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Vai comer, menina! Reino Unido discute lei para evitar magreza excessiva de modelos

Um dia depois do encerramento da semana de moda de Londres, parlamento discute forma de controlar saúde das modelos

atualizado

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Um dia depois do encerramento da London Fashion Week, O Reino Unido coloca na mesa um assunto que anda mais na moda do que as propostas apresentadas pelos estilistas na passarela. Membros do parlamento britânico discutem a possibilidade de uma lei que proteja as modelos da pressão pela magreza extrema. Eles já tem 50.000 apoiadores.

Foi Rosie Nelson, uma modelo inglesa manequim UK 8 (equivalente ao 36 no Brasil), quem iniciou a movimentação com uma petição no site Change.org, no último fim de semana. Ela disse que, quando procurou uma das maiores agências do país no ano passado, eles disseram que ela preenchia todos os requisitos, menos o da magreza.

Meses depois, 6kg mais magra, eles ainda não estavam satisfeitos com o corpo de Rosie. “Eu já estive em sessões de foto de mais de 10 horas de duração onde nenhuma comida foi servida. A mensagem é sempre a de que você não deveria comer”, ela escreveu na petição.

 

A modelo Rosie Nelson, manequim 36, não satisfez os padrões de uma grande agência de modelos. *Foto: Reprodução do Instagram / @rosalienelson**
A modelo Rosie Nelson, manequim 36, não satisfez os padrões de uma grande agência de modelos. *Foto: Reprodução do Instagram / @rosalienelson**

 

No parlamento, o Grupo Multipartidário para Autoimagem (que trata de assuntos como bulimia e anorexia), encabeça uma investigação sobre a saúde das modelos. Caroline Nokes, chefe do grupo, deve se encontrar nos próximos dias com membros da indústria da moda para tratar sobre se uma legislação específica seria necessária para cuidar do caso.

O assunto também é discutido em outros países. Na França, por exemplo, as agências podem pagar até 75 mil euros em multa (R$ 338 mil) se suas modelos não tiverem um Índice de Massa Corporal dentro do considerado saudável.

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