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Argentinos organizam “peitaço” após escândalo sobre topless em praia

A marcha “tetazo” está marcada para a próxima terça-feira (7/2) e tem objetivo de defender a liberdade individual e os direitos femininos

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topless argentina peitaço tetazo
1 de 1 topless argentina peitaço tetazo - Foto: Reprodução/Twitter

Mulheres com peitos à mostra prometem tomar as ruas de Buenos Aires, na Argentina. A marcha intitulada “tetazo”, organizada pelas redes sociais e marcada para a próxima terça-feira (7/2), vai protestar próximo ao monumento Obelisco. A ideia surgiu após uma patrulha policial proibir três moças de exibirem os seios na praia de Necochea, na província homônima à capital argentina, no sábado passado (28/2).

A marcha tem objetivos de defender a liberdade individual e os direitos femininos, além de rebater as acusações de provocação sexual com cunho pornográfico.

A abordagem policial, motivada por uma denúncia anônima, dividiu o público da praia, que filmou a cena — um vídeo do incidente viralizou nas redes sociais. Parte dos banhistas criticou a ação. Outro grupo, porém, apoiou os homens da polícia e hostilizou três mulheres que estavam com os seios expostos. Os banhistas acusaram o trio de exibicionismo e nudismo.

O caso foi levado à Justiça e analisado pelo magistrado Mario Juliano. Apesar de arquivar o processo por “falta de relevância”, o juiz escreveu um texto, em primeira pessoa, publicado em jornais locais, em defesa das mulheres. “A defesa irrestrita das liberdades me leva a tomar uma posição a favor das mulheres que decidiram descobrir seus seios”, disse.

“Não queremos que episódios assim se repitam. Devemos melhorar esse tipo de comportamento e promover uma convivência pacífica”, afirmou, por sua vez, a secretária de Desenvolvimento Humano de Necochea, Jimena López. Ela propôs a criação de uma zona exclusiva para topless. Segundo López, os policiais interpretaram a prática como uma “contravenção por exposição de órgãos genitais”.

Histórico
A Argentina coleciona outros escândalos relacionados a seios à mostra. No ano passado, uma mãe que amamentava em via pública foi obrigada a deixar o local, após abordagem policial. Há no país uma lei sobre “exibição obscena”, redigida em 1973 e mencionada no Código Penal. O texto cita o veto a amamentação em via pública.

Uma pesquisa recente publicada na Argentina constatou que um a cada três homens fica “incomodado” ao ver uma mulher amamentando na rua. Na contramão, o Papa Francisco, nascido no país, pediu em 8 de janeiro que as mulheres amamentem seus filhos em público, em uma tentativa de desatar o cunho sexual do ato.

“Vocês sabem que a cerimônia é um pouco longa e alguns bebês podem chorar de fome. Se isso acontecer, vocês, mamães, podem alimentá-los sem medo, com normalidade, como Nossa Senhora”, disse o Papa, durante uma missa de batismo dentro da Capela Sistina, no Vaticano. (Com informações da ANSA)

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