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No topo: DJ brasiliense Alok deslancha em carreira internacional

Depois de ser eleito o melhor do Brasil, Alok Petrillo ficou entre os 50 mais populares do mundo. A escolha rendeu polêmica

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Jeff Genreich/Divulgação
Alok Petrillo
1 de 1 Alok Petrillo - Foto: Jeff Genreich/Divulgação

Alok Petrillo se considera brasiliense desde os 12 anos, quando saiu de Goiânia para a capital federal. Foi aqui que ele cresceu, estudou e começou a trilhar a carreira de DJ. Entrou para cena eletrônica ainda criança, já que é filho dos fundadores do festival Universo Paralelo, um dos mais famosos do gênero. Aos poucos, Alok Petrillo foi virando apenas Alok. Hoje, ele é o nome principal no EDM nacional e trilha, com sucesso, uma trajetória internacional.

Eleito o melhor DJ do Brasil pela House Mag, Alok conseguiu, este ano, um feito maior: é o único brasileiro no top 50 da especializada DJ Mag. O que isso significa? Para muitos nada ou apenas um traço de popularidade. Mas, na visão do artista, é um reconhecimento internacional de sua marca.

O termo “marca” pode parecer estranho quando estamos falando de um ser de carne e osso. Mas, no disputado cenário eletrônico, a expressão faz muito sentido. “Nos dias atuais, não adianta você ser o melhor DJ do mundo se você desconsiderar a importância do marketing. Ter boas músicas é importante, mas é preciso saber se relacionar com os fãs, principalmente nas redes sociais. Coisa que o Alok faz com maestria”, analisa Jorge Júnior, diretor de eventos da House Mag.

As redes sociais são o terreno fértil do DJ brasiliense. No Facebook, são quase 700 mil seguidores. No Instagram, a marca chega a 321 mil – quase o dobro de outro nome de destaque do Brasil, o carioca Marcelo Cic. “Ele é um cara que nasceu para brilhar”, afirma Komka, produtor do 5uinto e um dos primeiros a abrir espaço para Alok na capital.

Além da internet, o DJ brasiliense tem uma visão muito interessante da cena eletrônica. Ele percebeu o crescimento do estilo e a união com ritmos, antes renegados, como o sertanejo e o axé. Alok, por exemplo, se apresentou no Estádio Nacional Mané Garrincha para mais de 40 mil pessoas no encerramento do show da dupla Jorge & Mateus.

A cena eletrônica continua no underground, mas, paralelo a isso, ela se tornou mais comercial e hoje é muito popular. Por isso, o público grande acaba sendo cada vez mais comum no meu dia a dia. O eletrônico passou a ser aceito por outros estilos, a tocar nas rádios

Alok, que, recentemente, criou a própria gravadora, a UP Club Records

A popularidade da música eletrônica e a ascensão do DJ brasiliense impactaram na rotina do jovem de 24 anos. Atualmente, ele passa 7 dias por mês em Brasília, onde mora, em um condomínio de Águas Claras. O resto do tempo é viajando. Às vezes em um jato particular, para tocar em São Paulo, Camboriú (SC), Rio de Janeiro, Alemanha e Inglaterra.

Apresentar-se em duas cidades no mesmo dia, como fazem nomes consagrados do eletrônico, como David Guetta, é comum na vida de Alok. Um exemplo foi nesse sábado (24/10), no Federal Music. Depois de tocar em casa, como ele mesmo gosta de falar, o DJ foi para o Villa Mix Festival (mais uma vez um evento de sertanejo), em Ribeirão Preto. “Estou morando na estrada”, brinca.

Ao todo, são 16 festas por mês. Sem contar a agenda semanal, nas casas onde é residente. Isso, é claro, ajuda o cofre do DJ a ficar cada vez mais cheio. Mesmo que não se fale o valor do cachê, produtores apontam que o brasiliense está em um lista de artistas que recebem entre R$ 15 e R$ 80 mil por apresentação.

Longe da unanimidade
O nome de Alok entre os 50 melhores da DJ Mag despertou também a crítica de algumas pessoas ligadas ao mercado de música eletrônica. A discussão não é muito diferente do que ocorre entre roqueiros e amantes do sertanejo, por exemplo. A disputa oscila entre a qualidade musical e a popularidade.

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“Esses rankings medem popularidade, mas também apontam a qualidade. Quem está lá, é a galera que toca nos melhores clubes e que se comunica bem com o público”, entende Jorge Júnior, responsável pela eleição da House Mag.

“Eu vi esse bombardeio depois que ele chegou no top 50. A galera fica esperando os nomes que gostam aparecerem, porém, é um ranking de EDM, os produtores desse estilo estarão lá. Cada um está no seu lugar. Acho o voto popular muito digno”, argumenta Komka.

“Não sou eu quem decido quem vai curtir o eletrônico”, comenta Alok, estrategicamente fugindo da polêmica.

No sangue
Alok Petrillo tem música eletrônica no sangue. O jovem é filho dos fundadores do festival Universo Paralelo (um dos maiores do Brasil). Swarup, o pai, e Ekanta, a mãe, no começo dos anos 2000, eram nomes constantes nos eventos de PsyTrance – moda que durou por volta de cinco anos na capital.

“Cresci dentro da cena eletrônica acompanhando meus pais, que foram pioneiros por aqui. Eles não queriam que eu me tornasse DJ, mas não teve jeito, tava no sangue. Comecei aos 12 anos, ao lado do meu irmão. Em 2010 nos separamos e segui carreira solo”, relembra Alok.

“Há um tempo, eu tava na casa do Juarez (Swarup) resolvendo a pista do 5uinto no Universo Paralelo. Lembro de ver o Alok, um moleque com 16 anos entrar correndo e se trancar no quarto, bem adolescente. Anos depois, é o mesmo cara que naturalmente sobe no palco e sem timidez brinca com o público”, diz Komka.

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