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Mundo Livre SA lança o primeiro disco ao vivo em 20 anos de carreira

“Mangue Bit Ao Vivo” reúne canções mais tradicionais da banda, como “Free World” e “Meu Esquema” e faixas do recente disco de estúdio, “Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa”

atualizado

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Divulgação
Mundo Livre S/A
1 de 1 Mundo Livre S/A - Foto: Divulgação

Fred Zeroquatro, líder e vocalista do Mundo Livre SA, tinha uma obsessão na juventude. O disco “Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo”, de 1972, não saía de sua vitrola. A bolacha rodou tanto, tanto, que Zeroquatro passou a decorar as reações do público presente naquelas noites de 10 e 11 de novembro, no Teatro Castro Alves, em Salvador, diante de Chico Buarque e Caetano Veloso. “Era demais”, diz ele.

O Mundo Livre SA, banda nascida em um dos últimos cantos do cisne da indústria fonográfica nacional, completou pouco mais de duas décadas de existência sem nunca ter se entregado aos registros ao vivo. “Entregado”, mesmo, porque a banda não via, até recentemente, utilidade em gravar algum show.

Um amigo meu disse, certa vez, que lançar um DVD ou disco ao vivo era criar uma competição contra si mesmo. O sujeito pode comprar o DVD e assistir ao show no conforto de casa, sem se preocupar com estacionamento e outras coisas

Fred Zeroquatro, líder do Mundo Livre S/A

A ideia de deixar, enfim, registrada uma apresentação do Mundo Livre SA, e incrementar o visual das performances do grupo, com cenário e luzes de led, levaram o grupo a entender que o disco seria bem-vindo.

“Mas fizemos do nosso jeito”, brinca o vocalista, que no DVD, por exemplo, está constantemente dialogando com o público presente nas três noites de shows no Sesc Belenzinho, na zona leste de São Paulo, onde “Mangue Bit Ao Vivo” foi registrado. Ele chama alguns fãs mais conhecidos pelo nome mesmo no alto do palco.

Cabeça do manguebeat
O registro se faz válido pela história do Mundo Livre SA. Zeroquatro escreveu o manifesto do manguebeat, que colocou o Recife no centro da cultura nacional no início da década de 1990 Ao lado de Chico Science, encabeçou o braço musical do movimento.

DivulgaçãoO álbum de estreia do grupo, “Samba Esquema Noise”, foi lançado pelo selo Banguela Records, selo que revolucionou o mercado fonográfico com a injeção de força indie nas rádios.

Zeroquatro e sua trupe, formada por Xef Tony (bateria) e Pedro Santana (baixo) acompanhados por Leo D. (teclado e samples), Pedro Santana (percussão), Nilsinho Amarante (trompete) e Fabinho Costa (trombone) revigoram canções mais tradicionais da banda, tais quais “Free World”, “Mexe Mexe”, “Meu Esquema”, assim como aquelas do recente disco de estúdio, “Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa”. “Foi um exercício de coesão”, ele diz. “Importante para refletir sobre sua trajetória e seu legado”.

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