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Time montado pelo pequeno Fred está pronto, mas ainda precisa de ajuda

Cerca de 12 crianças precisam de uma quadra pra treinar, uniformes, tênis adequado, kit de primeiros socorros, papelaria, lanche, manutenção dos andadores e outros. Toda ajuda é bem-vinda para que os treinos continuem

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Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Na próxima quarta-feira (7/9), o Brasil vai sediar as Paralimpíadas Rio 2016 e a expectativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é ficar com o quinto lugar no quadro de medalhas. Como todo atleta precisa começar em algum lugar, há cinco semanas uma turma bem animada tem se encontrado para jogar Frame Football, que reúne atletas auxiliados por andadores.

Em julho, o Metrópoles noticiou a busca de Fred, 8 anos, por crianças que, assim como ele, portassem alguma deficiência física e utilizassem andadores para formar um time de futebol. Para praticar o esporte, seriam necessários, pelo menos, oito participantes — quatro de cada lado — além de um professor.

A procura funcionou e, hoje, 12 meninos e meninas, entre 3 e 14 anos, jogam bola aos sábados. Horários e locais são sempre combinados um pouco antes, pois eles ainda não têm um local fixo para os treinos. Os dois treinadores, Paulo Freitas e Hugo Roriz, são voluntários, não recebem nada pelo trabalho. As quadras para os encontros são emprestadas e, por isso, mudam com frequência.

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A fisioterapeuta Tamara Souza também é voluntária. Casada com o treinador Paulo, ela trabalha com uma das crianças e acabou se envolvendo com o time todo. Coordenadora do projeto, Isabela Amaral, mãe do Fred, diz que o futebol é mais que um passatempo para as crianças e que precisa ser levado a sério.

“Estamos precisando muito de patrocínio. Clubes que queiram ceder a quadra para os treinos, lojas de esportes que possam ajudar com os uniformes, algumas crianças não têm o tênis adequado. Farmácia que queira contribuir com kit de primeiros socorros, papelaria para as nossas dinâmicas, ortopedia, loja de bicicletas para manutenção dos andadores, supermercados com o lanche, enfim, qualquer negócio pode colaborar”, desabafa.

Em contrapartida, o time poderia usar as logos das empresas contribuintes em camisetas, nos andadores, nas faixas etc. Isabela lembra que toda a estrutura necessária é tirada do bolso dos pais e voluntários, mas muitos não têm condições e se viram para continuar levando os filhos aos treinos.

A vontade de continuar é grande e os sonhos também. Visitar times em outras cidades e até mesmo ter um Centro de Treinamento Adaptado fazem parte dos objetivos. Quem quiser oferecer algum serviço ou juntar-se ao time, pode entrar em contato pela página do Facebook do projeto ou pelo número 98119-2938 (Isabela).

Os atletas
A professora Monalisa Lima é mãe de um dos goleiros do time — são dois no total. João Gabriel tem seis anos e já jogava como goleiro na escola, mas reclama para a mãe que não conseguia acompanhar o ritmo dos coleguinhas e não segurava muitas bolas. Uma prima viu a matéria do Metrópoles e sugeriu que ela entrasse em contato com Isabela, mãe do Fred.

“Desde o primeiro treino, ele ficou muito satisfeito. Falava: ‘Mãe, agora eu consigo pegar muitas bolas’. Está sendo ótimo pro meu filho”, conta a professora. O programa já virou uma coisa familiar e outros dois filhos e o marido também marcam presença nos jogos.

Como todo time democrático, meninas são bem-vindas. A pequena Letícia tem 4 anos e só jogava futebol em casa. Quando o professor da escola, Hugo, resolveu ser o treinador do time montado por Fred, avisou a mãe da menina, Juliana Da Matta. A também professora diz que a filha cobra ir às quadras. “Quando estamos no carro, ela sorri falando futebol e bate palmas. Muita animação, ela está amando”, diz a mãe.

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