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Presidente da Colômbia declara guerra à corrupção após caso Odebrecht

Um ex-vice-ministro de Alvaro Uribe, presidente entre 2002 e 2010, e um ex-senador foram detidos acusados de receber propina da empreiteira

atualizado

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RICARDO MAZALAN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganha Prêmio Nobel da Paz
1 de 1 Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ganha Prêmio Nobel da Paz - Foto: RICARDO MAZALAN/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou nessa segunda-feira uma “guerra frontal contra a corrupção”, em meio às denúncias de pagamento de propinas da Odebrecht a funcionários públicos colombianos. “Façamos deste 2017 um ano de guerra frontal contra a corrupção”, disse o chefe de Estado, ao indicar Fernando Carrillo como novo procurador-geral da Nação. A informação é da Agência France Press (AFP).

Um ex-vice-ministro de Alvaro Uribe, presidente entre 2002 e 2010, e um ex-senador foram detidos nos últimos dias acusados de receber propinas da Odebrecht, apontada pelos Estados Unidos e pela Procuradoria da Colômbia por pagar subornos milionários em troca de obras públicas no país entre 2009 e 2014.

Santos, presidente desde agosto de 2010 e reeleito em 2014 para um segundo mandato de quatro anos, pediu aos organismos de controle que resolvam “esses casos o mais rápido possível”. “Até agora, nenhum funcionário do meu governo foi apontado por ter recebido suborno da Odebrecht, mas se chegasse a fazer isso, que caíssem todos, todo o peso da lei”, enfatizou, aproveitando para anunciar que proporá uma lei em que os corruptos não tenham o benefício de prisão domiciliar.

“O câncer da corrupção está em metástase – como estamos sentindo nesses dias – e nos exige ainda mais vontade, mais contundência e melhor trabalho em equipe”, destacou Santos, afirmando que nenhum de seus familiares fez “um só negócio com o governo” ou “esteve envolvido em algum tipo de tráfico de influência”. Santos disse também que determinou à Agência Nacional de Infraestrutura que entregue ao Ministério Público toda a informação vinculada aos contratos questionados.

Odebrecht
A Câmara Colombiana de Infraestrutura anunciou, nessa segunda-feira, a expulsão do grupo brasileiro devido ao escândalo de corrupção. A câmara exortou o governo e os órgãos de controle a “liderar com decisão e energia uma cruzada nacional para combater e erradicar o fenômeno corrosivo da corrupção” nos contratos públicos.

A Odebrecht mantinha três contratos com o Estado colombiano: um trecho da Estrada do Sol (entre o centro do país e o Caribe), obtido durante o mandato do presidente Alvaro Uribe, a estrada Puerto Boyacá – Chiquinquirá e um trabalho para dar navegabilidade ao rio Magdalena, ambos sob o mandato de Santos.

No domingo (15), o ex-vice-ministro dos Transportes Gabriel García Morales, que ocupou o cargo durante o governo Uribe, admitiu as acusações do Ministério Público que o vinculam com as irregularidades na concessão dos contratos do Trecho 2 da Estrada do Sol.

De acordo com o Ministério Público (MP), Morales recebeu US$ 6,5 milhões para excluir concorrentes, para que o antigo Instituto Nacional de Concessões (Inco), sob sua responsabilidade na época, desse a obra à Odebrecht.

No sábado (14), as autoridades prenderam o ex-senador Otto Nicolás Bula, do governista Partido Liberal, por suspeita de “violação do regime de trocas internacionais”.

O MP afirma que “a sucursal da Odebrecht na Colômbia contratou, em 5 de agosto de 2013, Otto Nicolás Bula, mediante a modalidade de ‘honorários por resultado, ou cota de êxito’ com o objetivo de obter o contrato” para um trecho da Estrada do Sol.

Segundo o Ministério Público, no total a Odebrecht pagou US$ 11,1 milhões em subornos na Colômbia por contratos públicos.

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