Docinhos que lembram a infância ainda são vendidos no Conic

Crianças dos anos 1980 e 1990, certamente, sujaram os dentes com a bala Dadinho, ou quase morreram engasgadas com a Azedinha. Com alguns trocados, dava para encher o bolso de bala Chita, Pirulito do Zorro e até Push Pop. Nos dias de riqueza, a moda era comprar a Tortuguita, e, claro, seguir o ritual para comer o chocolate em forma de tartaruga. Primeiro as patinhas, depois o rabo e a cabeça. Por fim, o casco recheado!

Esses sabores do passado perderam espaço, ao menos nas grandes lojas da capital. No entanto, os “baleiros” saudosistas podem encontrar essas relíquias com sabor de infância no centro de Brasília, mais precisamente, na parte de trás do Conic.

Durante uma tarde, o Metrópoles percorreu o Setor de Diversões Sul em busca de balas e doces raros. Em ao menos quatro lojas, as guloseimas ainda reinam e são comercializadas em abundância. Confira o que é possível achar durante uma caminhada pelo Conic:

Daniel Vieira, diretor comercial da Casa do Chocolate, no Setor de Diversões Sul, afirma que as pessoas ainda procuram muito pelos doces “das antigas”. “Ainda tem muita demanda. Manter esses produtos é uma forma de agregar até uma certa cultura às pessoas. Os funcionários também notam que isso dá um acolhimento, o cliente se sente mais à vontade dentro da loja quando identifica essas balas”, analisa.

Vieira conta ainda que alguns dos doces antigos vendem até mais do que as “novidades”, a depender da época do ano. Nos festejos de Cosme e Damião, por exemplo, os doces de abóbora e os chicletes têm maior saída. Já na época das festas juninas, a bala Dadinho volta a fazer sucesso.

As lojas Mana Leite e Mel, Toca do Coelho e Mult Shop também comercializam os doces. Algumas Docerias do Guará e de Taguatinga vendem as balinhas retrô. Atenção, por se tratarem de distribuidoras de artigos relacionados a confeitaria e doces, na maioria das vezes, só é possível comprar caixas com algumas dezenas de unidades.