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Letícia Sabatella afirma que já foi assediada por José Mayer

Ela contou ter passado por uma experiência parecida com a relatada pela figurinista Su Tonani

atualizado

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Renato Rocha Miranda/Globo
Foto colorida de Letícia Sabatella de blusa azul - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Letícia Sabatella de blusa azul - Metrópoles - Foto: Renato Rocha Miranda/Globo

Pouco tempo após a figurinista Su Tonani postar o relato no qual acusa o o ator José Mayer de assédio, Letícia Sabatella fez um comentário em suas redes sociais: “José Mayer não se emenda”, mostrando que já conhecia a engrenagem do abuso que acontece no universo dos artistas. Apesar de ter deletado a postagem, a atriz confirmou à repórter Daniela Pessoa, da Veja Rio, ter passado por uma situação semelhante.

“Quando li o relato da Su, que não conheço, eu me compadeci imediatamente. Senti o que ela sentiu, e sabia que ela não estava mentindo. Também já tinha passado por uma experiência parecida com o Zé Mayer, que foi alertado de maneira amigável. Eu, sinceramente, me comovi com o pedido de desculpas dele. Sei o grande artista que ele é, sensível, capaz de uma transformação. Precisamos do exemplo de uma pessoa capaz dessa reflexão, e o Zé pode ser esse exemplo. Não estou querendo endeusar nem demonizar ninguém. Mas podemos fazer do limão uma limonada”, disse Letícia.

A atriz dividiu as telas com Mayer duas vezes: na minissérie Agosto (1993) e na novela Páginas da Vida (2006). “Não é para linchar, mas para alertar, para que essa pessoa saia dessa lógica de supremacia, de superioridade que acha que pode exercer sobre a mulher, ainda mais uma hierarquicamente menor na empresa. Não é para ser estigmatizante, mas um alerta sobre essas diferenças de gênero, mas com direitos iguais, desejos similares. Essa iniciativa nossa de nos unirmos é muito doce, bonita”, afirmou Sabatella à repórter Michelle Licory quando falavam sobre o movimento “Mexeu com uma, mexeu com todas”, que juntou atrizes, diretoras e funcionárias da Globo contra o assédio. Ao site Glamurama, ela explicou como a cultura do machismo gera esses comportamentos.

“Tudo isso faz parte da cultura do machismo. Pessoas que são bons pais, bons maridos e eventualmente bons colegas podem cair nessa esparrela. Ele não é um monstro, existe uma cultura que incentiva para que isso aconteça. Que seja com amor essa transformação porque são nossos pais e irmãos. E que eles lembrem que acontece com as filhas deles, as irmãs, as esposas. Temos o mesmo direito à liberdade criativa que os homens, mas quando você tem medo de agir espontaneamente é muito ruim, você não trabalha tão bem. Então é um caminho da resistência, de se colocar lucidez sobre isso. Se mexe com uma, realmente mexe com todas mesmo. Não estamos mais suportando isso. Temos que provar dez vezes mais que somos capazes e isso é cansativo, não é justo e beira opressões do passado – que ainda acontecem. A resistência de uma mulher em um ambiente restrito é a resistência de todas em ambiente coletivo. Não quero a propagação do ódio e um bode expiatório, não quero a morte pública de ninguém, mas desculpas são bem-vindas. É um alerta necessário. Não foi em vão”.

 

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