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Metallica anuncia novo disco. O baterista Lars Ulrich adianta detalhes

“Hardwired… To Self-Destruct”, 10º álbum de estúdio da banda, chega às lojas no próximo dia 18/11, após um hiato de oito anos

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1 de 1 Metallica - Foto: Divulgação

“Hardwired… To Self-Destruct”, o 10º álbum de estúdio do Metallica, chega às lojas no próximo dia 18/11, após um hiato de oito anos sem que a banda lançasse disco próprio. Nesse tempo, além do trabalho anterior (“Death Magnetic”, 2008), o Metallica gravou com Lou Reed (“Lulu”, 2011) e esteve ocupado com a realização de um filme (“Through The Never”, 2013).

O anúncio do álbum ocorreu no lendário estúdio Electric Lady, em Nova York, no mesmo dia em que o Metallica fez na cidade um concerto para promoção do disco. Como atestou a performance, “Hardwired… To Self-Destruct” é a banda em momento único dos seus 35 anos de carreira.

Energia criativa
“Sinto que sonoramente este é o melhor álbum que o Metallica já fez”, diz o baixista Robert Trujillo. “Sei que demorou um pouquinho, mas ainda há energia criativa na banda e, enquanto nossos corpos aguentarem, vamos continuar tocando e gravando. Este é um novo começo para o Metallica.”

O disco é produzido por Greg Fidelman, que colaborava como engenheiro de som da banda há 10 anos. Foi finalizado apenas duas semanas antes de seu anúncio oficial, o disco tem riffs agressivos, batidas rápidas, melodias trituradoras — é metal e é pesado.

O disco é sobre o que você quiser que seja. Quem sabe o que se passa na mente sombria e maluca de James Hetfield quando escreve as letras?

Lars Ulrich, baterista

Em entrevista em Nova York, após um show da banda, o dinamarquês Lars Ulrich, fundador e baterista do Metallica, falou sobre “Hardwired To Self-Destruct” e sobre tocar no Brasil, entre outros assuntos:

Por que o Metallica demorou tanto para lançar um novo disco?
Outras coisas entram no caminho. Passamos quase três anos viajando com o “Death Magnetic” (álbum anterior da banda, de 2008) Depois, em 2011, fizemos um disco com Lou Reed (“Lulu”, 2011) e um filme em 2012. Aí começamos esse novo disco no verão de 2014. Tocamos em alguns festivais, como Rock in Rio, Glastonbury, Orion e Lollapalooza… O tempo voa.

O Metallica anunciou recentemente que vai tocar dois dias em São Paulo no ano que vem. Como é tocar no Brasil?
É demais. Por isso que a gente sempre volta. A gente já fez mais Rock in Rio do que qualquer outra banda, e não apenas os que aconteceram no Rio. Temos uma relação de longa data com amigos brasileiros desde 1989, quando tocamos por três noites no Rio e tem sido ótimo. Nunca fizemos Lollapalooza na América Latina e os organizadores do festival foram os mesmos que fizeram o Orion Festival e são nossos amigos.

Sobre o que falam as letras do novo álbum?
O disco é sobre o que você quiser que seja. Quem sabe o que se passa na mente sombria e maluca de James Hetfield quando escreve as letras? Muito do que ele escreve é ambíguo e fala sobre vulnerabilidade, conflitos internos e encaixa na música. Mas, na verdade, nem eu mesmo sei e tenho que passar um tempo tentando entender sobre exatamente o que ele escreve. Mas, uma vez que você compartilha arte com outras pessoas, aquilo está aberto para qualquer tipo de interpretação.

Como é ter Greg Fidelman assinando agora como produtor do novo disco? Isso trouxe alguma diferença no som da banda?
Ele era o engenheiro de som do Rick Rubin (produtor de “Death Magnetic”, 2008) e escolhemos trabalhar com ele por causa das gravações que já havia feito. Basicamente, ele fez tudo o que o Metallica fez nos últimos dez anos. Então, já era hora dele se tornar nosso principal produtor, já que tem uma ideia clara de como o Metallica deve soar e o tamanho do peso, mas mantendo o som solto.

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