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Designer da marca Isolda dá rasante em BSB e conversa com Metrópoles

Juliana Affonso Ferreira marcou presença em evento local e falou sobre o conceito por trás de sua label queridinha de fashionistas como Lorde, January Jones e Elizabeth Hurley

atualizado

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Rodrigo Zago
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1 de 1 _AGO6754 - Foto: Rodrigo Zago

Em ritmo Tupi-Guaraná (o nome de sua última coleção lançada em junho em uma apresentação badalada em Nova York), Juliana Affonso Ferreira, a Juju, deu rasante em Brasília para estreitar os laços com suas clientes brasilienses.

Felipe Menezes/Metrópoles
Juliana Afonso Ferreira

 

Sinônimo de brasilidade cool e presente em mais de 30 pontos de venda nacionais e 10 internacionais, a Isolda é um caso de sucesso no cenário da moda brasileira atual. “Sou jornalista de formação e vejo as coleções da Isolda como histórias que precisam ser contadas”, explica a diretora de estilo.

Entre estampas de caju, bordados com pedras, vestidos decorados com rendas sustentáveis desenvolvidas por rendeiras do Sergipe e muita bossa, Juju bateu um papo com o Metrópoles.

Como avalia o estilo da brasiliense, a praça de Brasília e o envolvimento da brasiliense com a Isolda?
O mercado de Brasília é importante para a Isolda e temos várias clientes fiéis na cidade. Sei que as mulheres brasilienses adoram se arrumar e são bem vaidosas, além de receber bastante em casa. A forma como vejo a cidade é que trata-se de uma capital cosmopolita, com mulheres de vários países por conta das embaixadas e mulheres que viajam bastante por conta do nível econômico.

Além disso, acho o clima daqui perfeito para as coleções da Isolda. Uma delícia usar roupas leves, fluídas, coloridas e frescas nesse clima

Rodrigo Zago

Você acredita que os desfiles e as semanas de moda nos moldes que conhecemos são as melhores opções para apresentar novas coleções e tendências?
Acho que as semanas de moda conseguem reunir todos os principais profissionais e players da indústria, assim como as mídias que mais influenciam. Nós começamos a participar da fashion week de Nova York com showroom e há algumas temporadas estamos presentes em Paris, mas a gente não faz desfile por uma opção de conceito. Optamos por apresentações mais intimistas. Acredito que nossas roupas, por serem estampadas à mão e terem muitas cores merecem uma interação mais próxima que a passarela oferece.

Isso muda a maneira como as pessoas consomem e seus clientes compram a sua marca?
Cada vez mais a gente tem sentindo que essa tendência de mercado do See now, buy now, wear now está mais forte. Acabo de voltar de Nova York e várias marcas optaram por essa novidade, como Tommy Hilfiger, Rebecca Minkoff, Tom Ford, Michael Kors, Alexander Wang x Adidas, Ralph Lauren e Thakoon. O que se via na passarela estava no e-commerce da marca no dia seguinte ou na mesma semana do lançamento.

E estamos com isso em mente: fazer um desfile ou apresentação em que será possível comprar o que acaba de ser mostrado na passarela. Minha sensação é que o desejo acaba sendo interrompido quando a pessoa não adquire o que quer no momento em que vontade surge. Depois de quatro meses, quando a coleção já está nas lojas, o timming do desejo já se perdeu.

 

Rodrigo Zago

Como agradar clientes com perfis tão diversos que vivem em países com culturas tão diferentes?
A verdade é que acho isso mágico. Incrível mesmo. Ao mesmo tempo que sei, de maneira racional, que é impossível agradar a todos, sinto que a Isolda representa uma brasilidade cool e sofisticada para o resto do mundo. Hoje as mulheres vestem Isolda na Ásia, nos Emirados Árabes, nos Estados Unidos, no Brasil e imprimem suas diferentes culturas e estilos nas roupas.

Como a operação funciona hoje após o desligamento da sua irmã, a Alessandra?
Maya, minha sócia, assina a direção criativa da marca e vive em Madri, na Espanha. Ela tem vindo mais para São Paulo, onde funciona nossa sede, e temos aproveitado para nos encontrar bastante. Nós sempre atuamos juntas no momento da criação e temos um time criativo Isolda. Fazem parte dessa equipe, ilustradores, desenhistas, modelistas. As peças são produzidas em São Paulo, mas utilizamos tecidos importados.

Nós sempre fomos um trio muito complementar, eu, Alessandra e Maya. Com a saída da Alessandra, eu e Maya intensificamos nossa geleia criativa cheia de referências. E tudo é feito via Skype, WhatsApp, Facetime e e-mails porque Maya vive no exterior. Ainda temos que lidar com fuso horário.

Rodrigo Zago

Atrizes e celebridades gringas como January Jones, Kristen Wiig, Cressida Bones, Elizabeth Hurley e Lorde usam e curtem Isolda. Como é ver essas superfamosas vestindo suas peças?
A marca está em verdadeira ascensão e é muito vibrante ver que estamos acertando. A Lorde foi incrível de ver. Depois trocamos mensagens e ela disse que estava interessada em comprar outras peças da marca.

Se pudesse escolher qualquer pessoa para ver usando Isolda, quem seria?
Sempre quis vestir a Michelle Obama, atual primeira-dama dos Estados Unidos e adoraria, se tivesse a oportunidade, de vestir a Hillary Clinton, candidata à presidência americana. Também seria muito bacana ver a atriz britânica Carey Mulligan usando Isolda.

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As fotos dessa matéria fazem parte de um editorial ao vivo feito em Brasília, na multimarcas Q.U.A.D.R.A Concept, no Lago Sul. Com cliques de Rodrigo Zago e stylist assinado por Maria Cecilia Brennand, o momento fashionista contou com as participações das modelos Natalia Mendes, Larissa Schumacher, Raissa e Isadora Levi. Os sapatos são Agiafatto e os acessórios são Abi Project.

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