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Coreia do Norte condena sanções da ONU e ameaça os Estados Unidos

O país asiático salientou que pode usar, inclusive, armas nucleares contra os americanos, caso seja provocado, militarmente

atualizado

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LEE JIN-MAN/ESTADÃO CONTEÚDO
Bandeira com imagem de Kim Jong-un
1 de 1 Bandeira com imagem de Kim Jong-un - Foto: LEE JIN-MAN/ESTADÃO CONTEÚDO

A Coreia do Norte prometeu nesta segunda-feira (7/8) reforçar seu arsenal nuclear e “multiplicar por mil” a vingança contra os Estados Unidos, em resposta a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) impostas pelo fato de o regime norte-coreano ter realizado testes de mísseis balísticos intercontinentais.

A advertência é feita dois dias após o Conselho de Segurança da ONU aprovar por unanimidade novas sanções para punir a Coreia do Norte, entre elas a proibição de exportações de carvão e outras, no valor total de mais de US$ 1 bilhão.

A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, qualificou a resolução elaborada pelos EUA como “o maior pacote único de sanções econômicas já imposto contra” a Coreia do Norte.

Em comunicado divulgado pela imprensa estatal, o governo norte-coreano qualificou as sanções como “uma violenta violação de nossa soberania”. O país também disse que as sanções da ONU jamais irão forçar o país a negociar seu programa nuclear ou desistir de fortalecer sua capacidade nuclear. Pyongyang disse ainda que tomará uma “ação de justiça” no caso, sem dar detalhes

A Coreia do Norte lançou no mês passado dois mísseis intercontinentais como parte de seus esforços para possuir mísseis de longa distância capazes de atingir inclusive o território dos EUA.

O cerne das sanções da ONU é a proibição de que a Coreia do Norte exporte carvão, ferro, chumbo e produtos oriundos da pesca marítima. Foi proibido que qualquer país compre esses produtos, o que impõe à Coreia do Norte uma punição de mais de US$ 1 bilhão.

Segundo um diplomata do Conselho de Segurança, o carvão tem sido o maior item da pauta de exportações da Coreia do Norte, no valor de US$ 1,2 bilhão no ano passado. Em novembro, o montante oriundo do carvão já havia sido restrito pelo Conselho de Segurança para no máximo US$ 400 milhões.

Neste ano, Pyongyang obteria US$ 251 milhões com exportações de ferro e minério de ferro, US$ 113 milhões com chumbo e minério de chumbo e US$ 295 milhões com exportações de peixe e frutos do mar, disseram diplomatas.

Arma nuclear
A Coreia do Norte ameaçou utilizar armas nucleares contra os EUA, caso seja provocada militarmente. Além disso, o regime de Pyongyang afirmou que “em nenhuma circunstância” negociará seus programas de armas nuclear e de mísseis.

Em comunicado por escrito divulgado a repórteres em Manila, onde ocorre um fórum de segurança regional, o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, sustenta que o regime tem desenvolvido armas nucleares como uma legítima opção de autodefesa “diante da ameaça clara e real representada pelos EUA”.

A autoridade garante que as armas nucleares não seriam usadas contra nenhum país, com exceção dos EUA. O regime norte-coreano argumenta que as armas nucleares são um meio de desestimular uma eventual invasão americana ao país.

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