metropoles.com

Brasileira desaparece em navio durante cruzeiro na Itália

A polícia investiga várias possibilidades, entre elas, a de Simone ter se jogado no mar

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/Facebook
brasileira
1 de 1 brasileira - Foto: Divulgação/Facebook

Uma brasileira de 35 anos desapareceu de um navio de cruzeiro que navegava entre as cidades de Veneza e Brindisi, na costa leste da Itália, no último domingo (18/6). Identificada como Simone Scheuer Sousa, a mulher fazia parte da tripulação do MSC Musica e trabalhava na limpeza do transatlântico.

Os colegas perceberam a ausência da funcionária durante a madrugada de segunda-feira (19), quando o navio estava em mar aberto. Segundo a família de Sousa, o desaparecimento ocorreu após ela ter tido um desentendimento com seu chefe e terminado um namoro de dois anos com outro colega, que a teria traído.

Atualmente, o MSC Musica faz um roteiro pelo Adriático, um dos mares que compõem o Mediterrâneo. A Guarda Costeira da Itália está conduzindo operações de busca nas zonas litorâneas do norte da península, mas até agora não há nenhuma pista. A família de Sousa pediu ajuda ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil e ao consulado brasileiro em Milão.

O que dizem os amigos?
Uma amiga e colega de Simone Scheuer Sousa, diz não acreditar que ela tenha se atirado do transatlântico, uma das tantas linhas de investigação seguidas pela Polícia. Em entrevista à ANSA, ela conta que viu a amiga pela última vez por volta de 2h da madrugada de segunda (19) e que foi a responsável por avisar a segurança sobre o sumiço.

“Era o horário em que eu costumava vê-la, porque ela trabalhava de noite. Porém não sabia que seria a última vez”, afirma. Segundo Mendonça, era normal não cruzar com Sousa durante o dia. Ao longo do domingo (18), o MSC Musica ficou atracado em Veneza, no noroeste da Itália, e a brasileira, que fazia a limpeza noturna do navio, não deu as caras.

Mendonça aguardou até meia-noite para ver se Sousa apareceria no encontro diário antes da jornada de trabalho, mas isso não aconteceu. A amiga então decidiu procurá-la na cabine do ex-namorado, Tala Kelemete Vaifale, um cidadão de Samoa – pequeno arquipélago situado no Oceano Pacífico – que também é funcionário do cruzeiro. Em vão.

“Bati na porta dele, vi que ela não estava e aí pedi ajuda a um segurança. Em questão de minutos, começaram os anúncios em todas as áreas do navio, em inglês e português”, relata Mendonça. Nesse momento, o transatlântico já havia zarpado de Veneza rumo à cidade italiana de Brindisi, 700 km ao sul.

Segundo comunicado da MSC Cruzeiros, o desaparecimento foi constatado à 00h53 de 19 de junho (horário local) e notificado imediatamente à Guarda Costeira da Itália, que coordena as buscas. “Ao mesmo tempo, a equipe de segurança do navio também efetuou buscas a bordo”, disse a empresa.

De acordo com Mendonça, até um helicóptero foi acionado para ajudar. “Vieram na minha cabine para saber se eu tinha ideia de onde ela poderia estar. Abriram todas as cabines, olharam embaixo da cama, em todos os lugares”, acrescenta. Em Brindisi, a Polícia subiu no navio para analisar todas as hipóteses possíveis, inclusive a de Sousa ter saído escondida.

Na tarde desta quarta-feira (21), a MSC fez uma reunião a bordo com tripulantes brasileiros do Musica, na qual pediu para que nenhum detalhe seja esquecido e garantiu que não está de “braços cruzados”. A informação foi passada à ANSA por Mendonça, mas a assessoria da companhia ainda não confirma.

Compartilhar notícia