Mulher conta em livro como viveu em seita poligâmica fundada pelo pai
Ruth Wariner escreveu sobre sua vida na autobiografia The sound of Gravel (“O som de cascalho”)
atualizado
Compartilhar notícia

É difícil acreditar que a história da Ruth Wariner, de 43 anos, é real diante de tantos traumas que ela sofreu. Em sua autobiografia, The sound of Gravel (“O som de cascalho”), ela relata como cresceu em uma seita poligâmica fundada pelo próprio pai no México, os abusos sexuais do padrasto e como viu a mãe morrer em sua frente.
Wariner foi a 39ª dos 42 filhos que Joel Lebaron. E sua mãe foi uma das nove mulheres que ele teve. Em entrevista à BBC, a autora contou que não chegou a conhecê-lo, pois ele foi assassinado quando ela tinha apenas três meses, em 1972. Lebaron mantinha uma seita que pregava a poligamia e era, nas palavras da filha, “uma espécie de figura mitológica”.
Seu padastro era um homem que agredia fisicamente a mãe de Ruth, que jamais questionava seu comportamento. Na entrevista, ela diz que jamais esqueceu uma briga na qual o ele jogou sua mãe no chão e bateu nela com um cinto. “Foi aterrorizante e chocante”, lembra.
Aos oito anos, os abusos chegaram nela. E eles foram sexuais e aconteceram diversas vezes. Seu sofrimento não acabou por aí. Aos 14 anos, a escritora teve que deixar a escola para ajudar a cuidar das crianças em casa. Nessa época, ela viveu mais um momento traumático: dois de seus irmãos saíram para brincar em um dia de chuva e morreram eletrocutados em uma cerca. Na tentativa de salvar os filhos, a mãe de Ruth também morreu. A biografia ainda não foi lançada no Brasil.