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Pesquisadores afirmam que o bulldog inglês entrará em extinção

A raça é considerada geneticamente modificada e o estado de saúde já crítico dos bulldogues ingleses tende a piorar

atualizado

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bulldog ingles
1 de 1 bulldog ingles - Foto: Reprodução/Gizmodo

Você certamente já admirou a beleza de um pequeno bulldog inglês. Aquelas gordurinhas são um atrativo para quem ama animais. Apesar de ser uma das raças mais populares de caninos, essa é também uma das mais frágeis quando o assunto é saúde.

Um estudo da Universidade de Franca – UNIFRAN explica a chamada “seleção artificial”. Trata-se de uma aproximação criada pelos seres humanos em juntar uma raça com outra, dispondo-os a cruzar. O uso desta seleção permitiu a formações de novas raças, como a dos buldogues ingleses, que foi se modificando cada vez mais. “O passado obscuro de lutas sangrentas e cruéis como o bull baiting e o bear baiting foi extinto no temperamento atual da raça”, afirma o estudo.

Pesquisadores do Centro de Estudo da Saúde Animal na Universidade da Califórnia elaboraram uma tese para provar que a qualidade de saúde que os buldogues ingleses têm agora é a melhor que eles alcançarão. Em consequência da seleção artificial constante, os pesquisadores afirmam que chegará um momento da evolução em que será difícil – se não impossível – criar uma versão mais saudável dos caninos.

“Esse é o resultado da pequena base genética existente da raça – que foi derivada de 68 indivíduos — e da seleção excessiva de traços físicos que levaram a existência da espécie a limites extremos”, afirma a pesquisa.

A interferência humana no processo seletivo de raças é uma má notícia no mundo animal. Bulldogues ingleses já não vivem mais de seis anos e é comum que possuam algumas doenças como dermatite, enfermidade ocular, displasia da anca, problemas respiratórios, câncer, cistos interdigitais, alergias, enfermidade cardíaca e má formação no maxilar, entre outros.

“As dobras no rosto icônico do bulldogue tornam-o suscetível a infecções. Suas anormalmente pequenas cavidades nasais dificultam a respiração, deixando-o propenso a superaquecimento e hipertermia. Muitos destes problemas de saúde são o resultado dos esforços de melhoramento estético buscado pelos humanos.

Grandes porções do genoma do bulldogue foram alteradas para alcançar essas alterações morfológicas, que resultaram em uma tremenda perda de diversidade na parte responsável pela função imunitária normal. O principal autor do estudo, Niels Pedersen, diz que a popularidade da raça não pode justificar os problemas de saúde que o bulldogue típico é forçado a suportar e, infelizmente, não muito pode ser feito nessa fase.”

Em uma tentativa de restaurar a saúde inicial da raça, criadores suíços iniciaram um projeto para gerar uma espécie que mistura os bulldogues ingleses com o “Olde English Bulldogge” . Fica o alerta para quem gosta de animais de raça, mas ignora o que há por trás dessa indústria.

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