O hegemônico bloco de 11 partidos que elegeu Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara terá domínio amplo do Conselho de Ética.
Uma projeção a partir da composição do bloco mostra que dos 21 titulares do colegiado, 20 serão dessas legendas. Esses serão também os números e a distribuição entre os suplentes.
O Centrão terá pelo menos 12 deputados, distribuídos entre o PL (4), PP (2), União Brasil (2), PSD (2) e Republicanos (2).
Os outros aliados de Lira com integrantes no conselho serão parlamentares das legendas da federação liderada pelo PT, com 3 indicações, a federação do PSDB e Cidadania, com 2; MDB, com 2; e Podemos, com 1.
O PSol, único partido que se opôs à candidatura de Lira à presidência e lançou o nome de Chico Alencar (RJ) para o cargo, terá apenas 1 deputado no conselho.
Necessariamente, nem todo o bloco seguirá junto quando for julgar um deputado acusado de quebra de decoro parlamentar. PT e PL, por exemplo, não vão votar sempre unidos. Os primeiros casos denunciados no conselho neste ano são contra bolsonaristas que apoiaram os atos de vandalismo de 8 de janeiro.
A escolha de quem será o presidente do conselho e também quem serão os seus integrantes só acontecerá após a definição da composição das 30 comissões temáticas.