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Devido a adutora rompida, marginal da EPTG só será liberada sexta

Técnicos da Caesb fazem reparos na adutora. Assim que o serviço for finalizado, DER trabalhará para fechar cratera e liberar a pista

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 adutoracapa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

As equipes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) se programam para trabalhar madrugada adentro, até que a via marginal da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) fique pronta para o tráfego dos carros. Uma cratera se abriu nesta quinta-feira (17/8), por volta as 5h, quando uma adutora da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) se rompeu.

Segundo o diretor-geral do DER, Henrique Luduvice, a intenção é liberar a pista o quanto antes. “Assim que a Caesb encerrar o conserto da adutora, imediatamente o DER assume os reparos. Nossa intenção é liberar a via até amanhã (sexta). Vamos trabalhar até acabar o serviço”, disse.

Para amenizar os impactos do trânsito, o DER liberou as faixas exclusivas e prolongou a inversão da via Estrutural. “Hoje a Estrutural fica aberta até às 20h30. Amanhã, a inversão vai até as 9h30, e, à noite, novamente até as 20h30”, explica Luduvice.

A recomendação geral é que os moradores usem a saída e a entrada de Águas Claras pegando o Balão da Unieuro para acessar a EPTG, ou usando acessos da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Quem puder, deve evitar a via em horários de pico.

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O fornecimento de água foi em Taguatinga Centro e Sul (QSA 01 a 25; QSB 01 a 06; QSC 01 a 28; CSA 01 a 03; CSB 01 a 10; C 01 a 11), Colônia Agrícola Águas Claras, Super Quadra Brasília, Lúcio Costa e Expansão do Guará.

A Caesb pede aos moradores abastecidos pelo sistema Descoberto II que, na medida do possível, façam uso racional da água para facilitar a recuperação plena e equilibrada do sistema.

Enxurrada
O vazamento começou por volta das 5h e foi contido pelas equipes da Caesb às 6h50. O acidente ocorreu em um momento delicado no abastecimento do Distrito Federal, que vive a sua pior crise hídrica.

A região afetada tem 30 casas — 28 são do condomínio Village das Pedras, que não permitiu a entrada da imprensa. No momento do rompimento, os moradores abriram o portão principal para melhor escoamento da água e conseguiram evitar maiores problemas, como a queda de muros. Segundo funcionários que trabalhavam no local, em uma das casas haviam duas crianças que quase foram afogadas pela força da água.

Segundo a Defesa Civil, 90% das casas do Village das Pedras foram afetadas. “Três casas tem um problema mais sério com afundamento de piso e rachaduras. Estamos notificando todas as casas, avisando que elas precisam de uma observação dos moradores nas próximas 24 horas”, explicou o Tenente Coronel Lopes, que vistoriou todos os imóveis. Ainda de acordo com a Defesa Civil, tem casas com afundamento de 2 e 3 cm e que precisam ser observadas constantemente.

Ao lado fica uma chácara familiar, com duas casas. A residência mais afetada, que fica na margem da EPTG, também contou com a agilidade dos moradores, que quebraram um pedaço do muro para agilizar a saída da água. “Acordamos de madrugada com a água já na canela. Foi um susto. Tudo alagado e com lama. Comprei uma máquina de lavar roupa tem 20 dias, estragou, toda cheia de lama. Sofá, geladeira, freezer. E não tem nem água pra limpar tudo”, lamentou Eli Silvia, 37 anos.

“Vamos notificar as 30 casas da região. Não há necessidade de saída dos moradores, mas toda a área precisa de observação nas próximas 24 horas. O viaduto também foi vistoriado e não oferece risco de desabamento”, completou o Tenente Coronel Lopes.

Equipes da Caesb trabalharam durante toda a manhã nos reparos da adutora e na limpeza da lama que ficou na via pública. Servidores da área de sinistro da Companhia estiveram no local avaliando os prejuízos dos moradores e verificaram que cinco casas vão precisar de ressarcimento.

Veja o rompimento da adutora na Estrada Parque Vicente Pires (EPVP)

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