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Japão, GOG, Dino Black e Mano Mix se apresentam juntos após 17 anos

Formação clássica do rap brasiliense nos anos 1990, quarteto se reúne em noite única nesta quinta (22/6), na Casa do Cantador

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
artistas de rap Japão, GOG, Dino Black e Mano
1 de 1 artistas de rap Japão, GOG, Dino Black e Mano - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A noite desta quinta (22/6) promete ser marcante na história do rap brasiliense. Japão, GOG, Dino Black e Mano Mix, membros do grupo GOG na década de 1990, se apresentam juntos pela primeira vez após 17 anos. Será na Casa do Cantador, em Ceilândia.

Esse reencontro quase aconteceu em 2015, quando Japão chamou GOG e Mano Mix para participarem da gravação de seu primeiro DVD, também na Casa do Cantador. Dino Black não compareceu por choque de compromissos.

Desta vez, as agendas convergem na primeira edição do Viela 17 Convida, projeto batizado com o nome do grupo de Japão. “Comecei o Viela 17 há 17 anos. E se passaram 17 anos até esse reencontro. Veio no tempo certo, como minha mãe fala”, reflete o ceilandense.

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Revival fiel ao hip-hop dos anos 1990
Desde que o quarteto se dissolveu, em 2000, os rappers seguiram carreira solo. Mas não carregaram rusgas típicas de fim de banda. “Não teve treta nem guerra. Houve debate”, diz GOG. “A base que nós solidificamos até 2000 foi o suficiente para nos segurar”.

Ao longo de 90 minutos de show, o quarteto deve repassar parte de um repertório que atravessou cinco discos de estúdios e uma coletânea. Os anos entre 1992 e 2000 “foram meteóricos, mas muito produtivos”, define GOG. “Quase 400 mil cópias vendidas desse time ao longo dos oito anos”, enumera.

“Sendo que éramos independentes, sem fazer parte de nenhuma gravadora grande. Éramos comunitários. Rap na sua efervescência, na contracultura e autogestão. Nós por nós. Fomos conhecer relação com política pública muito tempo depois”, completa o cantor.

Periferia e nostalgia
O vigoroso repertório de crônicas urbanas do grupo GOG desbrava uma espécie de lado B do DF: a identidade da periferia, suas angústias, lutas e conquistas. Músicas como “É o Terror”, “Matemática na Prática” e as duas partes de “Brasília Periferia” serão tocadas tal qual foram elaboradas. “Sem chance de nova roupagem”, diz Japão.

“Queria que fosse absolutamente fiel ao que fazíamos. Buscamos samples e scratches dos anos 1990. Vamos tocar o que essa garotada de hoje não viu ao vivo nos anos 1990. Corremos atrás de bases musicais com DJs, colecionadores. Movimentamos uma galera”, completa.

Japão, GOG, Dino Black e Mano Mix revivem os anos 1990 por apenas uma noite. Certo? “É uma única apresentação, mas de repente também um start para se fazer algo. A fase tá tão boa que não dá para confirmar nem para descartar nada”, confessa Japão.

GOG vê a reunião como um “presente para nós e para todos”. “Quando começamos, nem a gente acreditava na gente. Pro Brasil, nós somos a maior referência do DF. É um revival com expectativa de quero mais. Essa geração formou um pensamento bem além do palco”.

Viela 17 Convida: GOG, Dino Black e Mano Mix
Quinta (22/6), às 19h, na Casa do Cantador (Ceilândia Sul, Quadra 32, Área Especial G). Entrada franca. Classificação indicativa livre

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