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CPI da Pedofilia convocará responsáveis por outdoor erótico

Na avaliação do presidente da comissão, deputado Rodrigo Delmasso (PTN), propaganda desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente e fortalece a ideologia da erotização das crianças

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
outdoor, vicente pires
1 de 1 outdoor, vicente pires - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Os responsáveis pelo outdoor com mulheres nuas instalado em frente a um colégio na chácara 117, em Vicente Pires, serão convocados para dar explicações à CPI da Pedofilia, na Câmara Legislativa. A propaganda de uma boate causou revolta entre pais e alunos na manhã de segunda-feira (1º/8). O anúncio com mulheres exibindo partes íntimas do corpo foi retirado pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) na terça (2), após reportagem publicada pelo Metrópoles.

“Este tipo de imagem desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente e só fortalece a ideologia da erotização das crianças. Isso é um absurdo! Não vamos aceitar isso”, relatou o presidente da comissão, deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN). Ele confirmou que vai convocar os donos da empresa do outdoor e da boate Real Show para prestar esclarecimentos.

No ano passado, o parlamentar apresentou o Projeto de Lei 30/2015 que proíbe este tipo de propaganda. Segundo o texto, as empresas que não cumprirem a lei receberão multa de R$ 5.000,00 a R$ 10.000 e poderão ter o alvará de funcionamento cassado. O projeto está tramitando na Câmara Legislativa.

Nas redes sociais, muitas famílias fizeram críticas às imagens. Em um dos textos publicados, um pai desabafou: “Estou indignado com isso. Peço providências”. Após receber diversas reclamações sobre o caso, o diretor do colégio, Vinícius Vieira, 33 anos, procurou a administração regional da cidade para tentar resolver a situação. O órgão, então, acionou a Agefis que, por sua vez, informou que removeria a propaganda “em caráter de urgência”.

Um funcionário da boate Real Show, que preferiu não se identificar, contou ao Metrópoles que a empresa não tinha ideia sobre o local onde a propaganda foi posicionada. “Pagamos uma pessoa para fazer o serviço e ela colocou o outdoor lá sem a nossa autorização. Jamais permitiríamos isso”, justificou.

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