metropoles.com

Técnica pioneira contra câncer será testada em mais 4 pacientes

Terapia que levou à remissão de linfoma em fase terminal é uma adaptação do método norte-americano CART-Cell

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Caldato/Hemocentro RP/Divulgação
Vamberto-Luiz-de-Castro
1 de 1 Vamberto-Luiz-de-Castro - Foto: Hugo Caldato/Hemocentro RP/Divulgação

O tratamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) será testado em outros quatro pacientes até meados de 2020. A técnica foi aplicada em Vamberto de Castro, 65 anos, que sofria com um linfoma em fase terminal nos ossos. A terapia genética inédita na América Latina fez com que o linfoma entrasse em remissão.

O método é uma versão da técnica norte-americana CART-Cell, que consiste em modificar células de defesa do corpo do próprio paciente para que atuem no combate das células tumorais que formam o câncer. Por enquanto, não há data para que o tratamento seja disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em entrevistas, o hematologista Eduardo M. Rego, pesquisador do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP), afirmou que ainda será feito um estudo clínico, com duração média de dois anos, além do acompanhamento de um grupo maior de pacientes. Também não há prazo para a realização do estudo nem estimativa prévia de quantas pessoas participarão das pesquisas.

A expectativa, segundo ele, é que os médicos utilizem os exames de acompanhamento do caso de Vamberto em conjunto com os resultados dos novos quatro pacientes. Durante o estudo clínico, os médicos poderão testar a eficácia e a segurança do tratamento. Só então a equipe poderá pleitear que a estratégia seja incorporada ao SUS.

Eduardo Rego frisa ainda que o tratamento será realizado apenas em formato compassivo, ou seja, com pessoas que não tenham mais nenhuma opção de tratamento. Após o atendimento desses quatro pacientes, a equipe médica pretende abrir um protocolo de pesquisa clínica que atenderá mais pessoas em um prazo de dois anos. Em seguida, os resultados serão apresentados para a Anvisa, que decidirá se o tratamento poderá ou não ser liberado em escala no Brasil.

Atualmente, Vamberto segue em tratamento, que inclui medicamentos e sessões de fisioterapia para reabilitação. Somente após cinco anos, ele poderá ser considerado totalmente curado do linfoma. (Com informações do portal G1)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?