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Eleição de Conselho de curadores do Dulcina é suspensa pelo TJDFT

A decisão veio após pedido dos alunos da instituição por meio do movimento Dulcina Vive

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Dulcina
1 de 1 Dulcina - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

A eleição para o novo Conselho de Curadores da Fundação Brasileira de Teatro (FBT), responsável pelo Complexo Cultural Dulcina de Moraes (CCDM), foi suspensa pela 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A decisão, da juíza Marilza Neves Gebrim, veio após pedido do movimento Dulcina Vive, que se posicionou contra a mudança na gestão do espaço.

A eleição foi convocada pela interventora judicial Vanessa Daniella Pimenta Ribeiro. Ela foi nomeada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para substituir Marco Antônio Schmitt Hannes e Luiz Francisco de Sousa. Os gestores provisórios foram afastados sob a acusação de não terem cumprido exigências legais, como a entrega de relatórios de gestão  e de plano prévio de administração do espaço.

O Dulcina, atualmente, vive um imbróglio judicial. Segundo o estatuto da FBT, o Conselho deveria ser escolhido pela gestão anterior. No entanto, o órgão interno foi dissolvido pela Justiça após denúncias de corrupção. Atualmente, existe um limbo sobre as regras da nova eleição.

Os estudantes e a comunidade artística alegam que o MPDFT não estaria cumprindo as regras para a eleição do Conselho de Curadores — responsável por gerir a instituição. Sem respeito a prazos e à escolha dos representantes da sociedade no colegiado.

“Conseguimos a primeira vitória. Ainda não acabou, mas já estão entendendo que essa casa está organizada e nós estamos cuidado de perto”, afirma Julie Wetzel, atriz e porta-voz do Dulcina Vive.

Delatora da Acrônimo
A advogada Vanessa Daniella Pimenta Ribeiro, uma das delatoras da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, foi nomeada administradora da Fundação Brasileira de Teatro (FBT), responsável pelo Teatro Dulcina e pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.

O MPDFT informou que o nome de Vanessa foi retirado de um banco de currículos da instituição. Interessados em exercer a função de administrador judicial se cadastram e podem ser indicados. O órgão cita como requisitos a “capacidade técnica e a confiabilidade para exercer a função”.

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