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EUA, Canadá e México devem propor candidatura única para Copa do Mundo

A edição de 2026 do torneio, para qual os países devem concorrer, terá 48 seleções e exigirá 12 sedes

atualizado

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Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
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1 de 1 copa-mundo - Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Pela primeira vez, três países podem tentar sediar a Copa do Mundo de 2026. Nesta segunda-feira (10/4), Estados Unidos, Canadá e México planejam anunciar, oficialmente, em Nova York, a ideia de uma candidatura única para o torneio. Essa edição terá 48 seleções e exigirá 12 sedes.

Durante o fim de semana, entidades esportivas dos três países têm sugerido que o anúncio “histórico” desta segunda-feira vai mudar a forma pela qual a Copa será organizada. Nos bastidores, dirigentes e autoridades estavam traçando os últimos detalhes do projeto comum, na esperança de que ele possa ser apresentado hoje.

Entre os planos que começam a ser desenhados, um deles prevê que o estádio Azteca seja o local da abertura da Copa, o que o tornaria o único do mundo a ter recebido três Mundiais (1970, 1986 e 2026). A final seria em Pasadena, local que também já foi usado em 1994 na Copa vencida pelo Brasil. No Canadá, pelo menos uma semifinal seria disputada, além de jogos das fases de grupo.

Pelo novo plano da Fifa, as 48 seleções serão repartidas em 16 grupos de três seleções cada. Se a entidade admite que o Mundial expandido vai garantir um aumento de renda de US$ 1 bilhão, ele também vai exigir uma nova estrutura para receber um número recorde de atletas e de torcedores.

A Fifa tomará uma decisão sobre a sede de 2026 em maio de 2020, ainda que os americanos queiram antecipar uma votação.

Mas existem impasses que devem resolver até 2020. A primeira delas é a política migratória americana. O temor é de que, com a promessa de construção de muros e endurecimento de concessão de vistos, a circulação de torcedores entre os três países poderia ser afetada. Entre Toronto e Cidade do México, por exemplo, o torcedor terá de viajar 3,2 mil quilômetros.

Outro obstáculo é a Justiça dos EUA. Em novembro, começa o julgamento dos cartolas da Fifa e muitos acreditam que, aqueles que não foram detidos, até hoje nutrem um sentimento negativo em relação ao comportamento das autoridades americanas em relação aos dirigentes do futebol.

Existe, nos bastidores, uma tentativa de evitar que o bloco norte-americano se apresente como a única candidatura. Marrocos, ao lado de Espanha e Portugal, estão em consultas para avaliar um projeto alternativo, com jogos em Lisboa, Madri, Barcelona, Porto, Sevilha, Valência e no norte da África.

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