Milagre de 627 anos não acontece e católicos temem desastre em 2017
O sangue do bispo São Januário não se liquefez em evento no último dia 16/12. De acordo com a tradição, isso pode anunciar um desastre
atualizado
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Os católicos que acreditam no milagre de San Gennaro — ou São Januário, como é conhecido no Brasil – podem temer um 2017 ruim. Isso porque, durante a cerimônia promovida no último dia 16, o sangue seco do santo não se liquefez, ou seja, não passou do estado sólido para o líquido. O fenômeno acontece anualmente, em três ocasiões, desde 1389.
De acordo com a tradição católica, o fato de o sangue seco não ter se liquefeito pode anunciar um grande desastre. Foram poucas as vezes que isso aconteceu ao longo dos últimos 627 anos. Em uma delas, no ano de 1527, dezenas de milhares de pessoas morreram vítimas de uma praga; e em épocas mais recentes, como em 1939, o planeta enfrentou a Segunda Guerra Mundial.
Conta a história que São Januário era bispo de Benevento, uma cidade italiana, durante um dos períodos de perseguição romana aos cristãos. Ele foi decapitado em 305, em meio ao reinado de Diocleciano. Seu corpo e sua cabeça foram recolhidos por um homem e levados para um local seguro, onde uma mulher encheu um frasco com seu sangue. Nos dias atuais, em Nápoles, existe uma ampola que contém cerca de 30 ml de uma substância desconhecida, de cor marrom, que seria o sangue coagulado do bispo, de acordo com os fiéis.Em 21 de março deste ano, o papa Francisco participou do evento em que o sangue de São Januário se liquefez. Esta foi apenas a segunda vez em que o fenômeno ocorreu enquanto o relicário era manipulado por um papa: anteriormente, só Pio IX teve o privilégio, em 1848.