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Presidente da Colômbia age o para garantir acordo de paz com as Farc

Juan Manuel Santos atua com celeridade para realizar um referendo nacional e encerrar o violento conflito de meio século com guerrilheiros

atualizado

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1 de 1 farc colômbia - Foto: Divulgação

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, atua com celeridade para realizar um referendo nacional para encerrar o violento conflito de meio século com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Santos envia o texto do acordo ao Congresso já nesta quinta-feira (25/8).

“Hoje é o início do fim do sofrimento, da dor e da tragédia da guerra”, disse Santos na noite de quarta (24), em declarações televisionadas após o anúncio do acordo em Havana, depois de quatro anos de negociações. O presidente disse que haverá um referendo em 2 de outubro sobre a aceitação ou não do acordo com as Farc.

Santos disse que tornará todo o texto público nesta quinta, ao entregá-lo formalmente ao Congresso. Os legisladores não podem bloquear a realização do voto popular sobre o tema.

O conflito já matou mais de 220 mil pessoas e forçou mais de 5 milhões a fugir de suas casas.

Concessões
Pelo, entre as concessões de última hora está a de que as Farc manterão, como movimento político no futuro, um mínimo de dez cadeiras no Congresso durante dois períodos legislativos. Após 2026, os ex-rebeldes terão de provar sua força política nas urnas.

Os envolvidos no acordo foram parabenizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por governos da região. O presidente dos EUA, Barack Obama, também elogiou a iniciativa.

Pelo acordo, o governo colombiano se compromete a realizar uma agressiva reforma agrária, reformular sua estratégia de combate ao narcotráfico e expandir grandemente a presença estatal em áreas longamente negligenciadas.

Oposição
A oposição colombiana deve converter a votação popular em um referendo sobre o presidente. A popularidade de Santos vem caindo e chegou a 21% em maio, segundo pesquisa Gallup, no menor patamar desde que ele chegou ao poder, em 2010. O baixo comparecimento também é uma preocupação porque um mínimo de 13% dos eleitores registrados, ou cerca de 4,4 milhões de eleitores, precisam votar a favor do acordo para que ele seja ratificado.

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