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Comer batata frita 2 vezes por semana aumenta risco de morte prematura

Um novo estudo sugere que consumir o alimento frito duas ou mais vezes na semana pode mais do que dobrar o risco de morte precoce

atualizado

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batata frita
1 de 1 batata frita - Foto: iStock

Peça o hambúrguer, dispense a batata frita. Segundo um novo estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, a culpa será delas se você partir dessa para uma melhor, prematuramente. Isso porque, depois de analisar o consumo de batata de 4,4 mil norte-americanos, os pesquisadores concluíram que duas porções de “fritas para acompanhar” ou mais por semana são suficientes para aumentar o risco de mortalidade de um indivíduo.

O estudo, de acordo com um de seus autores, do Conselho Nacional de Pesquisas de Padova, na Itália, é o primeiro do mundo a analisar a associação entre batata e morte precoce. Os voluntários tinham entre 45 e 79 anos e foram acompanhados por um período de oito anos através de questionários sobre a maneira e frequência do consumo do alimento. Assado? Frito? Cozido?

Ao longo do tempo em que durou a pesquisa, 236 pessoas morreram. Depois de ajustarem uma série de variantes, como educação, salário, raça, atividade física e consumo de álcool, a conclusão dos cientistas foi de que comer batata frita duas ou mais vezes por semana pode não ser exatamente a chave da longevidade.

Nas palavras deles, pessoas que consumiam o alimento frito com frequência “tiveram risco de mortalidade aumentado”. Para ser preciso: o risco mais que dobrou nesses voluntários, comparado aos que comiam batata frita esporadicamente.

Mais do que depressa, o Conselho Nacional de Batatas dos Estados Unidos se manifestou, argumentando que o estudo tem “falhas significativas de metodologia” que podem ter levado a resultados errados, como o fato de os voluntários terem sido tirados de um estudo de osteoartrite e das respostas serem obtidas por questionários.

“O consumo de batatas reportado no estudo talvez não reflita o consumo em todo o tempo de vida da pessoa, ilustrando o quão errado é estigmatizar a batata ou qualquer outro alimento como ‘saudável’ ou ‘não saudável'”, disse o chefe do conselho, John Keeling, ao The Washington Post.

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