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O Matador: primeiro filme brasileiro de ficção da Netflix abre portas

Após a distopia “3%” e o documentário “Laerte-se”, serviço de streaming volta a investir em produções nacionais

atualizado

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Pedro Saad/Netflix/Divulgação
O Matador netflix marcelo galvão
1 de 1 O Matador netflix marcelo galvão - Foto: Pedro Saad/Netflix/Divulgação

“O Matador”, primeiro filme brasileiro de ficção da Netflix, abre possibilidades para novos conteúdos originais bancados e lançados pelo canal de streaming. A produção estreia na plataforma no final de 2017.

Com direção de Marcelo Galvão, conhecido pelo premiado longa-metragem “Colegas” (2012), a produção é um faroeste ambientado em Pernambuco entre os anos de 1910 e 1940. Cabeleira (Diogo Morgado), o matador do título, entra em conflito com suas origens ao reencontrar Sete Orelhas (Deto Montenegro), o cangaceiro que o criou.

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“O Matador” engrossa a lista, ainda curta, de títulos originais da Netflix produzidos no Brasil. Antes do longa, a série “3%” representou a segunda incursão da gigante do streaming na América Latina – a primeira foi a mexicana “Club de Cuervos”.

Com César Charlone, fotógrafo indicado ao Oscar por “Cidade de Deus” (2002), entre os diretores, a distopia atraiu críticas negativas no Brasil, mas teve impacto considerável fora do país. Tanto que foi a série de língua não inglesa mais vista nos Estados Unidos.

Dedicado à célebre cartunista, o documentário “Laerte-se” marcou a primeira experiência da Netflix com cinema no Brasil. Três anos de filmagem, comandada pelas diretoras Eliane Brum e Lygia Barbosa da Silva, renderam uma crônica sobre questões de gênero.

“Convênio” com Hollywood e futuras produções
Antes de “O Matador”, nomes fortes do cinema contemporâneo brasileiro frequentaram grandes produções da Netflix. Já popular lá fora por “Tropa de Elite”, Wagner Moura ganhou mais projeção internacional com a série “Narcos”. O programa ainda lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro.

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Outro movimento curioso foi a chegada do cineasta Fernando Coimbra a Hollywood via streaming. Após a boa carreira internacional do thriller “O Lobo Atrás da Porta” (2013), indicado a prêmio pelo Sindicado dos Diretores (DGA), o paulista mergulhou na ocupação americana do Iraque no drama de guerra “Castelo de Areia”.

Antes ele havia dirigido dois episódios de “Narcos” – em 2017, realizou um capítulo da série de terror “Outcast”, da Fox. No futuro próximo, o canal de streaming deve voltar a investir no promissor mercado de séries nacionais. A principal delas é “O Mecanismo”, o alardeado seriado sobre a Operação Lava Jato.

Com José Padilha (“Tropa de Elite”) e Elena Soarez (roteirista de “Xingu”) no comando criativo, os primeiros oito episódios dramatizam os desdobramentos da força-tarefa por meio de um delegado aposentado (Selton Mello) e sua sucessora (Carol Abras). Estreia em 2018, sem data confirmada.

Por fim, outro produto anunciado é a comédia “Samantha!”, sobre uma estrela mirim dos anos 1980 que se equilibra entre o resgate da carreira e a saída do marido, ex-craque de futebol, da cadeia. Também chega em 2018, sem dia anunciado.

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