Procuradores vão pedir prisão de presidente cassada na Coreia do Sul

Procuradores da Coreia do Sul informaram nesta segunda-feira (27/3) que vão solicitar à Justiça a prisão da ex-presidente Park Geun-hye, sob a acusação de prática de corrupção. Ela foi destituída do cargo após um processo de impeachment que foi concluído no início do mês. Há uma semana, ela passou 14 horas prestando depoimento a procuradores que a acusam de ter participado de um esquema que extorquiu companhias privadas.

A Corte do Distrito Central de Seul, a quem caberá decidir sobre o pedido do ministério público, deverá tomar o depoimento de Park antes de emitir (ou não) o pedido de prisão.

Se a prisão de Park se confirmar, ela poderá ser formalmente acusada de crimes como extorsão, recebimento de propina e abuso de poder. Se condenada, a ex-presidente poderá pegar até prisão perpétua. A decisão deve sair na sexta-feira (31).

O tribunal deve pedir a Park para comparecer à audiência, e sua decisão sobre seu destino provavelmente virá na sexta-feira, de acordo com autoridades judiciais.

Uma prisão é o próximo passo antes que Park possa ser formalmente acusada de crimes tais como extorsão, suborno e abuso de poder. Apenas uma acusação de suborno já é punível com pena de prisão perpétua. Park tem negado qualquer irregularidade legal.

Mesmo que o tribunal rejeite o pedido, os promotores ainda podem acusar e cobrar os promotores para acusarem Park de crimes “graves”, e que ela também deve ser presa porque era suposta cúmplice e amiga de Choi Soon-sil, que subornava as empresas, e de outros suspeitos no escândalo que foram presos.