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“Autópsia de um beija flor” repensa o voyeurismo na sociedade atual

Na peça, dois espiões refletem sobre a profissão enquanto investigam um funcionário público e sua amante, uma esposa infiel

atualizado

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Alexandre Magno/Divulgação
A Autópsia de um beija-flor 3 – foto Alexandre Magno
1 de 1 A Autópsia de um beija-flor 3 – foto Alexandre Magno - Foto: Alexandre Magno/Divulgação

Na peça “Autópsia de um beija flor”, dois espiões conversam sobre a profissão, que consiste em obter informações sobre a intimidade alheia por encomenda. O enredo, bastante simples, ganha corpo com o diálogo, que dá luz à metodologia de arapongagem típica em governos ditatoriais.

Ao longo da narrativa, os dois homens, um experiente e outro novato, investigam um funcionário público e sua amante, uma esposa infiel. Porém, algo se encontra fora do comum nesse caso: os espiões também são espionados.

O espetáculo conta com a direção e a atuação de Sérgio Sartório, que divide o espaço com o ator André Deca. Nela, serão feitas reflexões acerca do voyeurismo na sociedade atual, além de trazer à tona as feridas ainda abertas da ditadura militar no Brasil. Por meio do diálogo entre os espiões, bastante carregado de proposições filosóficas, são questionadas a intolerância para com o outro, a liberdade de expressão e a invasão de privacidade.

O texto foi elaborado pelo argentino Santiago Serrano, premiado pelo espetáculo “Noctiluzes” – montado em Brasília na última edição do Cena Contemporânea. Sartorio e Deca integram o grupo teatral brasiliense Cia. Plágio de Teatro.

“Autópsia de um beija flor”
Do dia 16/12 (sexta) até 23/12 (sexta), às 20h; 26/12 (segunda), às 20h; 28 (quarta) e 29/12 (quinta), às 18h30 e às 20h. Nos dias 26 e 28/12, haverá tradução em libras e áudio-descrição. No Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul, trecho 2; 3108-7630). Duração: 50 minutos. Entrada Franca. Não recomendado para menores de 14 anos.

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