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China envia mísseis a ilhas disputadas no Mar do Sul da China

As medidas são vistas como parte dos esforços de Pequim para reivindicar praticamente toda região e seus recursos

atualizado

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arquipelago paracel
1 de 1 arquipelago paracel - Foto: Divulgação

A China enviou mísseis para ilhas disputadas com outros países do Mar do Sul da China. Nesta quarta-feira (17/2), o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, minimizou o assunto, dizendo que assuntos como os “serviços públicos” deveriam receber mais atenção que esse caso.

O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, por outro lado, disse em comunicado que tomou conhecimento que a “China Comunista” enviou um número não especificado de mísseis para a Ilha Woody. As Filipinas disseram que o fato aumentou as tensões regionais.

Anteriormente, a China construiu novas ilhas na região marítima disputada e também erigiu bases militares na área. As medidas são vistas como parte dos esforços de Pequim para reivindicar praticamente todo o Mar do Sul da China e seus recursos, o que é contestado por países mais próximos dos Estados Unidos na região No grupo de ilhas Spratly, quatro países têm presença.

“Os militares prestarão bastante atenção aos fatos subsequentes”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan em comunicado. Segundo o texto, as partes envolvidas devem trabalhar juntas para manter a paz no Mar do Sul da China e “se abster de qualquer medida unilateral que aumentaria as tensões”.

Longo alcance
A rede de TV norte-americana Fox News também disse que a China transferiu mísseis terra-ar para as ilhas Paracels. Os mísseis teriam alcance de cerca de 200 quilômetros. O ministro chinês afirmou que o desenvolvimento da região é em grande medida orientado para fins civis e beneficia a região, com a construção de casas, estações meteorológicas e instalações para resgate e abrigo para pescadores. Wang disse também que a China tem o direito de se proteger, sob a lei internacional, por isso não há motivo para contestar a infraestrutura militar do país.

O governo australiano disse que espera que os lados envolvidos mantenham a paz e a estabilidade na região. Também elogiaram declarações anteriores do presidente Xi Jinping de que Pequim não pretende militarizar as ilhas.

Em Tóquio, o almirante Harry Harris Jr., chefe do Comando Pacífico dos Estados Unidos, disse que não tinha conseguido confirmar os relatos sobre o envio de mísseis, mas apontou que o assunto “me preocupa grandemente”. Segundo ele, isso pode ser um sinal de que há uma militarização do Mar do Sul da China, de maneira contrária ao prometido por Xi.

A ilha Woody é reivindicada também por Taiwan e Vietnã. Taiwan e a China reivindicam quase a totalidade dos 3,5 milhões de quilômetros quadrados do Mar do Sul da China. O Vietnã e as Filipinas alegam ter o direito ao controle de boa parte dessas águas, também, enquanto Brunei e Malásia têm reivindicações mais pontuais. Os mares da região são movimentados, com grande tráfego, e também ricos em pesca e com a possibilidade de presença de reservas de petróleo e gás natural em águas mais profundas.

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