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Vazamento de dados sobre atentado pelos EUA irrita britânicos

Incidente criou uma crise entre o presidente americano Donald Trump e a primeira-ministra do Reino Unido Theresa May

atualizado

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Britain’s Home Secretary Theresa May delivers her keynote address on the second day of the Conservative party annual conference in Manchester
1 de 1 Britain’s Home Secretary Theresa May delivers her keynote address on the second day of the Conservative party annual conference in Manchester - Foto: Divulgação

O vazamento de informações da Inteligência dos Estados Unidos sobre o atentado terrorista em Manchester, ocorrido na última segunda-feira (22/5), criou uma crise entre os governos de Washington e Londres. “Pedirei ao presidente [Donald] Trump que as informações de inteligência compartilhadas entre as nossas autoridades devem ficar seguras”, disse a premier britânica, Theresa May, nesta quinta-feira (25).

A fala da premier foi só mais uma da crescente irritação dos expoentes do governo britânico contra os norte-americanos. Na quarta-feira (24), a ministra do Interior, Amber Rudd, disse que o comportamento de fontes dos EUA era “irritante” e que esperava que isso “não ocorresse mais”.

Nesta quinta, Rudd voltou a fazer críticas ao governo dos EUA por conta de uma foto da bomba que atingiu a Manchester Arena ter sido divulgada pelo jornal The New York Times. A imagem havia sido passada de maneira confidencial para os serviços de Inteligência de Washington.

“Estamos furiosos. Isso é completamente inaceitável. Aquelas imagens difundidas pelo sistema do Interior dos EUA são angustiantes para as vítimas, as suas famílias e um público mais amplo. A questão será levada para todos os níveis relevantes das autoridades britânicas para suas contrapartes dos EUA “, disse um assistente de Rudd ao jornal “The Guardian” sobre o vazamento da foto.

O prefeito de Manchester, Andy Burnham, também se manifestou. Ele criticou formalmente o embaixador americano na Grã-Bretanha, Lewis Lukens. “Estes vazamentos são inaceitáveis e devem cessar imediatamente”, acrescentou.

As informações sigilosas começaram a ser divulgadas pela mídia norte-americana poucas horas após o atentado, que matou ao menos 22 pessoas. A emissora “CBS” divulgou o nome do terrorista muito antes das autoridades fazerem qualquer anúncio oficial. Segundo os jornais britânicos, após a revelação norte-americana, a divulgação da identidade do terrorista foi antecipada.

Além disso, detalhes das investigações e as imagens do ataque feitas pela perícia também foram reveladas por veículos dos EUA, causando uma irritação no governo britânico.

Esse não é o primeiro escândalo em que a administração Trump é envolvida. Nas últimas semanas, a imprensa revelou que o presidente repassou uma informação altamente confidencial sobre o Estado Islâmico para a Rússia — sem a autorização do país aliado que a enviou.

Na quarta, Trump revelou informações secretas da Inteligência para o polêmico presidente filipino, Rodrigo Duterte, sobre uma possível movimentação militar contra a Coreia do Norte.

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