólar de R$ 5,22 em dezembro do ano passado para R$ 4,88 nesta quarta-feira 20 de setembro, pode levar o PIB de US$ 1,9 trilhões no final do governo Bolsonaro para US$ 2,1 trilhões no final deste ano. Muito melhor do que o governo Bolsonaro, sem dúvidas, que cresceu 0% de 2018 a 2022 em dólares correntes, conforme dados do Banco Mundial. Trata-se de um aumento significativo neste ano de 2023, mas ainda em ritmo insuficiente para gerar benefícios para a população que levem à estabilidade política e eleitoral para o governo Lula nas eleições de 2026. As eleições hoje, no Brasil e no mundo, dependem fundamentalmente de expressivo aumento do PIB.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O Brasil precisa de projeto econômico que case nova demanda e oferta, além das medidas atuais de médio alcance, como foi nos governos Lula 1 e 2, com subsídios às empresas então em ociosidade e introdução de programas sociais com a aplicação de 0,5% do PIB. Há problemas na política econômica atual como projeto de desenvolvimento. Investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia da informação, públicos e privados, seriam bem-vindos para o país.</p>
<p style="font-weight: 400;">
<p style="font-weight: 400;"><em>Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus</em></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
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Lula chega à ONU

Lula na ONU (por Ricardo Guedes)

<p>Assumindo na ONU o papel de “porta-voz” do chamado Sul Global, o presidente Lula acabou dando um norte para o debate do Clima.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>O norte é o foco na desigualdade como objetivo síntese da Agenda das mudanças climáticas. Sem o combate às desigualdades, não haverá combate eficaz aos efeitos negativos das mudanças climáticas.</p>
<p>Nesta direção, é preciso perseguir dois objetivos ao mesmo tempo: desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Conciliar os dois objetivos.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>A Agenda precisa ser inclusiva e considerar não apenas a realidade dos países desenvolvidos. Significa enfrentar desigualdades históricas. E atribuir responsabilidades diferenciadas. Não se pode, por exemplo, impedir países em desenvolvimento de desenvolver suas reservas de gás natural. Tony Blair diz que “é uma loucura estar numa situação em que tentamos impedir”.  Na África, diz ele, a alternativa seria queimar lenha.</p>
<p>Nesta toada, Lula alia-se aos posicionamentos de lideranças globais comoTony Blair. E como o Consenso de Copenhague, uma coalizão internacional de políticos, empresários, intelectuais e ativistas culturais que se unem em torno da Aliança para a Cidadania Responsável (ARC – Alliance for Responsible Citzenship).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Tony Blair esteve no Brasil há poucos dias e conclamou o mundo a combater a polarização do debate (desenvolvimento “versus” meio ambiente). É cirúrgico: “Vamos ter de achar uma maneira para permitir aos países se desenvolverem de forma sustentável”.</p>
<p>Na mesma direção, o Consenso de Copenhague advoga a definição e a escolha de prioridades, sem “tratamento alarmista”. Assim, o Consenso sugere que “precisamos ter uma discussão honesta sobre custos e benefícios para encontrar as melhores soluções”. Começando por medidas para “ajudar de forma mais eficiente a metade mais pobre do mundo”.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Daí vem uma sugestão de ordem de prioridades, identificando na partida as metas ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) mais eficazes. E chega à definição de 11 políticas/metas consideradas mais plausíveis: eliminar a tuberculose; reduzir a fome; fomentar o aprendizado nas escolas; salvar a vida de mães e recém-nascidos; combater a malária; tornar as compras governamentais mais eficientes; melhorar a nutrição; aumentar a segurança fundiária; turbinar os efeitos das relações comerciais; avançar com a migração qualificada; e aumentar as taxas de vacinação infantil.</p>
<p>Feitas as contas pelo Consenso, estas 11 políticas factíveis poderiam “salvar mais de 4 milhões de vidas por ano e gerar benefícios econômicos de mais de US$ 1 trilhão a partir de custos de US$ 35 bilhões anuais durante os próximos sete anos”. Ao mesmo tempo em que se lida com o problema mais imediato das pessoas, se constrói as fundações para o futuro. O futuro, que já começou, significa execução de políticas para zerar a emissão de carbono. Estas políticas custarão mais de US$ 100 trilhões.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Lula conclamou pelo caminho das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. São as populações do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causadas pela mudança no clima. Diz ele: “os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera”.</p>
<p>Tudo somado, defendendo o foco nas desigualdades, a conciliação entre desenvolvimento e meio ambiente e o multilateralismo, o presidente Lula deu um novo norte para a Agenda das mudanças climáticas. Atuando como um “porta-voz” dos países em desenvolvimento.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Tony Blair diz que a conciliação dos dois objetivos (desenvolvimento &amp; clima) pode ser obtida de duas maneiras: a primeira é encontrar os mecanismos financeiros para permitir que a transição energética aconteça; e a segunda é investir nas tecnologias do futuro. Leva tempo.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong><em>*Pós-doutor em Ciência Política pela The London School of Economics and Political Science.</em></strong></p>


Imagem colorida mostra Em seu discurso na ONU, Lula falou sobre matriz energética, Amazônia, Ucrânia e desigualdade - Metrópoles

Em seu discurso na ONU, Lula falou sobre matriz energética, Amazônia, Ucrânia e desigualdade

Lula deu um norte (por Antônio Carlos de Medeiros)

Vinícius Nunes

<p><span style="font-weight: 400;">Depois que informações de um depoimento do tenente-coronel </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/mauro-cid"><span style="font-weight: 400;">Mauro Cid</span></a><span style="font-weight: 400;"> vieram a público, a defesa do ex-presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL) montou um cerco para evitar que o cliente falasse com a imprensa ou desse qualquer declaração por outros meios, como o Twitter. </span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">A única informação veio de uma nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten, que diz que Bolsonaro “nunca compactuou” com qualquer plano de golpe.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">Bolsonaro foi aconselhado a não falar nem com os jornalistas que tem confiança. A estratégia do silêncio está em vigor desde que a defesa do ex-ajudante de ordens Mauro Cid entrou com um acordo de delação premiada com a </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/policia-federal"><span style="font-weight: 400;">Polícia Federal (PF)</span></a><span style="font-weight: 400;">. Naquela semana, Bolsonaro foi internado em São Paulo. Agora, o pedido de “controle” de Bolsonaro foi corroborado. </span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Ontem (21/09), tornou-se público parte de depoimento de Cid, em que ele relata uma reunião de Jair Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas. O ex-presidente teria apresentado um plano de golpe aos três e recebido apoio apenas do ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier.</span></p>
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Bolsonaro

A estratégia da defesa que Bolsonaro insiste em não seguir

<p><span style="font-weight: 400;">Os próximos dias serão de pressão para cima do presidente da </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/cpmi-do-8-de-janeiro"><span style="font-weight: 400;">CPMI do 8 de Janeiro</span></a><span style="font-weight: 400;">, </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-maia"><span style="font-weight: 400;">Arthur Maia</span></a><span style="font-weight: 400;"> (União Brasil-BA). Governistas querem convencer o deputado que a convocação de </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL) é crucial para esclarecer os crimes investigados pelo colegiado.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Como presidente, Maia tem o poder de decidir se vai ou não permitir a apresentação de requerimentos para convocar, convidar ou quebrar o sigilo de pessoas sob investigação. Considerando que a maioria dos membros da CPMI apoia o governo, qualquer assunto relacionado a Jair Bolsonaro seria provavelmente aprovado sem dificuldade.</span></p>
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<p><span style="font-weight: 400;">A nova leva de pressão se deu após vir a público o conteúdo de um depoimento do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Segundo o relato, </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/bolsonaro-reuniao-golpe-militares-cid"><span style="font-weight: 400;">Bolsonaro teria apresentado um plano de golpe aos comandantes das Forças Armadas e ganhado o apoio do então chefe da Marinha</span></a><span style="font-weight: 400;">, almirante Almir Garnier.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Parte governista da CPMI, no entanto, acha que não é necessário chamar Bolsonaro para implicá-lo aos crimes de golpe de Estado e incitação ao 8 de Janeiro. Chamar agora, segundo essa fatia, é dar palco ao ex-presidente.</span></p>
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deputado federal Arthur Maia (União-BA conversa com Randolfe Rodrigues CPMI atos 8 de janeiro - Metrópoles

deputado federal Arthur Maia (União-BA conversa com Randolfe Rodrigues CPMI atos 8 de janeiro  – Metrópoles

A missão de convencer Arthur Maia 

<p><span style="font-weight: 400;">Depois que veio a público informações do depoimento do tenente-coronel </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/mauro-cid"><span style="font-weight: 400;">Mauro Cid</span></a><span style="font-weight: 400;">, em delação à Polícia Federal (PF), parte da </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/cpmi-do-8-de-janeiro"><span style="font-weight: 400;">CPMI do 8 de Janeiro</span></a><span style="font-weight: 400;"> quer usar o conteúdo contra o ex-presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">Jair Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PL). Governistas vão entrar nos próximos dias com um requerimento de compartilhamento de informações com a PF.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Segundo o relato de Cid, conforme noticiado pelo UOL, </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/bolsonaro-reuniao-golpe-militares-cid"><span style="font-weight: 400;">Bolsonaro teria apresentado uma minuta de golpe aos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica</span></a><span style="font-weight: 400;">. O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foi o único que teria aceitado a ordem de golpe de Estado.</span></p>
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    </ul>
  </div>
<p><span style="font-weight: 400;">O assunto pautou a CPMI na quinta0-feira (21/09) e já se fala em convocação de Jair Bolsonaro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propôs uma </span><a href="https://www.metropoles.com/brasil/cpi-do-8-1-relatora-solicita-acareacao-de-mauro-cid-e-jair-bolsonaro"><span style="font-weight: 400;">acareação entre Cid e Bolsonaro</span></a><span style="font-weight: 400;">, que foi negada pelo presidente </span><a href="https://www.metropoles.com/tag/arthur-maia"><span style="font-weight: 400;">Arthur Maia</span></a><span style="font-weight: 400;"> (União Brasil-BA). Ele se mostrou disposto a apenas ouvir e quebrar os sigilos de Garnier, peça central do plano.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Segundo o deputado </span><a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/convocacao-de-ex-comandante-da-marinha-e-martins-e-protocolada-na-cpmi"><span style="font-weight: 400;">Rogério Correia</span></a><span style="font-weight: 400;"> (PT-MG), o pedido de compartilhamento de informações é imprescindível a essa altura. Se não for possível convocar Jair Bolsonaro, a CPMI poderá, ao menos, indiciá-lo por tentativa de golpe de Estado, se isso realmente estiver no depoimento de Cid e for comprovado.</span></p>
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presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid descem a rampa do Planalto

Governistas querem usar delação de Cid na CPMI do 8 de Janeiro

<p style="font-weight: 400;">Acredite quem quiser que os generais, os almirantes e os brigadeiros da época não souberam que Bolsonaro sondou os comandantes das Forças Armadas sobre o golpe que planejava para impedir a posse do presidente eleito Lula da Silva.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O comandante do Exército disse não, o da Aeronáutica também, mas o da Marinha, bolsonarista de quatro costados, disse sim com entusiasmo. É razoável supor que todos consultaram os demais colegas de alta patente e que a notícia tenha circulado em meio à família militar.</p>
<p style="font-weight: 400;">Não cabe, portanto, o ar de surpresa com o que contou sobre a tentativa frustrada de golpe o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro. Os altos oficiais das Forças Armadas souberam do que estava em curso e simplesmente se calaram.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Há crime de homicídio e crime de tentativa de homicídio. Está na Constituição: é crime gravíssimo conspirar para derrubar a democracia e pôr em seu lugar uma ditadura. Era o que desejava Bolsonaro, e nunca escondeu. Foi o que ele fez, e os militares guardaram em segredo.</p>
<p style="font-weight: 400;">Bolsonaro diz que discutir qualquer assunto, até mesmo um golpe de Estado, não é crime. Seria crime dar o golpe. Só não deu porque faltou apoio. Mas teve essa intenção. Incorreu, portanto, em um crime. Poderia ter sido preso ou denunciado. O silêncio da farda o protegeu.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-2"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">O silêncio torna a farda cúmplice da tentativa de golpe. Cúmplice de Bolsonaro ela foi antes de ele ser eleito e nos quatro anos de desgoverno. O primeiro ato de cumplicidade foi mensagem postada no Twitter pelo general Villas Boas Correia, que abortou um habeas corpus para Lula.</p>
<p style="font-weight: 400;">Vilas Boas, então comandante do Exército, ouviu seus pares e divulgou nota com endereço certo: o Supremo Tribunal Federal. Foi em abril de 2018. Lula havia sido condenado em segunda instância. O habeas corpus o livraria de ser preso.</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p style="font-weight: 400;">Por um voto de diferença, o Supremo negou o habeas corpus. Lula foi preso e impedido de disputar a eleição que seria vencida por Bolsonaro. A farda tolerou quatro anos de desmandos do capitão afastado do Exército por conduta antiética.</p>
<p style="font-weight: 400;">Tolerou sua pregação para que os brasileiros se armassem “para nunca mais ser escravos de ninguém”. Tolerou um general da ativa como ministro da Saúde; tolerou o desrespeito à regra que proíbe um militar da ativa de participar de atos políticos.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-3"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Não foi só Bolsonaro que se associou à Covid-19 para que ela matasse os que tivessem de morrer; a farda também se associou fabricando remédios comprovadamente ineficazes para combater a pandemia. E associou-se mais adiante para desacreditar o processo eleitoral.</p>
<p style="font-weight: 400;">Os militares estão empenhados em entregar algumas cabeças, inclusive a de Bolsonaro, para lavar a imagem das Forças Armadas enquanto instituição. Essa é uma tarefa que demandará muito, muito tempo para ser cumprida. Não basta individualizar as culpas. Tem que ajoelhar no milho.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-ricardo-noblat-quadrado-4"></div></div>
<p style="font-weight: 400;">Ou melhor: na brasa.</p>


Cerimônia de comemoração do dia do soldado no Quartel General do Exército agenda bolsonaro militares 15

Operação entrega cabeças para lavar a imagem das Forças Armadas

<p><span style="font-weight: 400;">A ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal, <a href="https://www.metropoles.com/tag/rosa-weber">Rosa Weber</a>, será a primeira a votar pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez nesta sexta-feira (22/09). Ela é a relatora do caso e se aposenta já na próxima semana, nas vésperas de seu aniversário de 75 anos.</span></p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-quadrado-1"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">O julgamento foi colocado em plenário virtual e pode ser analisado até 29 de setembro, mas não deve terminar antes da aposentadoria. A expectativa é que um dos ministros indicados por <a href="https://www.metropoles.com/tag/jair-bolsonaro">Jair Bolsonaro</a> (PL) ao STF, Nunes Marques ou André Mendonça, peça vistas do processo, o que obrigaria a discussão no Plenário físico.</span></p>
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            <a href="https://www.metropoles.com/brasil/stf-julga-reu-8-1-plenario-virtual">Weber atende Moraes e STF julga réu do 8/1 em plenário virtual</a>
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<p><span style="font-weight: 400;">Weber colocou o julgamento na modalidade virtual justamente para poder votar num tema que considera prioridade. A ministra havia definido as suas </span><a href="https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/rosa-weber-tenta-acelerar-casos-antes-de-aposentadoria"><span style="font-weight: 400;">metas de conclusão</span></a><span style="font-weight: 400;"> há uma semana: descriminalização da maconha, descriminalização do aborto, golpistas de 8 de Janeiro e justamente o Marco Temporal.</span></p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p><span style="font-weight: 400;">Destes, verá concluído apenas o Marco Temporal, que foi rejeitado por 9&#215;2 ontem (21/09)no <a href="https://www.metropoles.com/tag/stf">Supremo Tribunal Federal</a>. Os votos a favor da tese que define o futuro de 303 terras indígenas no país.</span></p>
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Posse da ministra Rosa Weber para a Presidência e Luís Roberto Barroso para a vice-presidência conversam durante os cumprimentos

cerimônia de posse da ministra Rosa Weber para a Presidência do STF e Luís Roberto Barroso, assume a vice-presidência do supremo 25

O último ato de Rosa Weber

<p>Para alguns comentaristas o presidente Joe Biden parecia disperso em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU. Contudo, é pouco provável que a maior potência da história tenha como dirigente alguém desatento aos desafios globais do momento.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-1"></div></div>
<p>Biden optou por um estilo anfitrião elegante, sem deixar de defender dois os eixos que condicionarão o desenvolvimento humano e a geopolítica nas próximas décadas.</p>
<p>O primeiro eixo tem caráter multilateral e diz respeito ao enfrentamento da crise climática, sem descuidar do aspecto social. Nas palavras de Biden, isso exigirá “<em>um compromisso de preservar o planeta e proteger a dignidade humana</em>”.</p><div class="m-banner-teads"><div id="div-gpt-ad-1688673817041-0"></div></div>
<p>O outro eixo destacado pelo presidente democrata tem dimensão política estrutural: “<em>A democracia precisa entregar melhorias de qualidade de vida às pessoas</em>”.</p>
<p>O recado de Biden confirma a opinião do cientista político Oscar Medeiros Filho em seu artigo Sustentabilidade Socioambiental e Segurança Multidimensional (<em>Revista Diálogos Soberania e Clima, Nº 8, 2023</em>).</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-2"></div></div>
<p>Medeiros Filho ensina que “<em>a </em><em>convergência entre Segurança Nacional e Segurança Humana é condição fundamental para o sucesso ao enfrentamento às mudanças climáticas e para a sustentabilidade socioambiental e soberana dos Estados Nacionais</em>”.</p>
<p>No mesmo sentido, o discurso do Presidente Lula, inaugurando o mesmo evento da ONU, botou um olho nas mudanças climáticas, outro nas questões sociais internas e os dois olhos na soberania nacional (leia-se nova ordem geopolítica).</p><div class=""><div id="taboola-mid-article-reco-reel"></div>
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<p>Na mesma viagem, nosso Ministro da Fazenda aproveitou para anunciar o lançamento de Títulos Verdes para captar US$2 bilhões em investimentos sustentáveis, sinalizando o esforço inteligente do Brasil na promoção de um capitalismo responsável, sob os pontos de vista social e ambiental.</p>
<p>Enquanto Haddad acenava ao mundo com uma importante medida de prevenção e desaceleração do aquecimento global, o Presidente Lula participou do encontro do G77 em Cuba, deixando claro que há limite para o avanço dos interesses estrangeiros sobre os valores progressistas do governo brasileiro e a soberania nacional.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-3"></div></div>
<p>Não dá para ignorar que, goste-se ou não, “<em>o Brasil voltou</em>”. A sintonia na movimentação do Planalto, do Itamaraty e da área econômica revela uma retomada das relações internacionais sem se prender a alinhamentos bilaterais apaixonados.</p>
<p>O governo abriu diálogo amplo e franco com EUA, China, Rússia, Ucrânia, Noruega, Alemanha, União Europeia e América Latina, no bom estilo da diplomacia brasileira. Ao mesmo tempo, assumiu a coordenação do Mercosul, a presidência do G20, emplacou a presidência do Banco do BRICS e quer receber a COP30 no coração da Amazônia.</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-blog-do-noblat-artigos-quadrado-4"></div></div>
<p>Não foi à toa que Biden mostrou-se favorável a reformas no Conselho de Segurança da ONU, defendendo “<em>mais vozes, mais perspectivas na mesa</em>”, em convergência com a proposição de Lula. Um feito que colocaria o atual líder estadunidense à frente do seu colega Barack Obama (que não foi muito além do gracejo “<em>you are the guy</em>”).</p>
<p>Se os discursos de velhos líderes parecem repetitivos, é porque os problemas são mais velhos ainda. O Secretário-Geral Guterres arremata a interpretação da realidade: “<em>o que define nossa época é a desigualdade</em>”. Contudo, é possível perceber que, para os novos e os antigos problemas, já se apresentam novas compreensões e propostas.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Felipe Sampaio:</strong><em> chefiou as assessorias dos ministros da Defesa (2016-2017) e da Segurança Pública (2018); cofundador do Centro Soberania e Clima; foi secretário-executivo de Segurança Urbana do Recife; atual diretor do SINESP no Ministério da Justiça e Segurança Pública.</em></p>


imagem colorida presidente Lula discursa na ONU - metrópoles

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