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Caetano Veloso: “Funk e sertanejo universitário renovaram a MPB”

O fundador da Tropicália elogiou a cantora Anitta: “Ela é muito afinada”

atualizado

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cantor baiano caetano veloso
1 de 1 cantor baiano caetano veloso - Foto: Reprodução/Internet

Quando o assunto é música, a opinião de Caetano Veloso tem que ser ouvida. O cantor e compositor, que nunca teve medo de polêmica, disse que a MPB está em constante evolução. “O funk carioca, o sertanejo universitário e os restos da axé music seriam a Tropicália contemporânea”, disse o artista.

A declaração faz parte do documentário “Tropicália – Revolution in Sound“, produzido pela britânica BBC.

Ontem fui ver um show da Anitta. Ela é muito boa, muito afinada. O funk no Brasil hoje é uma coisa totalmente brasileira. E as letras, que às vezes são muito obscenas, ou ligadas ao narcotráfico e à bandidagem, ficaram cada vez mais criativas. Os efeitos sonoros também

Caetano Veloso

O fundador da Tropicália também elogiou o sertanejo universitário – que nos últimos anos dominou as rádios brasileiras.

“É uma música vulgar e sentimental e você acha que é bobagem. Mas eles são tão afinados. E o próprio fato de que a música do Centro-Oeste hoje está presente na região costeira do país, isso é um fato cultural que revela muito sobre o que o Brasil se tornou. Ou pode se tornar”, avaliou Caetano.

Ao lado de nomes como Gilberto Gil e Torquato Neto, Caetano Veloso criou na década de 1960 o movimento Tropicalista (ou Tropicália), que misturava influências estrangeiras à música brasileira.

“Queríamos usar tudo o que tínhamos aprendido, de onde quer que tivesse vindo. Porque essas coisas eram nossas, faziam parte da nossa vida desde a nossa infância. Nós queríamos um outro tipo de nacionalismo”, relembra Caetano.

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