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Eu tive alta do tratamento que fiz e já estou bem de saúde, diz Gil

“Hoje em dia, para mim, o conceito de disco mudou muito”, afirmou o cantor em entrevista

atualizado

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1 de 1 gilberto gil - Foto: Divulgação

Em rápida conversa, o cantor Gilberto Gil falou sobre seu novo disco, sua saúde e a situação do Rio de Janeiro, que vê a violência urbana crescer rapidamente.

Você está se dedicando a um novo disco?

Acabei de gravar um disco. Não sei quando vai ser lançado, depende do produtor, que é o Bem (Gil, filho), das pessoas que estão em torno do meu trabalho, como a Flora (sua mulher). Eles é que vão programar o lançamento. Hoje em dia, para mim, o conceito de disco mudou muito. Não domino mais o conceito do que seja um disco propriamente. Então, compus canções, as gravei, e quem vai reunir tudo isso num disco são eles.

Você fala isso por causa do jeito que as músicas são consumidas hoje, o streaming…?

Sim, exatamente.

Mas você fez um disco como você sempre fez, com conceito…?

Não, nesse caso agora não foi assim. Pela primeira vez não foi assim. São canções soltas que fui fazendo em várias circunstâncias, e gravamos.

Como está sua saúde? 

Já tive o que a gente poderia chamar de alta em relação ao tratamento principal que eu fiz (por causa de insuficiência renal), e já estou bem. Agora, tenho que fazer revisões periódicas para monitorar como estão os rins, como está o coração — são as duas coisas que basicamente requerem um acompanhamento.

Como vê a situação caótica em que o Rio se encontra? 

Tenho impressão que ela reflete primeiro uma dificuldade histórica que os governos do Rio sempre tiveram, com a coisa da gestão do Estado, da cidade. O Rio foi muito afetado pela questão das separações entre capital do Estado e capital federal. E agora a crise atual, que se reflete não só no Rio, mas em outros lugares, mas, por causa desses antecedentes, as coisas se tornam piores no Rio. A gente espera que melhore. Vamos acreditar na recuperação da economia de um modo geral, com retomada de empregos, investimento, essas coisas que são clássicas da economia e que afetam muito fortemente o Brasil e o mundo inteiro.

Você falou em retomada de economia, mas como é possível fazer isso em meio a uma crise política como a de agora?

Fica mais difícil, né, porque a confiança do público nos legisladores e nos executivos, executores das políticas, fica abalada. Aí fica muito mais difícil.

O que acha de Sérgio Sá Leitão como novo ministro da Cultura?

Ele teve colaboração com o ministério da Cultura na minha época (foi chefe de gabinete quando Gil era ministro). Trabalhou proativamente na concepção de novas políticas para o cinema. Acho que está pronto para fazer um bom trabalho.

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